Ser feliz

 
Vida é viver, é ser alguém, é ser ninguém, quando quiser;

É não mentir, sempre sorrir,

Morrer de rir, quando puder;

É querer bem, homem, mulher, um ser qualquer, sem resistir;

Não desistir, nunca chorar, só quando tem alguém pra ouvir;

Sonhar, lutar, pra descobrir o que é amar, o que é sentir;

saber também que é grande o amor, elevador, sempre a subir;

Crescer, ter fé, firmar o pé, pisar no chão e caminhar;

Andar e crer, buscar, querer, na imensidão, o teu lugar;

ter mente exposta,

E, a quem te gosta, essa canção, teu coração responder "não",

Pra quem te diz: "Ser ou não ser: eis a questão";

Pois SER FELIZ: eis a resposta
                                  Feliz ano da juventude

Um grande ano nos espera, um ano no qual a nossa cidade vai ser invadida por uma onda de jovens vindos de todas as partes do Brasil e do mundo e vai receber a visita do Papa Bento XVI. Iremos iniciar o primeiro dia do primeiro mês do Ano da Juventude.

Um grande ano, de muito trabalho e de muitos encontros se delineia para a nossa amada cidade, para os nossos jovens, para as nossas famílias. O próximo ano será o ano da Jornada Mundial da Juventude, evento que sempre deixa um rastro positivo de renovação, um ano marcado não só pela curiosidade de ver uma multidão de jovens animar a Cidade Maravilhosa, mas de observar que novidade que ela trará para a vida de cada um de nós. Entre tantos legados que esperamos dos grandes eventos, este terá um incomparável: deixará a presença de um Deus Amor no coração dos jovens arautos da manhã e anunciadores de um mundo novo.

No próximo dia 5, no Arpoador, no Rio de Janeiro, iremos comemorar a espera dos últimos 200 dias para a JMJ. A espera é uma palavra difícil, sobretudo para os jovens, mas é uma palavra prenhe de vida. A espera é a nota do tempo de Advento, que nós acabamos de viver. Um tempo que se concluiu com a figura de Maria, nossa mãe e mãe de Deus, que viveu como nenhuma outra pessoa a espera do nascimento do Salvador. É a figura de Maria, Mãe de Deus, que encerra a oitava do Natal e abre o novo ano.

Esperamos todos para que entre o 23º ao 28º dia do sétimo mês do ano da juventude, a nossa cidade seja transformada no “Santuário Mundial da Juventude”! Preparamos e esperamos com carinho esse belo momento.

A espera de Nossa Senhora era uma espera bendita, como aquela que as mães geralmente vivem, dominadas pela presença do filho que carregam em si, mas igualmente pelo desejo de vê-Lo, conhecer suas feições, acariciar seu corpo diminuto, de contemplar a novidade da criança que deve nascer. Presença e espera convivem entre si e se completam. Presença e espera continuam a preencher os dias de uma mãe que vê seu filho crescer, de novidade em novidade.

O primeiro dia do Ano é dedicado à Mãe de Deus! É muito importante que seja assim. É como que uma invocação para que aquela que soube esperar nos ensine a esperar também. A esperar e a reconhecer que existe uma Presença que acompanha a nossa vida. A novidade do Ano Novo não pode se exaurir no primeiro dia. Um ano realmente novo é aquele que traz novidade a cada dia. É o que anunciamos: a espera já é a grande festa da juventude.

Esta espera esquenta o coração, nos faz vibrar e é a coisa mais bonita da festa de Réveillon, que enche aquele cenário excepcional que é a Praia de Copacabana. Iremos, como todos os anos, celebrar e esperar do alto do Corcovado, aos pés do Redentor. Porém, neste ano, o povo que espera o Ano que deve chegar, espera, na verdade, algo mais.

A multidão é cheia da espera por uma novidade que não se sabe qual seja, mas que deve vir. A espera tem a dimensão do coração do homem. Nosso coração espera, traz uma espera que nem o barulho ensurdecedor do tempo consegue eliminar. Todo o mundo parece conspirar para que o homem não espere, viva sem viver, se habitue ao feio e ao pequeno, mas, diante das águas do mar de Copacabana e do anúncio da novidade, a espera reacende. Dali, a espera se estende por toda a cidade, todas as casas e salões e clubes que receberão os jovens peregrinos. E no atual vazio de uma região em Guaratiba contemplaremos os milhões de jovens que anunciarão ao mundo a aurora de um tempo novo ao contemplar os montes que se erguem no entorno e que, levados pela nova Avenida com seus ônibus de transporte rápido, percorrerão ruas e vielas, túneis e viadutos para levarem ao mundo a esperança e a paz em Cristo.

Para o próximo ano é importante que os jovens da cidade do Rio de Janeiro sejam portadores da Paz. O Papa Bento XVI, em sua XLVI Mensagem para o Dia Mundial da Paz, recorda que todos somos chamados a ser felizes por sermos os construtores da Paz: “Bem-aventurados os obreiros da Paz”. Em sua mensagem anterior, para o ano que finda, o Papa dirigiu explicitamente sua mensagem à juventude: "nesta escuridão, o coração do homem não cessa de aguardar pela aurora de que fala o salmista. Esta expectativa mostra-se particularmente viva e visível nos jovens, e é por isso que o meu pensamento se volta para eles, considerando o contributo que podem e devem oferecer à sociedade.

Queria, pois, revestir a Mensagem para o XLV Dia Mundial da Paz duma perspectiva educativa: «Educar os jovens para a justiça e a paz », convencido de que eles podem, com o seu entusiasmo e idealismo, oferecer uma nova esperança ao mundo. Importante que estes fermentos e o idealismo que encerram encontrem a devida atenção em todas as componentes da sociedade. A Igreja olha para os jovens com esperança, tem confiança neles e encoraja-os a procurarem a verdade, a defenderem o bem comum, a possuírem perspectivas abertas sobre o mundo e olhos capazes de ver « coisas novas » (Is 42, 9; 48, 6). Por isso nossa atenção, unindo os temas dos dois anos, para que os jovens, educados para a justiça e a paz sejam felizes por construir a paz.

Queridos jovens: o próximo ano é de vocês! Assim como a JMJ nos envia a fazer discípulos entre os povos, a Campanha da Fraternidade coloca todos disponíveis: “Eis-me aqui, envia-me”. A Arquidiocese do Rio de Janeiro abre os seus corações para receber a todos como o Nosso Cristo Redentor – de braços abertos. Animem-se para viver com intensidade a JMJ Rio 2013 e vamos testemunhar Deus Menino, nascido de Maria Santíssima, para nos salvar!

A Praia de Copacabana, no sétimo mês do Ano da Juventude, vai ser tomada por uma multidão diferente: jovens de todas as raças e línguas que encontram Alguém que os encheu de espera e de esperança. Dali, partirão em peregrinação para o oeste da cidade, para dizer, em Guaratiba, que eles querem preencher todos os vazios do mundo com a esperança de uma nova vida buscada no íntimo de todos. Assim, juntos iremos passar pela “porta da Fé” a caminho de novos horizontes. A fé é um modo diferente de ver e viver a vida, um modo que é dominado por uma Presença que enche o homem de espera.

