A mãe camelo e o seu filhote















Certa vez, dois camelos estavam conversando: A mãe e o seu filhote.

O bebê perguntou: "Mãe, por que os camelos têm corcovas?" (Corcova é aquele grande cupim que os camelos têm nas costas). A mãe respondeu: "É para reservar água, filhinho. Nós somos animais do deserto e quando cruzamos o deserto precisamos sobreviver às vezes sem água".

"E por que", continuou o filhinho, "temos as pernas longas e as patas arredondadas?" "É para caminhar no deserto", disse a mãe. "Assim podemos nos movimentar melhor, sem nos afundar na areia".

"E por que nossos cílios são tão longos?" insistiu ainda o bebê. "De vez em quando eles atrapalham minha visão!" A mãe disse: "Meu filho, esses cílios grossos são como uma capa que protegem nossos olhos da areia. No deserto, venta muito, e a areia se levanta".

O filhinho concluiu dizendo: "Está certo, mãe: Armazenar água para cruzar o deserto, pernas compridas para caminhar no deserto, cílios para proteger nossos olhos no deserto. Então o que é que estamos fazendo aqui no zoológico?".

Cada animal foi criado por Deus, adaptado ao meio ambiente para o qual foi criado.

Quando, por exemplo, um passarinho canta na gaiola, na verdade ele está chorando. Chorando a tristeza de viver fora do seu ambiente e não poder sair.
Adaptação: Pe. Queiroz
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A oração do discípulo

O evangelho do décimo sétimo domingo do Tempo Comum tem para nós que cremos uma importância especial. Relata o momento em que Jesus ensina aos discípulos a oração que hoje em dia continuamos rezando e que nos identifica como discípulos de Jesus: o Pai-Nosso.

É importante destacar o contexto em que o Evangelho situa a oração. É acompanhada de uma catequese em que Jesus ilumina os discípulos sobre a perseverança da oração. Por isso Jesus apresenta a parábola ou a narrativa do senhor que pede pão a seu amigo porque está com uma visita. Ensina-nos também a confiança com a qual devemos rogar a Deus. É por isso que a parábola compara a bondade de um pai dentre os nossos e a do Pai celestial.

Além disso, a Igreja, em sua liturgia, faz com que este evangelho seja precedido pela leitura do Gênesis na qual Abraão intercede diante de Deus pelos habitantes de Sodoma e Gomorra, a quem Deus quer castigar por suas iniqüidades. Aí é que encontramos a chave em que nos podemos fixar neste domingo. A oração apresentada por Jesus não é a de quem pede de forma egoísta por seu próprio bem, mas a de quem intercede por seus irmãos. Abraão participa dessa espécie de leilão às avessas com Deus para buscar uma razão para salvar seus irmãos, os habitantes de Sodoma e Gomorra, do castigo e da morte que se avizinha deles.

No início, Abraão nada tem a ver com isso. Em Sodoma vive um sobrinho seu, mas este será salvo por Deus. Com os demais habitantes das duas cidades Abraão não tem mais nenhum laço, a não ser o fato de eles pertencerem à humanidade. Os habitantes são maus, por isso serão castigados, e Abraão foi escolhido por Deus para ser pai de um povo que será o fiel depositário da promessa. Abraão poderia ter ido embora e não ver o que estava para acontecer. Ou poderia ter comentado com Deus como era necessário, embora fosse triste, tomar decisões radicais para extirpar o mal da sociedade  humana. Mas faz exatamente o contrário. Tenta desesperadamente salvar os que se haviam condenado por suas próprias ações.

E Deus cede a Abraão. A cifra necessária de justos para salvar a cidade cai de 50 para 10 ante a insistência de Abraão.

Algo parecido se pode dizer do Evangelho, quando aquele que vai pedir os pães não faz para si, mas para dar de comer a um amigo que acabara de chegar à casa.

Poderíamos dizer que a chave da oração está no pedido de intercessão: pedir a Deus por nossos irmãos e irmãs. Isso requer uma grande solidariedade. É que realmente somos irmãos e irmãs. Sua morte ou seu fracasso é realmente nossa morte e nosso fracasso. Oremos intercedendo por eles e elas porque, se nós que somos maus, oferecemos coisas boas a nossos filhos, quanto mais o Espírito de vida do Pai do céu que tanto nos ama.

A oração do discípulo deve ser cheia de amor pelos seus semelhantes, porque, como Jesus mesmo mostrou, ninguém será feliz completamente se seu irmão não é feliz.


Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO 
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.


Adolescendo...

 
Adolescendo... a fase mais linda da vida.

Imagine um riacho cristalino que desce da montanha; um equilibrista na corda bamba da vida; um fruto amadurecendo e criando as primeiras sementes; imagine alguém que aprende, a duras custas, a equilibrar-se na bicicleta da vida; imagine, ainda, alguém que aprende a dirigir e descobre o freio, o acelerador e os semáforos.

A adolescência é um pouco de tudo isso.
É crescimento, aprendizado e descoberta dos porquês da vida.

Adolescência é transição.
Tão importante quanto o trecho que leva de uma estrada à outra, tão importante quanto um voo de conexão para outro grande voo.  Mas é transição.
Dura pouco e deve durar pouco.
Dura menos que a infância, menos que a juventude e menos que a idade adulta.
Quem lhe dissesse que adolescência e juventude são as fases mais lindas
da vida estaria fazendo poesia e média com os jovens, mas não estaria dizendo a verdade.

