ESCOLA DA FÉ / CPP

O 6º encontro da escola da fé para o estudo do catecismo da igreja católica aconteceu no dia 20 de agosto, pelo Diácono Nilton.





CURSO DE LITURGIA

No final de semana do dia 17 e 18 de agosto, nossa paróquia recebeu o Padre Carlos, de Ipigua, que ministrou uma formação para: comentaristas, leitores, acólitos, pequenas missionárias, coroinhas, pastoral liturgica, e canto pastoral.




 

 

 


ESCOLA CATEQUÉTICA

A Irmã Dulcinéia esteve reunida com catequistas de nossa paróquia, para mais um encontro de formação. 






JMJ RIO2013

Nossa Paróquia, foi representada na JMJ, por quatro jovens: Higino Galvão Neto (catequista), Maria Cecilia Evangelista (coord.Coroinhas), Lucimarcos (coord.Proj.Juv.na Capela Rural) e Jean Carlos Barbosa (coord.Pascom).
“A oportunidade de estar presente no evento a nível mundial, e com a presença do Papa Francisco, é inexplicável, a experiência de estar com jovens vindo de todas as partes do mundo com o mesmo objetivo, buscando a mesma espiritualidade, nos fortaleceu e enriqueceu ainda mais nossa fé.”  Esta foi a frase que os jovens resumiram a peregrinação na JMJ.
Os jovens participaram de três catequeses, encerradas com a Celebração Eucarística. A primeira catequese foi ministrada por Dom Odelir, Bispo da Diocese de Sobral – Ceara, com o tema “ Sede de Esperança, sede de Deus”. A segunda por Dom Cesar, Bispo da Diocese de Bom Jesus da Lapa – Bahia, e o tema foi “Apresentar o Salvador Nosso Senhor Jesus Cristo”, e a terceira e ultima catequese,  por Dom Aldo, Bispo da Diocese de João Pessoa, como o tema “Missionariedade”.
Eles foram recebidos  pela Paróquia Nossa Senhora da Ajuda, na Ilha do Governador. Famílias da paróquia acolheram os jovens para dar pouso durante toda a Jornada.
Os jovens de nossa paróquia foram para a JMJ com a o Grupo de Oração Resgate, da Paróquia Senhor Bom Jesus de Monte Aprazivel.

 

 

 

 

Reflexão e aprofundamento

Tema: Cristãos Leigos: operários e operárias na evangelização

O Concílio Vaticano II nos deu uma nova visão de Igreja e começou a esboçar uma teologia do laicato. São alicerces que permitem a continuidade da reflexão cada vez mais aprofundada deste tesouro para o futuro da Igreja, que são os leigos e leigas. O Papa Pio XII, em 1946, proclamou: “os leigos são Igreja”. O Concílio Vaticano II, documentos e discursos de Paulo VI e de João Paulo II, foram iluminando mais a afirmação de Pio XII.
Bem distante do Brasil, no sul da Itália, na cidade de Messina, em meados do final do século XIX, um jovem padre, Aníbal Maria Di Francia, intuía a  importância que deveria ser dada á vocação dos cristãos leigos, como operários e operárias na evangelização. No paupérrimo bairro “Avinhão”, ele reuniu leigos como seus primeiros colaboradores na empreitada do trabalho sócioeducativo. Neste lugar, com o empenho desmedido dos leigos que lá atuavam, ele viu a necessidade de se rezar pelas vocações, para que na Igreja jamais faltassem operários e operárias na evangelização. Desta sua intuição e com a atuação dos cristãos leigos nascem e crescem duas Congregações Religiosas com o carisma de rezar e zelar pelas vocações: as Filhas do Divino Zelo e os Rogacionistas do Coração de Jesus.
Isto nos indica que o tema vocacional está intrínseco na vida e na missão dos cristãos leigos e leigas. Estamos no jubileu de ouro do Concílio Vaticano II. As comemorações desse evento importante é uma oportunidade para que examinemos o papel e a missão dos cristãos leigos e leigas, vocacionados, discípulos missionários de Jesus Cristo a contribuir e ter o seu papel de evangelizadores numa Igreja toda vocacionalizada e ministerial. Aqui não se trata de um ocupar o lugar do outro. Precisamos, pois, superar esta “insegurança” e acreditar mais na criatividade Espírito de Deus.
Compreender a Igreja como comunidade de operários e operárias a serviço da messe do Senhor, talvez seja o desafio para entender que na Igreja há multiplicidade de carismas e diversidade de ministérios, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos (1 Cor 12,6).
Refletindo este tema, como cristão leigo devo me perguntar: Qual a minha missão, qual o meu lugar, qual o meu compromisso, considerando-me um vocacionado que pelo batismo assumiu o chamado de Deus? Ou, o que Deus quer da minha vocação como cristão leigo ou leiga?