A todos os homens de boa vontade, construtores da paz, de perto e de longe, desejamos um feliz e santo ano da juventude.

Por: DOM ORANI JOÃO TEMPESTA, O. Cist.
ARCEBISPO METROPOLITANO DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO, RJ
Quem como Deus?

 
Recorramos, hoje, ao Senhor de todo o nosso coração, porque Ele nos fez e somos d'Ele, "formou o coração de cada um de nós e está atento a todas as nossas ações" (Sl 32,15).

De forma alguma deixemo-nos arrastar pelo desânimo, porque Aquele que está conosco – Jesus -, é muito maior do que as nossas fraquezas e combate em nosso favor. "É d'Ele que vem o que nós esperamos" (Sl 61,6b).

Renovemos a nossa confiança na bondade de Deus, porque "Ele é o nosso amparo e o nosso escudo" (Sl 32,20b).
Jamais desista do bem!

 
Iniciar uma boa obra é fácil.

No entanto, perseverar é mais difícil, mas não impossível.

Se o desânimo se abater sobre você, peça que Deus lhe dê forças para seguir adiante.

Espalhe-se no exemplo de Jesus, que orou muito para afastar seus inimigos e também rezou por seus algozes, dizendo "Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem".

A leitura constante da Palavra de Deus vai entrar em sua mente e em seu coração, produzir frutos e fortalecer seu modo de agir.

Por isso, jamais desista do bem que resolveu empreender.
         Os jovens e os meios de comunicação social

Nos dias atuais, é impossível não perceber a importância e a centralidade que os meios de comunicação social conquistaram em nossa sociedade, sobretudo quando associados à globalização. No próximo ano, o tema do Dia Mundial das Comunicações será “Redes sociais: portais de verdade e de fé; novos espaços de evangelização”. A Igreja tem acompanhado, com uma boa proximidade, o desenvolvimento da mídia em nosso tempo e com belos e importantes documentos. Agradecemos a Deus pelo decreto “Inter Mirifica” do Concílio Vaticano II, que no próximo ano completará 50 anos de sua promulgação. Sabemos que depois desse documento conciliar bastante sucinto, desencadeou-se um belo e importante trabalho da Igreja com relação aos Meios de Comunicação Social.

Para a Igreja, que neste Ano da Fé esforça-se no objetivo de enfatizar a importância da Fé como dom sobrenatural, por meio do qual nos comunicamos de maneira interpessoal com Deus, é imprescindível uma justa reflexão acerca de dois pontos fundamentais por meio dos quais a vivência da Fé é destacada em nossa sociedade: a juventude e os meios de comunicação. Daí vem o tema escolhido pelo Papa, que vê nas redes sociais oportunidade de ser portal da fé, da verdade e espaço de evangelização.

A juventude possui uma devida centralidade pelo fato de nela se concentrarem as esperanças da Igreja em um mundo melhor, onde os valores cristãos sejam fundamental e espontaneamente vivenciados e haja uma cultura sempre baseada na revelação do amor de Deus, que enviou o Seu Filho Jesus Cristo para salvar a humanidade. Os nossos jovens, por isso, são o retrato da nossa sociedade, que se constrói para o amanhã novo, e essa certeza faz com que confiemos a eles a missão de serem discípulos e missionários da nova evangelização que queremos realizar. Por esta razão, dar ênfase ao futuro da Fé Cristã como algo que se concretiza na figura da juventude faz parte justamente do que objetiva o Santo Padre Bento XVI, quando proclama a vivência de um ano todo dedicado à vivência testemunhante da Fé.

Os meios de comunicação social, por sua vez, uma vez conectando milhões de pessoas nos quatros cantos da face da terra, são capazes de promover e levar a cabo a mensagem cristã de maneira a alcançar um sempre crescente número de pessoas a quem tal mensagem toque, sensibilize e permita a Cristo chegar ao interior dos seus corações. Por isso, o interesse da Igreja pelos meios de comunicação social sempre possuiu um particular relevo, seja quando ilumina com as orientações éticas, seja quando os utiliza para anunciar a vida em Cristo. Por meio dessas maravilhosas invenções técnicas pôde contribuir para a comunicação global e para que diversas necessidades humanas fossem sanadas, e pôde, sobretudo, contribuir para a necessidade do homem de ir ao encontro com Deus.

Desta forma, como pastores da Igreja, temos diante de nossos olhos a necessidade de aproximar a juventude cristã e os meios de comunicação social e fazer deles instrumentos os mais eficazes possíveis na missão de alavancar a propagação da Fé na perspectiva de uma autêntica e nova evangelização, como bem recorda o tema do próximo Dia Mundial das Comunicações.

Porém, o grande segredo para que os meios sejam bem utilizados e sirvam para anunciar a vida, a verdade e a fé supõe que a pessoa que os utilizam seja alguém bem formado e orientado como cristão, com suas convicções claras.

Certamente, os novos e sofisticados meios de comunicação social que temos hoje são de pleno domínio da nossa juventude. A geração “z”, dizem, já nasce com o dedo no teclado. A Internet revolucionou a comunicação e contribuiu largamente para estreitar as fronteiras entre nações e continentes e instaurou a consciência de globalização. Ela, com seus sites de relacionamento social, é capaz de transmitir mensagens, pensamentos, ideias, imagens e tipos de conteúdos os mais variados possíveis e sobre diversos assuntos e com isso fazê-los chegar a um número incomensurável de pessoas. Que o digam também os modernos recursos de comunicação presentes nos smartphones, em que é possível sempre armazenar tanto conteúdos audiovisuais quanto escritos de fácil acesso e divulgação, por meio dos quais seria muito importante levar adiante a mensagem do Evangelho. Antigamente as pessoas iam ao computador para utilizar a internet. Hoje, a pessoa leva consigo o computador e toda uma convergência de mídias em suas mãos.

Diante dessa constatação, cabe à nossa juventude, sempre tão conectada e imersa na interatividade que a internet lhe proporciona, levar ainda mais a mensagem cristã ao mundo e com isso “conectar” o mundo a Cristo. É muito interessante ver como as “redes sociais” levam ideias e mensagem cristãs. É claro que o meio eletrônico não substitui o presencial, pois necessitamos de uma vida em comunidade. Mas, ao “compartilhar” Cristo com todos aqueles a quem podemos atingir por meio de nossos “cliques” deve levá-los a uma participação presencial em nossas comunidades e ao entusiasmo pelo Cristo como Salvador. Que a juventude de hoje, que é digitalmente nativa, tenha a alegria da fé e a anuncie à sua maneira para os seus coetâneos.