Se for assim espere uma vida feita depois dos 25 anos...
O projeto humanidade é bem diferente.
O ser humano é feito para amadurecer.
E a vida adulta apesar de carregar enormes problemas decorrentes das opções próprias do adulto, pode e deve ser mais linda do que a juventude.
Não leve muito a sério o adulto que lhe diz que a juventude é a fase mais linda da vida.
Nas entrelinhas está dizendo que é mais infeliz agora do que quando era jovem.
E que sua vida agora é menos linda do que aos 17 anos.
Acredite mais naquela pessoa de 50 ou 60 anos que se mostra feliz e gosta imensamente de ser quem é. Aprenda com esta. Amadureceu feliz.


(Padre Zezinho, scj)
“Maria escolheu a melhor parte e esta não lhe será tirada”.





Discípulos missionários a partir do Evangelho de Lucas


Texto de Lc 10,38-42

Jesus entra num povoado e se dirige a uma casa, onde encontra duas irmãs das quais ele gosta muito. A presença de Jesus provoca reações diferentes entre as irmãs. Marta, desde a chegada de Jesus, desvela-se para acolhê-lo e atendê-lo bem, do melhor modo possível. 
Neste texto, Lucas trata da hospitalidade: trata-se de receber Jesus, de recebê-lo de verdade. Marta o recebe: “...e uma mulher de nome Marta, o recebeu em sua casa”. Jesus aceita o convite de Marta. Aliás, ele espera ser convidado: “...eis que estou à porta e bato: se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo” (Ap 3,2). Nós temos sempre uma porta a abrir para, acolher Jesus. A fé em Jesus é hospitalidade – trata-se de recebê-lo em si, em sua intimidade pessoal e familiar. E recebê-lo bem! 
Hospedar e cuidar dele é bom; fundamental, porém, é “receber” o dom que é o hóspede, contudo o que tem de mais importante. E o que é mais importante é a palavra de Jesus.

Maria deixa tudo e fica “sentada aos pés do Senhor”. Sua única preocupação é escutá-lo.  Atitude própria de uma discípula que ouve atenta sua palavra, concentrada no essencial.
Receber bem é deixar o outro falar e se dispor a ouvi-lo. Escutar é um trabalho, exige esforço. Escutar alguém exige atenção. Escutar alguém exige, como ponto de partida, admitir que ele possa ter razão no que diz. Lucas afirma uma prioridade: escutar, receber uma palavra que se instala em nós como um hóspede que se instala em nossa casa. Acolher essa palavra é o único necessário.

O erro de Marta foi ter perdido este tempo de escuta, de ter considerado que receber Jesus é simplesmente preparar a mesa. Esta preocupação acabou se transformando em tristeza, amargura, inveja; ela estima que o seu trabalho não é reconhecido: “Senhor, não te importas que minha irmã me deixe sozinha, com todo o serviço? Manda, pois, que ela venha me ajudar!”
Jesus, compreendendo a atitude, de Marta responde-lhe com grande carinho e repetindo seu nome, faz-lhe perceber que ela precisa aprender a escutá-lo, porque é necessário que nenhum discípulo seja deixado sem sua Palavra: “Marta, Marta, andas inquieta e nervosa com tantas coisas. Só uma coisa é necessária. Maria escolheu a melhor parte...”. 
Jesus alerta quanto ao perigo de vivermos absorvidos por um excesso de atividades, apagando em nós o Espírito e transmitindo mais nervosismo e afobação do que paz e amor.

O texto é um apelo a dar prioridade a uma palavra que precede a tudo e que nos faz agir em consequência dela.
O discípulo necessita de espaços e momentos para conhecer Jesus, escutar sua Palavra e alimentar-se de seu Evangelho, para ser testemunha que irradie seu vigor.
No silêncio e na paz do descanso pode-se  encontrar mais facilmente a própria verdade, porque volta-se a ver as coisas como elas são. E pode-se também encontrar-se  com Deus para descobrir nele, não só a força para continuar lutando, mas também a fonte última da paz.

Vamos refletir:
1 – Quais são as pequenas coisas da vida que se tornaram indevidamente grandes, ao ponto de chegarem a matar em mim o prazer de viver?
2 – Quais são as coisas importantes às quais dediquei pouco tempo, empobrecendo assim minha vida diária?
3 – Nós temos sempre uma porta a abrir para acolher Jesus? A fé em Jesus é hospitalidade!
4 - Porque será que nós gostamos tanto de falar e tão pouco de escutar?


Fonte:  
O caminho aberto por Jesus.  Pagola, Antonio José – pg. 189
Agenda Bíblica – Paulinas 2013
Imagem – Cláudio Pastro

Oração do mês de Julho de 2013

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       Senhor, já fizemos uma boa caminhada neste ano, já ultrapassamos meio ano do mesmo. Seis meses já se foram. E nele buscamos mais te amar e agradecer pelas realizações que estamos conseguindo fazer até aqui. E queremos pedir que continue nos abençoando, fortalecendo, iluminando para fazermos deste segundo semestre mais uma oportunidade de prosseguirmos bem na construção do vosso reino aqui.
       Sabemos que temos muito a fazer pelo reino. Não podemos acomodar. Pois o mundo ainda traz as marcas fortes do antireino. Sabemos também de nossas fraquezas, mas sabemos ainda mais da vossa misericórdia e que sempre nos dá o seu perdão que nos fortalece. Estende sempre a mão a cada um de nós especialmente nos momentos de dificuldades. E como com  Pedro não nos deixe em nossas fraquezas o mar da vida nos afogar.
       Pelo que construímos até aqui neste ano,  Senhor , possamos sempre nos motivar e perseverar no vosso amor, superando nossas fraquezas e limitações humanas, nossas imperfeições  e assim  crescer na fé e no amor em nosso caminhar.
       Amém

Pe. Emanuel Cordeiro Costa