Conscientes do chamado de Deus, como cristãos leigos e leigas somos convocados para, em comunhão assumirmos a nossa vocação e missão. Todavia, isto não significa ser apenas um expectador ou destinatário da mensagem evangélica e das preocupações da Igreja, mas, sim, ser um interlocutor consciente de sua missão de cristão leigo. Neste ínterim, sem dúvida alguma, os cristãos leigos e leigas “participam do múnus sacerdotal, profético e régio de Cristo e compartilham a missão de todo o Povo de Deus na Igreja e no mundo” (cf. Decreto Apostolicam Actuositatem, nº2). Este foi um aspecto importante do Concílio Vaticano II, um impulso dado pelo Espírito Santo à Igreja, quando ela própria reafirma a valorização dos cristãos leigos e sua missão como operários e operárias na grande messe, “uma multidão cansada e abatida, como ovelhas sem pastor...” (Mt 9, 35-38). Certamente isto emerge como um elemento fundamental para a nova realidade do mundo numa “mudança de época”. Portanto, todos na Igreja possuem a vocação para a missão de evangelização. Passamos, então, a falar da missão da Igreja no mundo, servindo ao reino e não a si mesma. Nesta missão evangelizadora da
Igreja, devemos recordar a missão do cristão leigo, como um bom operário da grande messe do Senhor. Ora, o que significa ser bom operário na messe do Senhor? Significa, acima de tudo viver em comunhão com a Igreja, partilhar dons e carismas, ser presença de Jesus Cristo na sociedade, na política, na cultura, nas ciências, nos esportes e nos novos areópagos (cf. DAp. nº 491). Fazer a Igreja presente em lugares e circunstâncias jamais imaginadas.

Agora, para concluir esta reflexão, uma dica para ser bom operário e boa operária na evangelização: primeiro, abraçar a causa vocacional através da oração pelas vocações; segundo, propagar esta oração vocacional testemunhando que vale a pena ser de Jesus Cristo, nesta propagação demonstrar a alegria de ser cristão católico pelo batismo; terceiro agir – ser de fato um bom operário pela própria essência de sua consagração batismal.

Reflexão e aprofundamento

Tema: Catequese: missão e compromisso
Fundamentação bíblica: Lc 24, 13-35

O mês vocacional nos chama à reflexão para a importância da vocação, na descoberta do nosso papel e do nosso compromisso com a Igreja, a sociedade e, acima de tudo com a vida. A catequese enquanto processo de educação na fé, não se limita ao ensinamento de conteúdos teóricos, desconectados da realidade.
O próprio Diretório Geral para a Catequese afirma que: “é mais que um ensino: é um aprendizado de toda vida cristã, uma iniciação cristã integral, que favorece um autêntico seguimento de Cristo, centrado na sua pessoa” (cf. nº 67).
O encantamento inicial, o primeiro anúncio (querigma) é, pois, uma experiência verdadeira de Jesus Cristo, um caminho que deve ser percorrido por todos aqueles que pelo batismo assumem sua vocação de discípulos missionários.
Ao percorrer o caminho catequético o processo de encantamento e reconhecimento do Senhor Ressuscitado é um caminho de formação gradual, com suas características peculiares, gestos, ritos e sinais, como nos mostra o Documento de Aparecida: “o caminho de formação do cristão, na tradição mais antiga da Igreja, teve sempre caráter de experiência, na qual era determinante o encontro vivo e persuasivo com uma experiência que introduz o cristão numa profunda e feliz celebração dos sacramentos, com toda a riqueza de seus sinais. Desse modo, a vida vem se transformando progressivamente...” (cf. DAp. nº 290).
Sabemos que antes da catequese existe um momento importante que é o do anúncio de Jesus Cristo, conforme já sinalizamos acima.
Este anúncio pode ser relacionado à experiência do encontro, do reconhecimento na fração do pão – na koinonia (Lc 24, 30-32). Por este processo se compreende a ressurreição.
Para enriquecer a nossa reflexão, vamos aprofundar o tema da catequese como caminho que conduz à ressurreição. Para tanto, retomamos o texto bíblico de Lucas, 24, 13-35. Será necessário estarmos dispostos a percorrer este caminho, como fez o próprio Jesus Cristo ao longo da estrada de Emaús. A sugestão é a leitura do texto indicado acima. Dar um tempo para a leitura e meditação do texto lido.
A metodologia catequética de Lucas nesta perícope de Emaús tem cinco etapas, a saber:

1ª Etapa da Aproximação: - “O próprio Jesus se aproximou” (cf.
24, 13-24) – Aproximação da realidade dos discípulos. Exercício de paciência, pedagogia do amor e da escuta. No processo da Encarnação encontramos um Jesus companheiro da caminhada que se faz catequista, animador vocacional e lança a semente da paz àqueles desacreditados que tinham necessidade de alguém para acalmá-los e conduzi-los pelo caminho.

2ª Etapa da formação catequética: “Então Jesus disse a eles...” (cf. 24, 13-24) - Anúncio da Palavra de Deus, a qual liberta, chama e faz as pessoas sentirem “o coração pegar fogo - arder”. Faz as pessoas serem capazes de dar uma resposta generosa ao chamamento divino.
Nesta etapa Jesus faz catequese bíblica com eles. Eles são colocados em contato com a Escritura. A Palavra de Deus ajuda e prepara aqueles que estão em busca de discernimento vocacional. A Palavra de Deus trás a paz tão desejada e ao mesmo tempo forma pessoas com coração abrasado de amor, semente da paz verdadeira.

3ª Etapa do cultivo: “Quando chegaram perto do povoado...” (vv.28-29)- é o resultado da primeira e da segunda etapas (Aproximação e Formação). O peregrino Ressuscitado opta por uma catequese amadurecida, que respeita etapas e processos, que gera confiança fruto da semente da paz lança no solo fértil daqueles corações endurecidos. Por isso, os discípulos vocacionados de Emaús criaram gosto pela catequese do caminho e apaixonaram-se pelo seguimento do Ressuscitado. A conversa pelo caminho tinha sido muito agradável.
Lucas quer mostrar que o interesse dos discípulos por Jesus vai aumentando progressivamente. Eles vão sendo cultivados. É a etapa do cultivo! Encanto, admiração, zelo e paixão apostólica, bem como sentido de pertença não podem faltar neste processo catequético.

4ª Etapa da comunhão; acompanhamento e partilha: “Então Jesus entrou para ficar com eles...” (vv. 29b – 32) – O gesto de entrar para ficar com eles significou não apenas estar perto ao longo de um trecho do caminho, mas realmente percorrê-lo junto, partilhando. O catequista assume a responsabilidade de acompanhar a fé dos discípulos vocacionados. Quem acompanha torna-se o Cristo na vida do outro, porque ouviu claramente o anúncio da salvação, do testemunho. Portanto, o anúncio da palavra evangélica exige daquele que dá este testemunho, a disponibilidade de acompanhar e de ajudar o discípulo desacreditado e que agora demonstra abertura para a partilha. Não basta proclamar ou testemunhar uma única vez esta fé. Será preciso também ajudar a eliminar e a superar os obstáculos, as encruzilhadas do caminho, principalmente quando “já é tarde e a noite vem chegando” (vv. 28 e 29a). Entrar e ficar com eles, isto é, partilhar “a própria carne e o próprio sangue”, como memorial pascal, sacrifício sacramental da morte e ressurreição do Senhor. É como uma redescoberta e uma nova concepção de catequese. Conduz à entrega do coração a Deus, à comunhão com a Igreja e a participação em sua missão rumo à paz definitiva.