Constata-se hoje, também, que a Internet está contribuindo para promover transformações revolucionárias no comércio, na educação, na política, no jornalismo, nas relações transacionais e interculturais, e que essas mudanças manifestam não só uma transformação no modo de os indivíduos se comunicarem entre si, mas na forma de as pessoas compreenderem a sua própria vida. Formou-se uma nova cultura!

É importante, destacarmos, ainda, que os meios de comunicação social mais antigos, como o jornal, a revista, a rádio e a televisão, de modo algum se tornaram obsoletos, pois estão presentes nessa convergência de mídias que hoje existem e, por isso, permanecem exercendo papel importantíssimo na informação e formação cultural de nossa sociedade. Nessa perspectiva, à juventude, com suas inovações e dinamicidade, fica o desafio que a nova evangelização objetiva, ou seja, promover o uso de tais meios como forma autêntica de propagação da Fé, enfatizando sempre seu caráter vivificante e transformador, ao passo que sempre sublinhando seu fundamento: o encontro pessoal com o Senhor.

''Ide e fazei Discípulos entre os Povos'' (Mt 28,19), eis o lema da Jornada Mundial da Juventude Rio 2013 que estamos preparando para celebrar dentro do contexto deste “Ano de Fé” que ora vivenciamos. Reunir milhões de jovens das várias partes do mundo é vivenciar em grandes proporções aquilo que já é vivenciado no dia-a-dia da Igreja: o encontro pessoal com Jesus Cristo, caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,6).

Precisamente "aqui está o desafio fundamental que afrontamos: encontrar meios para promover e formar discípulos e missionários que respondam à vocação recebida e a comuniquem por toda parte, transbordando de gratidão e alegria o dom do encontro com Jesus Cristo".

Ora, faz parte da vivência da Fé Cristã o testemunho do que ela representa e do que é, pois o Cristianismo, como já nos enfatizara o Santo Padre, não nasce de uma bela idéia ou de um programa ético simplesmente, mas de um acontecimento, ou seja, de um encontro com uma pessoa: Jesus de Nazaré. A Fé Cristã, portanto, baseia-se no “encontro pessoal” com Aquele em Quem está a felicidade plena, e a resposta para as nossas mais profundas interrogações e buscas acerca do sentido último da vida. É preciso, portanto, que O demos cada vez a mais conhecer a todos, para que, por meio desse encontro pessoal com Ele, encontrem também a verdadeira felicidade. É nossa missão fazê-lo.

Por isso, para corresponder à vivacidade e à beleza que este encontro pessoal com Cristo realiza na vida de todo aquele que crê e que por isso leva-o a confessar Cristo e não se envergonhar d’Ele, conclamo os jovens para que façam das redes sociais, dos meios de comunicação social verdadeiros instrumentos de testemunho da Fé Cristã, a fim de que em tudo seja Deus glorificado por Jesus Cristo, e para que correspondamos ao mandato do Senhor de ir ao mundo e pregar o Evangelho a todo criatura.

Que a JMJ faça de cada jovem o evangelizador do novo milênio que a Igreja tanto necessita: sinta em seu interior o ardor missionário que impulsionou os primeiros cristãos a proclamarem sem temor e em toda parte a Boa Nova de Cristo e, agindo como eles, realize a obra da nova evangelização à qual a Igreja propõe no mundo atual.
Por: DOM ORANI JOÃO TEMPESTA, O. Cist.
ARCEBISPO METROPOLITANO DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO, RJ

Ano A, B e C na Liturgia

O Ano Litúrgico foi criado para que possamos acompanhar toda a vida de Jesus em ordem cronológica através das leituras bíblicas. Ele segue o anúncio do Messias, sua encarnação, seu ministério, morte e ressurreição enquanto nos conduz ao encontro da Parusia, ou seja, do Cristo Rei do Universo que retornará em sua glória para julgar os vivos e os mortos.

O significado das letras A, B e C é o seguinte:O rito romano possui um conjunto de leituras bíblicas que se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. A cada ano, há uma seqüência de leituras próprias, divididas em anos A, B e C.
- No ano “A” fazem-se as leituras do Evangelho de São Mateus;
-No ano “B”, as de São Marcos e
-No ano “C”, as de São Lucas.

Já o Evangelho de São João é reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.

Para se descobrir o ano em que estamos deve-se fazer o seguinte cálculo:Basta somar os algarismos do ano. O ano em que a soma dos algarismos for um número múltiplo de 3 é do ciclo C.

Mas atenção!!
O ano litúrgico inicia-se no primeiro domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal) e se encerra com a solenidade de Cristo Rei do Universo. É bom ficar atento, pois o Advento no mês de dezembro de 2012 já é ano litúrgico "C" e será "C" até o final de novembro de 2013 quando, no primeiro domingo do advento, se iniciará o ano "A". Não confunda isso. Pois o ano litúrgico não coincide com o ano civil.
Fonte:www.semeandocatequese.blogspot.com.br
                O mundo hoje e a JMJ
A aproximação da Jornada Mundial da Juventude aqui no Rio de Janeiro em julho de 2013, dentro do ano da Fé, nos faz cada dia agradecer a Deus pelo grande dom que nos concedeu. É um tempo de graças e louvor. Temos certeza de que será também um momento marcante para o nosso país e, sem dúvida, para a América Latina, que devido à proximidade deverá participar com mais presença nesse evento.

É a segunda vez que uma JMJ ocorre na América Latina – depois de 25 anos da primeira, que foi em Buenos Aires! Os tempos são outros para o mundo, para o nosso continente e para o nosso país. As diferenças de situação, cultura, realidade colocam-nos novos questionamentos e exigem novas respostas. As gerações x, y e z, como são chamados hoje os vários grupos etários e de relacionamento digital, deverão fazer uma grande diferença nesta nova época. Como ser resposta para um mundo sonhado, justo e solidário, anunciador da vida e responsável pela construção de um futuro luminoso?

O mundo construído até hoje está diante de nossos olhos com suas realidades boas e ruins. A geração jovem é herdeira dessa realidade. Porém, se no passado os jovens aos poucos assumiam as responsabilidades que foram de seus antepassados, hoje, pelo caminhar da história, parece que desejam criar uma nova realidade e não repetir o que foi no passado. Se as realidades mais racionais que fazem parte do espírito humano têm sido superadas pelo emocional, tanto para fazer as guerras e violências como para tentar fazer o bem, estamos diante de um momento importantíssimo da história.

Nós mesmos somos testemunhas das mudanças de paradigmas em nossa sociedade – desde a questão da vida e da família até as questões políticas, sociais e éticas. Até que ponto essas novas direções, comandadas por grupos minoritários influentes, transformarão a sociedade de acordo com os seus pensamentos e pretensas convicções? A esperança de uma democracia onde todos fossem ouvidos e respeitados ainda ressoa nos corações e nas mentes. Mas com a realidade das influências midiáticas, legislativas, subliminares e de pressão, os conceitos começam a ter outro peso. Muitas vezes as decisões são muito mais por pressão e por interesses de pessoas ou de grupos do que pelo bem da humanidade, o bem do planeta, o bem do povo.

A ideia de que posso fazer qualquer coisa, mesmo má, para justificar um fim bom já foi pensada muito antes na história da filosofia e sociologia. Assistimos muitas vezes a um desmantelamento dos valores e da sociedade atual com relação aos valores do ser humano. O simpósio da semana passada na PUC RJ sobre o “Humanismo e sentido da Vida” com a pergunta de fundo: o que faz o ser humano ser humano? – sem dúvida faz com que paremos alguns momentos nessa desenfreada correria do fazer e executar para refletir e pensar sobre os rumos do mundo.

A preocupação econômica domina as manchetes e as preocupações globais de nosso planeta. O consumismo desenfreado, desencadeado por uma opção econômica, começa a ser questionado tanto pelos problemas ambientais nesse nosso único habitat possível, como pelo próprio sistema, que tem dado problemas por todos os quadrantes. Como os atuais mandatários conseguem resolver essa equação?

A dificuldade em conciliar o ético e moral com o desenvolvimento e justiça social tem sido uma constante nesse pêndulo político-social hodierno. Os tempos são difíceis para o nosso futuro. E diante disso os embates são constantes.

Devido a exageros de alguns grupos tidos como religiosos, também as religiões em nosso hemisfério ocidental têm sido colocadas fora das questões, como se uma pessoa não pudesse ter suas convicções e ser cidadão ao mesmo tempo. Descartar religião como algo apenas intimista, sem presença no social, é também um questionamento próprio de nosso tempo em que “estado leigo” é confundido com “ateísmo”.

É diante desses questionamentos que um encontro mundial de jovens que procuram respostas diante dessa sociedade para construir o futuro, não apenas herdando o passado, mas fazendo algo novo, enche de esperança o mundo todo. Este tipo de encontro, inspirado pelo grande profeta que foi o Papa João Paulo II, tem sido um anúncio que esse “outro mundo possível” passa por valores importantíssimos para a vida do ser humano..

No último final de semana deste mês, jovens representantes de 76 nações do mundo estarão aqui no Rio de Janeiro para conhecer o lugar desse grande acontecimento da Igreja Católica – a Jornada Mundial da Juventude – e para colocar suas questões acerca do que os espera aqui no Brasil. Já será um eco das esperanças que nutrem, ao vir de países distantes para uma experiência jovem de vida e fraternidade. Jovens de todas as crenças e convicções se colocam juntos para pensar o amanhã e, mais do que isso, serem testemunhas do futuro.

Ao acolhê-los em nossas casas, em nossos corações, em nossas cidades tenho certeza de que ficará a alegria de podermos contemplar o amanhã com novos olhos.

Eis que se abre para nós este tempo! Vivamos com generosidade e paz. Preparemos os caminhos que se tornarão novos com a geração nova. Desta forma, os que virão depois da geração “z” irão avançar ainda mais para um mundo mais humano que, de uma forma ou outra, todos sonhamos no passado e somos chamados a sonhar também hoje. Sonhemos juntos e construamos juntos o amanhã.

Desde já uma feliz Jornada Mundial da Juventude para todos!
Por: DOM ORANI JOÃO TEMPESTA, O. Cist.
ARCEBISPO METROPOLITANO DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO, RJ
Jamais desanime

 
Pela força da fé, é possível vencer todas as aflições.

Você é dono dos próprios atos e responsável pela própria vida.

Abrace com garra as metas que a se propôs realizar.

Não tenha medo de nada nem de ninguém.

Lembre-se de que o Senhor é sua força e proteção.

Jamais desanime nem desista.

Vá à luta!
Discernimento

 
Ao longo do dia nós temos muitas oportunidades de aprender algo que nos ajude a sermos melhores; até com os erros, nossos e dos outros, devemos tirar um bom ensinamento para a nossa vida.

Aprendamos com o que é bom e com o que vai nos ajudar; as coisas que não nos edificam não precisamos levar em conta. Fiquemos atentos às ocasiões que a Divina Providência nos proporcionará no nosso caminho de formação e de maturidade.

Se prestarmos atenção, Jesus, nos Evangelhos, estava sempre ensinando o povo, Seus discípulos e todos que se aproximavam d'Ele. "Um dia estava Jesus ensinando" (Lc 5,17), e não perdia nenhuma oportunidade.

Muitas vezes, lemos um bom livro, vemos um bom filme, contemplamos uma cena enriquecedora, os quais devemos partilhar com os nossos irmãos. Por outro lado, devemos nos perguntar sempre antes de falar qualquer coisa: "O que vou falar vai edificar o outro? É algo necessário?" Certamente, o Espírito Santo nos ensinará a discernir o que é bom para o momento e o que não o é.

Peçamos ao Espírito Santo que nos ajude a termos sempre uma palavra acertada para o momento certo.
            O que eu vou fazer quando crescer?

Quantos de nós não crescemos ouvindo a expressão: "O que você vai ser quando crescer?". A pergunta que para muitos vem imediatamente com a resposta: "O mesmo que o meu pai" ou "O mesmo que minha mãe". que o tio, etc., para muitos é uma dúvida que os acompanha por um bom tempo da vida.

Faculdade, estudo, trabalho, ser isso ou aquilo: preocupações diretamente ligadas às expectativas do outro a meu respeito, àquilo que eu representarei na sociedade, na família, para o grupo de amigos.

Ser bem-sucedido ou ser feliz, ser rico ou fazer o que gosta. Geralmente, se associa prazer com atividades que nem sempre dão o retorno financeiro esperado. Daí cabe uma grande questão: "O que eu quero para mim?" "O que significa ser bem-sucedido para mim? Ter dinheiro? Ser gerente? Ser um cozinheiro muito realizado? Ser educador?"

Costumo dizer que a melhor escolha na vocação é aquela que nos faz felizes, que é compatível com nossas possibilidades e que nos gera sustento, pois, de nada adianta ser muito bem-sucedido financeiramente e ser infeliz. Mas, ao mesmo tempo, é muito complicado buscar sem encontrar seu lugar de satisfação.

Outro fator importante é que somos, atualmente, muito críticos com as possibilidades e com nossas escolhas. É natural ao ser humano a busca constante de condições melhores de vida, mas, até onde isso é sadio? Já pensou que pode estar perdendo oportunidades por deixar de observar aquilo que está ao seu redor?

Posso iniciar uma profissão ganhando pouco, mas numa empresa que valoriza o que faço e o que sou e, por essa razão, buscar chances de crescimento. Posso abrir uma empresa para administrar, mas se não tive experiências de trabalho como saber se esta é a melhor escolha? Trabalhar e ser comandado gera uma grande experiência em todas as áreas profissionais.