5ª Etapa da missão: - “Eles se levantaram e voltaram correndo para Jerusalém (vv 33-35). Os olhos dos discípulos se abriram e os corações deles estavam ardendo. Voltaram correndo, naquela mesma noite para Jerusalém, de onde a missão e o profetismo começa e se espalha. O relato dos discípulos de Emaús revela-nos a riqueza e a força das palavras com que terminava a missa em latim: “Ite, missa est!” “Ide e fazei discípulos entre todas as nações”. “Eis-me aqui, enviame (cf. Is 6,8). Ir e fazer discípulos significa assumir o compromisso vocacional com a vida em todas as suas dimensões. A missão começa em “Jerusalém”, lugar dos desafios para a paz, lugar onde as sementes de paz devem ser lançadas.

Hoje a catequese é desafiada a ajudar os novos discípulos missionários a construir sua identidade de fé e a não fugirem da “Jerusalém” que clama por paz. Portanto, se faz necessário estabelecer processos de amadurecimento da fé nos quais os cristãos vocacionados adquiram convicções e estabeleçam valores que orientem suas vidas à plenitude maior: à paz como lugar da vida e da ressurreição. Por isso, devemos nos perguntar: A catequese, num tempo de apelação ao sagrado e de relação utilitária com Deus, pode nos ajudar na construção da vida plena para todos como semente de paz?

 Reflexão e aprofundamento

Tema: Vida Religiosa Consagrada: presença do Reino


Qual a finalidade da Vida Religiosa Consagrada, como presença do Reino? Antes de tudo, sabemos que o chamado é uma iniciativa de Deus a cada pessoa. Deus que chama a uma íntima comunhão com Ele, convidando-nos a conformar nossa vida à do Cristo sob a luz do Espírito Santo. Portanto, a finalidade principal da vida religiosa consagrada é a vivência da primeira consagração na aliança do sacramento do batismo, do qual todos os cristãos leigos também assumem igualmente.
O que diferencia então os religiosos consagrados dos outros cristãos leigos, sendo que todos pelo batismo são consagrados a Deus? O deve diferenciar esta consagração é a forma pela qual vive os religiosos consagrados. Estes, por sua vez, optam pela consagração específica mediante a vivência dos conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência. Ou seja, vivem o seu batismo de forma radical prometendo manter na aliança batismal o amor a Deus e ao próximo, sendo presença do Reino de Deus. Esta presença do reino de Deus é assumida de maneira radical e profética. Viver a aliança batismal de
forma radical era o que queriam os “padres do deserto” e as primeiras comunidades cristãs, originando-se daí a vida religiosa consagrada.
Ao longo dos séculos, foram muitos os homens e as mulheres que se tornaram bons operários e boas operárias para o Reino de Deus, sendo presença e testemunho. Ainda hoje, são muitos os que optam pela consagração específica mediante a vivência dos conselhos evangélicos da pobreza, castidade e obediência. Esta consagração à vida religiosa, adquiri seu pleno significado quando vivida na comunidade eclesial. O carisma da vida religiosa consagrada é essencialmente eclesial, sendo no interior da Igreja sinal e memória, testemunho e profecia dos valores centrais do Evangelho e do Reino. Os religiosos consagrados, por sua vez, “em fidelidade criativa continuam escutando a Deus onde a vida grita” (cf. Plano Global da CLAR, p. 03).
Para melhor compreender a finalidade da vida religiosa consagrada, como presença do Reino, podemos defini-la por um tríplice eixo:

1) A consagração (encontro com Deus): Os religiosos tem necessidade todos os dias de momentos de intimidade com Deus, para purificar suas motivações, para se reabastecerem na fé . Esta intimidade ou amizade com Deus deve ser como que um contínuo ato litúrgico, viver em Deus e por Deus através da consagração.
Isto significa pertencer totalmente a Deus. É Deus que incide na vida de cada pessoa consagrada e estabelece com ela uma relação dialógica. A consequência desta relação através do diálogo de Deus vai transformando a história da pessoa consagrada. “Neste diálogo com Deus, compreendemo-nos a nós mesmos e encontramos resposta para as perguntas mais profundas que habitam no nosso coração” (cf. Verbum Domini, nº 23). Em contrapartida a pessoa é convocada a amar a Deus de “todo coração, com toda alma, com todo entendimento e com toda força” (Mc 12, 31); e amar o próximo como a si mesmo (Mc 12, 28-34). Quando falta esta intimidade e amizade com Deus, o religioso ou a religiosa vai perdendo todo o sentido de sua consagração e a
comunhão com Deus, com os outros e consigo mesmo vai sendo deteriorada, vai morrendo. É a morte e a deteriorização do “corpo”. É necessário, pois, permitir que o Senhor entre em nossa “casa interior”, na Casa de Betânia: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido!” (Jo 11, 1-16).

2) A comunhão (viver em comunidade): Os religiosos, operários e operárias, se colocam a serviço da grande messe oferecendo tudo o que são e fazem. No dia-a-dia estão inseridos na comunidade e na Igreja local. São presenças vivas do Reino na vida fraterna em comunidade e em comunhão com a Igreja. Não se pode esquecer que o “ser” é que dá sentido ao “fazer”. Para tanto, os religiosos são aqueles homens e mulheres que vivem em comunidade e a experiência comunitária transborda para a Diakonia, para o serviço do anúncio. O anúncio da comunhão de Deus com a humanidade e das pessoas entre si em Jesus Cristo. Este anúncio inclui abrir horizontes no tempo e no espaço. Esta é a missão dos religiosos consagrados: viver em comunidade; servir ao anúncio da Boa-Nova aos pobres e excluídos da sociedade; serem imagens vivas de comunhão. Esta comunhão reconstrói a comunidade no amor. A comunidade “reconstruída no amor, exala o bom perfume que enche toda a casa” (Jo 12,3).

3) A missão (envio a todos). A missão é para a diaconia, para o serviço do Reino. Ao longo dos séculos a vida religiosa consagrada foi, no seio da Igreja, sinal e presença, testemunho vivo de oração e de caridade, de contemplação e de apostolado. Sabemos, pois, que o testemunho aproxima os religiosos consagrados ao modelo da profecia bíblica. Isto leva radicalmente ao compromisso com os pobres, na missão. A missão dos religiosos consagrados trás alguns aspectos específicos, conforme já mencionamos acima como, por exemplo, o anúncio da Boa-Nova, da comunhão. Na missão, os religiosos, além do aspecto do anúncio, trazem também o aspecto da denúncia das injustiças que são frutos do pecado pessoal e social. E, não poderiam faltar mais dois aspectos da missão dos religiosos consagrados desde a centralidade da pessoa de Jesus Cristo. O primeiro é o aspecto do discernimento dos “sinais dos tempos”, ou seja, viver a mística dos “olhos e ouvidos abertos”. A vigilância e a prontidão evangélicas (Lc 32-48). Trata-se de descobrir a vontade de Deus num tempo de “mudanças de época”, “tempos desnorteadores” (cf. DGAE, 2011-2015, nº 20, CNBB). O segundo e último aspecto é o acompanhar, ou seja, colocar os pés no caminho, ser presença do Reino de Deus na vida de todos os seres humanos, sem exclusões. Por fim, a vida religiosa consagrada, como presença do reino, mesmo “atravessando uma etapa de crises” ajuda os religiosos a tomar consciência de sua vocação e os interpela diante da presença do Espírito nos novos cenários e nos sujeitos emergentes. Quais são estes novos cenários e sujeitos emergentes? Que implicações reclamam
estes novos cenários e sujeitos emergentes a nossa formação e a nossa vida e missão? (cf. Plan Global da CLAR, 2012-2015).




Mas ela não foi embora



Não! Ela não poderia virar as costas assim, perder-se nas profundezas do infinito - e deixar tantos órfãos curtindo a saudade da Mãe que ganharam de Cristo...

Sua missão sobre a terra está longe de ter acabado. Elevada ao céu, ela continua presente, enquanto houver aqui embaixo um apóstolo ou uma apóstola, um missionário ou uma missionária, um cristão ou uma cristã trabalhando e lutando para construir o reino de Deus.