Outro aspecto importante, ao pensarmos em carreira e estudos, é que, atualmente, o mercado de tecnologia está bastante aquecido. Faculdades que oferecem a formação de tecnólogo em nível superior estão bastante solicitadas e há muitas empresas com grande necessidade de contratar tanto os tecnólogos quanto os técnicos de nível médio. Ou seja, nem sempre fazer uma faculdade de direito ou medicina é garantia de sucesso.

O bom discernimento vocacional se faz observando aquilo que nós gostaríamos de fazer, aquilo para o qual temos habilidade de fazer e a demanda de profissionais para aquela área e nossas possibilidades pessoais e financeiras para buscar determinada formação.

Acrescento, ainda, que para um bom discernimento é muito importante que façamos o exercício do autoconhecimento, da percepção dos talentos pessoais, das habilidades, das limitações e nossos alvos. Tudo isso, somado a um plano de vida com nossas metas pessoais e profissionais deve ser levado em consideração, para saber o que temos hoje e aonde gostaríamos de chegar e os esforços que deverão ser feitos para que tais metas sejam atingidas.

É importante ressaltar a responsabilidade que deve se fazer presente no momento da escolha, ou seja, é um momento em que cada um deve assumir de forma consciente a construção de um projeto de vida próprio. O objetivo não é necessariamente uma escolha para o resto da vida, mas a possibilidade de realizar escolhas conscientes que sejam coerentes com um modo de ser particular, visando a realização pessoal e profissional.

Lembro, também, que para escolher o caminho a ser seguido é importante conhecer as características e as exigências da vocação, seja qual ela for, profissional, religiosa, de discernimento de estado de vida.

O essencial que possamos não apenas escolher, mas aprender a escolher, olhando este processo como algo que está enraizado na história de vida de cada pessoa, e nesse sentido, realmente, não importa a escolha, mas a maneira como esta é realizada, quais os critérios estabeleço para que ela aconteça, como julgar o que é melhor para mim, em cada momento da minha existência, visto que escolhemos o tempo todo, enquanto existirmos.
Ação de Deus

 
Preste atenção: A ação de Deus deve ser esperada sempre e quando somos capazes de fazer tudo o que cabe a nós.

O Senhor nada fará daquilo que nos é devido! Se não fazemos nossa parte é inútil esperar por Deus!

A demora do Senhor, entretanto, deve nos servir de instrumento de conversão; é quando temos a oportunidade de exercitar a vida de oração, a paciência e a misericórdia. Deus demora o tempo que necessitamos para ser melhores; devemos estar atentos a este aspecto fundamental de Seu modo de agir em tudo o que nos acontece.

Compreenda também que, na verdade, mais do que atender a nossos pedidos, o Senhor quer mesmo é que aprendamos a nos deixar amar e transformar.

O que conta é a nossa conversão! Por favor, medite sobre isso
O caminho que passa por mim

 
Onde está o silêncio? Onde a solidão? Onde o Amor?

Em última instância, não podem ser encontrados em lugar algum a não ser no fundamento de nosso próprio ser.

Há perfeita paz, porque estamos alicerçados no Amor infinito, criativo e redentor.

Ao ajudar outra pessoa, muitas vezes encontramos a melhor maneira de suportar nossos próprios contratempos.

Nossa condição humana é permeada pela abertura relacional aos outros, é próprio de nossa condição de ser, a necessidade uns dos outros...

Nisso temos a oportunidade de aperfeiçoar o amor em nós, em nossas escolhas e atitudes.
Aproveitemos bem o nosso tempo

 
Façamos, hoje, todas as coisas unidos a Jesus, desde as mais simples às mais complexas. Este é um sábio conselho para fazermos bem todas as coisas como Jesus.

Muitas vezes, achamos que estamos trabalhamos muito por causa da agitação interior com que realizamos nossas atividades. Ficamos cansados, gastamos muita energia, mas, no fundo, produzimos pouco, embora achemos que estamos fazendo demais.

Tudo o que formos fazer, peçamos a Jesus que nos conceda a graça de fazermos bem, para que produza muitos frutos, e que estes durem para a vida eterna.

"Mas, ao lado de vós, está a sabedoria que conhece vossas obras. Fazei-a, pois, descer de vosso santo céu, e enviai-a do trono de vossa glória, para que, junto de mim tome parte em meus trabalhos e para que eu saiba o que vos agrada" (Sb 9, 9a.10).

Senhor dá-nos sabedoria para vivermos bem todo o nosso tempo.
         O protagonismo da juventude no Ano da Fé

 Por: DOM ORANI JOÃO TEMPESTA, O. Cist.
ARCEBISPO METROPOLITANO DE SÃO SEBASTIÃO DO RIO DE JANEIRO, RJ


Estamos vivenciando com toda a Igreja a celebração do Ano da Fé convocado pelo Santo Padre Bento XVI, cuja vivência se estenderá até o mês de novembro de 2013. O objetivo da convocação de todo um ano de celebrações dedicado a esse tema tem por finalidade inserir a temática da Fé numa perspectiva de redescoberta do valor que ela possui, para assim contextualizar a importância da comemoração dos dois grandes acontecimentos celebrados pela Igreja nos últimos anos: o 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II (1962-1965) e o 20º aniversário da promulgação do Catecismo da Igreja Católica.

O Concílio Vaticano II, como sabemos, foi uma sábia e necessária contextualização da Igreja em sua missão de “anunciar a Boa-Nova a todas as nações” (cf. Mc 16,15). Tratou-se de um aggiornamento, no dizer do Beato João XXIII, que promoveu na Igreja uma atualização de seu papel na sociedade, renovando sua pastoral no intuito de realizar melhor sua missão profética no mundo. O Catecismo da Igreja Católica, por sua vez, seguindo os passos do Concílio no tocante à explicitação clara e objetiva do conteúdo do Depósito da Fé, procurou também expor a perene Doutrina Católica, atualizando a linguagem por meio da qual ela é exposta e enfatizando sua essência, bem como iluminando e transmitindo o conteúdo da Fé Cristã frente às questões da atualidade. Deste modo, tanto o Concílio Vaticano II quanto o Catecismo da Igreja Católica tiveram um primordial objetivo: sublinhar a essência da Fé Cristã para melhor testemunhá-la na sociedade contemporânea. O anúncio da salvação em Cristo constitui a essência da Igreja e é por meio dele que ela realiza sua missão de santificar a humanidade.

Será muito importante que aprofundemos o conhecimento de nossa fé tomando em nossas mãos  o youcat, versão jovem do catecismo. Tanto poderia ser estudado na sequência em que foi impresso como através dos temas que as (arqui)dioceses sugerem para cada mês. A juventude é chamada a dar as razões de sua fé. Porém essa fé deve ser vivida intensamente, e com alegria.

Atualmente, percebemos com muita clareza que a nossa sociedade encontra-se gravemente transformada; vivemos em meio a uma mudança radical de conduta, que é fruto da inversão dos valores fundamentais do ser humano e da indiferença à religiosidade, diante da qual a Igreja é novamente chamada a manifestar a resposta cristã diante dos desafios que parecem estabelecer um “divórcio” entre a Fé e a sociedade moderna.

Entretanto, ainda que em meio a este ambiente de transformações, “não podemos esquecer que, no nosso contexto cultural, há muitas pessoas que, embora não reconhecendo em si mesmas o dom da Fé, todavia vivem uma busca do sentido último e da verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo” (Porta Fidei, n. 10). Dentre estas pessoas, sem dúvida a juventude vive intensamente essa busca. Bombardeada pelas ideologias que a sociedade contemporânea difunde e nas quais fundamenta seus valores, a juventude vive essa busca da verdade e do sentido último acerca de si mesmo e do mundo, e em cada jovem ressoa a necessidade de conhecer a si mesmo e de transcender à descoberta do absoluto. Apesar das revoluções e transformações das últimas décadas, tais como a globalização, os progressos sempre crescentes dos meios de comunicação, a liberdade de expressão, e tantas outras mudanças no contexto cultural, permanece sempre viva na juventude a busca pelo que está além de tudo isso, pelo que a preenche de maneira completa, por aquilo que lhe permite vivenciar o absoluto. Aliás, essa busca é de todo o ser humano.

Nesta busca da juventude imersa numa sociedade regida por valores tão contraditórios, aos quais ela termina às vezes por aderir levada pela corrente do relativismo exacerbado, abre-se como outrora aos gentios a porta da Fé (cf. At 14,27), que introduz na vida de comunhão com Deus e permite a entrada na sua Igreja (cf. Porta Fidei, n.1). Uma vez adentrando por essa porta da fé, o jovem descobre a maravilha deste dom sobrenatural que ela é e inicia a vivência dos frutos de renovação interior que o mesmo dom da fé origina.

O primeiro fruto, certamente, é a resposta para as indagações sobre o sentido último e sobre a verdade definitiva acerca da sua existência e do mundo. Em Deus, que é a Verdade, contemplamos a verdade acerca de todas as coisas, pois Ele nos revela a verdade sobre nós mesmos em Cristo Jesus, dando-nos a compreender aquilo que não nos é acessível apenas pela razão. Esta descoberta, em se tratando da juventude, promove um resultado magnífico: o jovem, uma vez pleno do entusiasmo que a própria juventude lhe assegura, ao descobrir a verdade que é Deus, revelada plenamente em Cristo, não a toma apenas para si mesmo, mas vê-se impelido a transmiti-la aos demais jovens e assim a todos que vivem à sua volta. Essa é a experiência dos primeiros cristãos, que uma vez abraçando a Fé, descobriram que Deus é a verdade de todas as coisas e que n’Ele está a resposta para todas as nossas indagações.

Essa experiência de Deus, que leva o jovem a irradiá-la aos demais, é precisamente o segundo fruto que podemos colher ao adentrar a porta da Fé. Ela constitui a finalidade do Ano da Fé, ou seja, o testemunho. Mais do que sempre, testemunhar digna e verdadeiramente a Fé Cristã é uma necessidade dos últimos tempos, pois a nossa juventude tem sede de inovações, e esta sede também é sentida no âmbito da Fé. Disso surge a pergunta que certamente ecoa no coração dos pastores da Igreja, que ecoou nesse Sínodo dos Bispos sobre a Nova Evangelização que acabamos de celebrar, e que ecoará durante este Ano da Fé: como tornar a Fé uma experiência atrativa para aqueles jovens que ainda não puderam adentrar pela porta da Fé e assim conhecer a Verdade?

O Cristianismo é uma experiência pessoal com Cristo, que se comunica conosco e nos leva naturalmente a comunicar esta experiência, ou seja, a testemunhar a maravilha desse encontro pessoal. Trata-se de transparecer a maravilhosa aventura de crer, de evidenciar, por meio das várias circunstâncias da vida, que Cristo nada nos tira, antes nos doa tudo, e que por isso não é preciso temer a experiência com Ele.

Desta maneira, jovens, Cristo chama cada um de vocês a testemunhá-Lo de modo autêntico, sincero e fiel. Certamente há quem se pergunte como fazê-lo; muitas, pois, são as formas. Em primeiro lugar, na vivência do Ano da Fé, a juventude é chamada a resgatar o valor da família. Atualmente, a vida acadêmica, o engajamento no mercado de trabalho e as demais circunstâncias da vida de nossa juventude terminam por fazer com que tempo algum seja dedicado a estar em família, ao diálogo com os familiares. A família, conforme nos afirmou o Papa Paulo VI, é a “Igreja do Lar”. Dessa maneira, é preciso que a nossa juventude seja a protagonista de um resgate da família, pois vivê-la e manifestar assim sua essência e sua importância é um concreto testemunho cristão.

Não de menor importância é o testemunho da juventude no meio acadêmico e profissional e, por isso, os jovens são chamados a manifestar na escola e na universidade que a Fé Cristã não a tolhe, antes a motiva, pois a investigação acadêmica também é um meio de se chegar à verdade das coisas, e que a alegria de servir a Cristo e viver em comunhão com Ele nos leva a descobrir que os caminhos da ciência em busca do conhecimento têm seu valor, pois são formas de se chegar à Verdade na qual tudo possui razão de existir. De igual maneira, a honestidade e a dedicação próprias de um bom profissional também são um testemunho cristão, uma vez que ao modelo de Cristo, que dignamente desenvolveu uma vida profissional como operário, o cristão é chamado a construir uma sociedade por meio de uma vida profissional digna e autêntica.

Na simplicidade desses testemunhos de autêntica vida cristã, a mensagem de Cristo será evidenciada naturalmente a todos quantos d’Ele necessitam, e assim, a Fé será irradiada não somente como uma experiência meramente pessoal e individual, mas como uma ligação entre o ser humano e Deus, que estabelece uma fraternidade entre todos que por ela se deixam abraçar, renovando e dando sentido pleno à existência e respondendo às indagações mais profundas do íntimo de cada homem e de cada mulher. O protagonismo da juventude nesse testemunho ganha especial relevo à medida que os jovens são a esperança do amanhã e, por isso, uma vez deixados abraçar pela experiência do encontro pessoal com Cristo, irradiam a profundidade dessa experiência, estabelecendo assim uma fraternidade que, centrada no próprio Cristo, constrói uma sociedade transformada pela ação salvífica do Verbo de Deus, o próprio Cristo Jesus.