Jamais poderíamos dispensar sua presença materna. Porque nós não passamos de eternas crianças à procura de amadurecimento da fé, necessitados de amparo e de afeto.
Por isso creio nas manifestações dela, que são sinais de sua presença constante no meio do povo cristão. E creio na Assunção dela em corpo e alma. Não apenas porque a Igreja me pede que eu acredite, mas também porque sei que não poderia ser diferente.

A Assunção é a conclusão lógica da vida de Maria, como é a meta final de nossa pequena história, desfecho inevitável dos que caminham na esperança e na fé. Meta daqueles que guardaram o mandamento do amor em plena fidelidade.

Mas quantos são os cristãos que realmente vivem e se alegram neste amor e nesta fidelidade? Quantos são aqueles que, no coração da noite, ainda pensam no alvorecer da eternidade? E quantos são aqueles que caminham e vivem na impaciência de se unirem com Cristo e com a Mãe de todos nós?

Não. Assunção não é sonho proibido: é promessa para todos. Mas é urgente reavivar a chama desta esperança, a fim de que ela não acabe se apagando para sempre.

Aquela que foi convocada para o céu - alma e corpo - convida-nos, hoje, a levantar a cabeça. O mais alto possível. Até onde a tentação do mundo se torna ridícula.

Até onde a esperança da felicidade se torna certeza.


Pe. Virgilio

Vocação da família

Um dia para a família.
No segundo domingo do mês vocacional celebramos a vocação da família, tendo presente o dia dos pais. A família vem sofrendo muita violência e agressão, em seu sentido e em seus valores, passando por um processo de desestruturação. Mas é verdade também que existe um clima favorável à reflexão, à oração, ao afeto, à gratidão para com os pais, uma retomada do lugar fundamental da família. A família é chamada por Deus a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a ser testemunhas do amor e da fraternidade. É sinal de Deus Pai Criador. A Igreja no Brasil, consciente da importância da família no plano da salvação e no projeto de evangelização, quis lhe dedicar um dia especial. Nesse sentido o segundo domingo de agosto é dedicado à família como vocação e missão.

A vocação da família.
Se expressa na aliança da Trindade com a humanidade na continuidade e garantia da vida, e vida plena. Concretiza o projeto de Deus para os homens e mulheres que é vida e dignidade. No amor e na fidelidade da família se encontra o sinal visível e palpável, pelo sacramento do matrimônio, do amor e da fidelidade do próprio Deus.É o espaço e o ambiente ideal para aprofundar e formar a consciência vocacional das crianças, dos adolescentes, dos jovens; enfim, a responsabilidade vocacional de todos. Diz o Papa João Paulo II que "os pais servirão verdadeiramente a vida dos seus filhos, se os ajudarem a fazer da própria existência um dom, respeitando as suas escolhas maduras e promovendo com alegria cada vocação, mesmo a vocação religiosa e sacerdotal". Que grandiosa e bela vocação tem a família.

A família, celeiro das vocações.
A família, pelo sacramento do matrimônio, participa da missão educativa da Igreja, que é mestra e mãe. Denominada igreja doméstica a família oferece as condições favoráveis para o nascimento e o crescimento das vocações. As famílias têm a missão de educar seus filhos e filhas para uma autêntica vida cristã. Ao cultivarem os valores da fé a família abre espaços e tempos para que os filhos possam discernir o chamado de Deus. Na verdade uma autêntica família cristã, testemunha fiel no mundo e comprometida com os ministérios na comunidade, proporciona um confronto sadio entre os ideais e sonhos dos adolescentes e jovens com as propostas do Evangelho, às necessidades da Igreja e da humanidade. A família é o celeiro, é o campo e a messe, é a sementeira das vocações e dos ministérios.