Em suma, neste Ano da Fé, todos somos chamados a testemunhar de maneira objetiva a Fé Cristã. Todavia, a juventude torna-se a protagonista deste testemunho à medida que nela estão centradas as expectativas acerca do amanhã. Por isso, que cada jovem viva intensamente sua vida cristã e fundamente-a por meio de uma sólida vida espiritual. Deste modo, é imprescindível que a juventude creia firmemente na Santíssima Eucaristia como fonte e ápice da vida cristã, e manifeste essa fé por meio da fiel e ativa participação nas missas dominicais. Que a juventude se reconheça sempre necessitada da misericórdia de Deus e por isso não hesite em reconhecer e recorrer ao Sacramento da Confissão sempre que necessário. E que, sobretudo, manifeste por meio da vida de oração a beleza e a alegria do encontro pessoal com Cristo, do diálogo entre Deus e nós, seus filhos. Assim, quando celebrarmos os grandes momentos deste Ano da Fé, dentre os quais a Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, a Fé Cristã seja testemunhada tão eficazmente nas grandes proporções desse evento quanto o deve ser nas circunstâncias do dia-a-dia.

Nesta perspectiva, tenhamos todos a consciência, sobretudo os jovens, de que somente na amizade com Cristo se abrem de par em par as portas da vida, somente nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana, somente nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta. Por isso, que a juventude não tenha medo de Cristo! Ele não tira nada, Ele dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe cem vezes mais.

Que a juventude abra as portas a Cristo, assuma o protagonismo que o Ano da Fé lhe confia e encontre a vida verdadeira e a felicidade sem fim!
Amar: Um imperativo categórico!

 
A marca registrada do cristão é a sua capacidade de viver o amor.

Amar é a única opção que temos quando queremos viver conforme Jesus. Ou aprendemos a amar ou não podemos dizer que somos cristãos. Amar é um imperativo categórico:

"Douvos um novo mandamento: Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim vós deveis amar-vos uns aos outros.

Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (Jo 13,34-35)

Por isso a cura do ressentimento também torna-se imperativo para nós. Ou nos curamos e assim conseguimos amar, ou não amamos e não podemos nos dizer cristãos. Ser cristão é ser diferente. O mundo não pode acolher nem compreender a serenidade do coração cristão. Jesus deixou bem claro que a paz que Ele nos dá, o mundo não pode receber e nem entender. E que somente a partir dessa paz é que podemos viver sem temor:

"Não se perturbe nem se atemorize o vosso coração" (Jo14,27)

O cristão é alguém que assume no mundo a missão de amar sempre. A partir da experiência do amor incondicional de Deus por nós, somos chamados a testemunhar para o mundo a possibilidade de um relacionamento diferente, no qual ninguém oprima ninguém. A grande causa dos problemas de relacionamentos entre pessoas ou entre países está no distanciamento do amor de Deus. Ninguém consegue amar uma pessoa, limitada e fraca, se não tiver a experiência no amor de Deus. Quem não ama Deus não se ama e não ama ninguém. Para curar o ressentimento é preciso fazer uma opção fundamental pelo amor

"Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração,com toda a tua alma, com todo o teu entendimento, e com toda a tua força. Amarás teu próximo como a ti mesmo" (Mc 12,28-31)
Não ressentir

 
O ressentimento é uma força terrível, encardida e medonha que se aloja em nosso coração, se alimenta da lamúria e da reclamação, se abastece de lembranças dolorosas,se exercita nas brigas,fofocas e divisões; contamina todo nosso corpo e a nossa alma, se alastra através de nós e nos afasta definitivamente de Deus, pois permite a entrada do demônio em nosso coração.
Um segredo para todos

 
A alegria é o dom secreto da compaixão.

Continuamos a esquecer-nos disso e inconscientemente procuramo-la em outros lugares.

Mas, cada vez que voltamos para onde existe a dor, conseguimos uma nova "amostra" de alegria que não é deste mundo.

A alegria que provém da compaixão é um dos segredos mais bem guardados da humanidade.

É um segredo só conhecido de muito poucas pessoas, um segredo a descobrir continuamente.

Um segredo que brota da Cruz de Cristo, de seu coração transpassado por amor a humanidade ferida e sofredora.
Com os olhos da fé

 
Viver e pensar como Jesus consiste em descobrir a sinceridade, a bondade e a verdade muitas vezes ocultas por trás do grosso e áspero exterior de nossos semelhantes.

É ver, nos outros, o bem que eles próprios não vêem e afirmá-lo em face de poderosas evidências em contrário.

Em outras palavras, consiste na firme decisão pelo céu, em querer o bem sem esperar recompensas.
                         Finados – Rezar pelos mortos

No dia em que celebramos os mortos, tudo nos fala de vida, de modo que podemos afirmar, com toda certeza e alegria, que morrer é viver. A razão disso tudo é a pessoa de Jesus Cristo, morto e ressuscitado, primeiro fruto dentre os que ressuscitam dos mortos, nosso irmão mais velho e vendedor da morte.

De algum modo, a ressurreição de Jesus foi preparada na fé e na esperança do povo, em meio ao qual está o autor do livro da Sabedoria. Ele afirma que a luta do justo pela justiça é cheia de imortalidade. Jesus, aquele para quem a morte não interrompe o amor, por amar sem limites e sem barreiras toda a humanidade representada por Lázaro, ressuscita-o: ”Lázaro, vem para fora!” E Ele nos convida a entrarmos nessa ciranda da vida que vence a morte, desamarrando todos os que estão impedidos de viver.

Paulo rompe o circuito fechado do fatalismo, apontando para o horizonte luminoso, para onde caminha toda a humanidade.

Os versículos 38-44 do evangelho de João se torna extremamente dinâmico, fazendo com que o túmulo de Lázaro se abra, o morto saia e caminhe. E a força que movimenta tudo isso se chama amor, que não termina com a morte; chama-se também comunhão perfeita com o projeto do Pai, que é vida e liberdade.

Essa última expressão compromete todos os que acreditam em Jesus e no Pai que O enviou. Jesus é sem dúvida o pastor que conduz suas ovelhas para fora dos currais, como tirou Lázaro do túmulo.

Mas Ele compromete os que lhe dão sua adesão. Segundo o evangelho, os presentes têm de desamarrar Lázaro e deixar que ande. Precisamos atualizar o episódio da ressurreição de Lázaro e descobrir quais as amarras que os cristãos têm de desfazer hoje para que muitas pessoas comecem a caminhar.

Para alguns, finados é um feriado gostoso. Principalmente neste ano de 2012, em que o dois de novembro é na sexta-feira. É ocasião para sair e refrescar a cabeça.

Para outros, é dia de lembrar tudo, menos a morte ou as pessoas que já faleceram. Para outros, é dia trágico, pois, de certa forma, antecipa a cada ano, o que seremos todos um dia.

Mas, graças a Deus, para muitos é um dia de esperança e de comunhão com quem amamos s continuamos a amar, apesar de termos perdido sua presença física. É quando devemos rezar por nossos entes queridos que já se foram, para que Deus os receba em seus braços, na esperança de que, um dia nós os encontraremos na eternidade.