Amor à família.
No dia da família, de sua vocação e de sua missão na Igreja e no mundo, elevemos nosso louvor a Deus e nossa gratidão aos pais e à família que temos. Mesmo que muitos homens e mulheres não assumiram sua responsabilidade de pais, mesmo que muitos filhos e filhas estejam abandonados e excluídos de um aconchego familiar, de uma casa, temos a responsabilidade de anunciar e propor a família e seus valores como fundamentais para que a vida não se perca e o Evangelho seja vivido e anunciado. Nossa vocação é a da inclusão de todos em uma família, que seja fraterna, justa, solidária, missionária, evangelizadora.
O exemplo de Nazaré. No ano vocacional da nossa Arquidiocese somos chamados a revalorizar o lugar e a importância da família no projeto de Deus e para a evangelização do mundo. Cremos que nas famílias cristãs e evangelizadoras surgirão muitas e santas vocações. Vamos seguir o exemplo da família de Nazaré que, em sua pequenez e humildade, se fez a servidora do Senhor. Somos todos a família de Deus.

Pe. Angelo Ademir Mezzari, RCJ
Reflexão e aprofundamento
Tema: Família discipular: berço da fé



A família discipular, berço da fé, é também berço de todas as vocações, berço da vida, o lugar da personalização e humanização da pessoa vocacionada, chamada pelo Pai “desde o ventre materno” (cf. Jr 1,5). A família é também lugar de comunhão de amor entre o pai, a mãe e os filhos, ícone da Santíssima Trindade. A Constituição Dogmática Gaudim et Spes ao tratar da missão conjugal e familiar afirma que “a família é como que uma escola de valorização humana”.
É na família que se vive a experiência mais significativa do amor gratuito, da fidelidade, do respeito mútuo e da defesa da vida. Sua vocação peculiar é “ser grande transmissora da fé e dos valores” (DAp, nº 432), de forma a edificar e promover o bem das pessoas e da comunidade. Por isso, a vocação da família é ser discípula missionária de Jesus Cristo, através da partilha e da solidariedade, em contraposição a todo tipo de ganância. (cf. Lc 12, 13-21).
Um dos grandes desafios para que a família viva sua vocação, hoje, são as profundas transformações, fazendo-nos afirmar que estamos num período de “mudança de época”. Não se sabe, porém, como julgar a realidade, uma vez que estas mudanças atingem os critérios de compreensão da vida, os valores e as referências que antes eram transmitidas na família. Sabemos que ao longo dos anos alguns paradigmas familiares foram se transformando rapidamente, e estas transformações atingem as pessoas e suas famílias. Façamos uma pausa nesta reflexão e nos perguntamos: O que antes era certeza e servia como referência para a vida familiar, hoje tem respondido à rapidez das transformações? Como fazer para compreender estas transformações rápidas que atingem a família? Qual o papel da Pastoral Vocacional, da Pastoral Familiar e de outros grupos e movimentos que trabalham a vocação da família?
Somos desafiados, num tempo de “mudanças de época”, a dar respostas, a reagir diante das várias formas de banalização e desrespeito à vida. É preciso defender a vocação da família, pois ela continua sendo a mais completa e mais rica escola de humanidade, berço da fé. É na família que a vida se transforma em vocação ao discipulado e à missão.
Portanto, como família discipular podemos responder ao mandato de Jesus de “fazer discípulos entre todas as nações”. A plataforma da missão de todos aqueles que querem ir e anunciar nasce e começa na família. “Estamos num tempo de urgente saída” (DAp, nº 27). Sair na defesa incondicional à vida plena que é serviço e missão dos discípulos missionários de Jesus Cristo (Cfr. DAp, cap. VII). Eis a nossa vocação!
Quem tal começarmos por nossa casa, em família? A Campanha da Fraternidade de 1977 nos recordava: “Comece em sua casa”. Na casa, como berço da fé, fonte da iniciação cristã, “a família é chamada a ser a grande transmissora da fé e dos valores” (DAp, nº 432).

A família é, pois, a primeira animadora das vocações. Uma animação vocacional familiar que possa ajudar a pessoa na compreensão do chamado de Deus. As opções, o discernimento e as decisões são posteriores. Por fim, vamos refletir a significância da família discipular como berço da fé, berço da realização do amor incondicional de Deus pela humanidade. Lugar de comunhão, personalização e humanização da pessoa vocacionada. Qual a relação entre família e vocação?

CORPUS CHRISTI

A procissão e Missa de Corpus Christi aconteceu na manhã do dia 30/05. O Encerramento ficou por conta da juventude de nossa paróquia.