Por: Padre Wagner Augusto Portugal
ANO JUBILAR
DE 01/11/2012 À 01/11/2013


Apartir da missa de hoje as 19:30h na Igreja Matriz, daremos abertura ao Ano Jubilar, esta comemoração dos 75 anos de instalação da Paróquia São João Batista, que apartir desta data teremos um ano de atividades paroquias em ação de graças e louvor a esta grandiosa festa.
                                A comunhão dos santos

 Que é a Igreja senão a assembleia de todos os santos? A comunhão dos santos é precisamente a Igreja.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, “o bem de Cristo é comunicado a todos os membros e essa comunicação se faz por meio dos sacramentos da Igreja. Como esta Igreja é governada por um só e mesmo Espírito, todos os bens que ela recebeu se tornam necessariamente um fundo comum”.

Portanto, o termo “comunhão dos santos”, tem dois significados intimamente ligados entre si: “comunhão nas coisas santas e comunhão entre as pessoas santas”.

Na comunidade primitiva de Jerusalém, os discípulos “mostravam-se assíduos ao ensinamento dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações”.


A fé dos fiéis é a fé da Igreja, um tesouro que se enriquece ao ser compartilhado. O fruto de todos os sacramentos pertence a todos os fiéis. Na comunidade da Igreja, cada um recebe o dom de manifestar o Espírito, para a utilidade de tosos.

Tudo o que o verdadeiro cristão possui, deve considerá-lo como um bem que lhe é comum com todos. O cristão é um administrador dos bens do Senhor.

Na “comunhão dos santos”, como diz São Paulo, ninguém de nós vive e ninguém morre para si mesmo.

O menor dos nossos atos, praticado na caridade, irradia em benefício de todos, numa solidariedade com todos os homens, vivos ou mortos, que se funda na comunhão dos santos. Madre Tereza de Calcutá dizia: “Eu sei que o meu gesto é como uma gota no oceano, mas, sem ele, o oceano seria menor”.

A união dos que estão na terra com os irmãos que já se foram de maneira alguma se interrompe; pelo contrário, segundo a fé perene da Igreja, vê-se fortalecida pela comunicação dos bens espirituais.

Em resumo, repetindo a frase do Catecismo da Igreja Católica, “cremos na comunhão de todos os fiéis de Cristo, dos que são peregrinos na terra, dos defuntos que estão terminando a sua purificação, dos bem-aventurados do céu, formando, todos juntos, uma só Igreja, e cremos que, nesta comunhão, o amor misericordioso de Deus e de seus santos está sempre à escuta de nossas orações".
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
A vida é um dom

 
Cada vida é, na verdade, um dom, não importa se é frágil. Cada vida é, na verdade, um dom a ser mantido eternamente em nossos corações.

Quando não há palavras para amenizar a dor, que seu espírito seja tocado pelo amor que o cerca, lentamente, a cura terá início.

Que você saiba esperar, amar além da consideração e ter paz além da consideração e ter paz além da compreensão
Um pouco de cada vez...

 
Só por hoje, tratarei de viver exclusivamente este dia, sem querer resolver o problema de minha vida, todo de uma vez.

Só por hoje, terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: sendo delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar nem disciplinar ninguém a não ser a mim mesmo.

Só por hoje, sentir-me-ei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, junto de Deus, aqui e na glória futura.

E, quando o peso dos dias me visitar, ainda assim, permanecerei fiel ao chamado de Deus em minha vida, àquilo que Ele tem reservado para mim. "Aquele que é fiel nas pequenas coisas será fiel – também – nas grandes."
O que surte mais efeito: Perdoar ou ser perdoado?


Eu escutei hoje que o perdão dado e recebido transforma-nos verdadeiramente. O que nos possibilita conviver fraternalmente não é o fato de não errarmos, porque erramos sempre, mas porque perdoamos e somos perdoados sempre, "até setenta vezes sete" (cf. Mt 18,22), como Jesus nos ensinou.

É normal perdoar e continuar lembrando a ofensa. "Não está em nosso poder não mais sentir e esquecer a ofensa; mas o coração que se entrega ao Espírito Santo transforma ferida em compaixão e purifica a memória, transformando a ofensa em intercessão" (Catecismo da Igreja Católica [CIC] n. 2843).

Olhemos para Jesus, modelo de oração e de vida, para que aprendamos com Ele a perdoar sempre, "porque o perdão é o ponto mais alto da oração cristã. Ele dá testemunho de que, em nosso mundo, o amor é mais forte do que o pecado"(idem, n. 2844).

Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso.

Jesus, eu confio em Vós!

Luiza Santiago - www.cancaonova.com
Sinta a grandeza de Deus

 
Em determinado momento do dia, reserve alguns minutos de silêncio, para escutar seu íntimo, compreender seus sentimentos e escolher o melhor caminho a ser trilhado.

Se agir desse modo, sentirá a grandeza de Deus.
Aprendendo a olhar a vida

 
Um dos grandes segredos para um coração curado é aprender a enxergar a vida pelo ângulo correto.

Ainda que os acontecimentos sejam difíceis, a chave para a nossa felicidade está no modo como reagimos.

Os olhos do coração precisam receber muitas gotas de colírio de vida, com a qual Jesus veio nos presentear pela graça da Cura Interior
Os efeitos da fofoca

Ela tem o poder de destruir os relacionamentos

Já sofremos muitas vezes com os efeitos malévolos da fofoca em nossos relacionamentos.

Muito longe de um diálogo, certos comentários rompem com qualquer possibilidade de entendimento, pois nunca acontecem na presença da pessoa de quem se fala. Quase sempre as observações feitas nesta conversa acontecem em tom de maldade e exageros, sobre uma verdade distorcida, a qual, as pessoas se julgam capazes de dar soluções para a vida de outros.

Seja por conta de um problema que alguém está vivendo momentaneamente ou até mesmo pelo sucesso em seus empreendimentos, sempre haverá alguém desejoso (a) em fazer suas especulações.

Assim, no propósito de "fazer apenas um comentário", a conversa termina estabelecendo conceitos nada edificadores a respeito de quem não pode se defender.

A fofoca age como uma praga e se espalha rapidamente entre as pessoas dentro de nossos relacionamentos. Da mesma maneira que a lenha é combustível para o fogo, aquele que dá ouvidos aos mexericos alimenta uma tendência que pode provocar as discórdias entre aqueles com quem até pouco tempo conviviam.

Quem se presta a esse tipo de serviço, certamente conta com a sua credibilidade para reforçar aquilo que se tem interesse em divulgar. E um fator que torna este tipo de conversa ainda mais prejudicial é a maneira como o fato é transmitido, pois cada pessoa ao fazer seu comentário a um terceiro, agrega elementos que ofuscam ou desvirtuam a verdade.

As reuniões familiares, que têm como proposta a confraternização e a aproximação entre os parentes, podem da mesma maneira ser palco para situações nada agradáveis.

Dessa forma, a fim de evitar maiores constrangimentos, precisamos estar atentos sobre aquilo que queremos partilhar, pois, quando nos envolvemos em determinados assuntos, tornamo-nos também responsáveis por aquilo que falamos.

Algumas pessoas, não contentes em falar da vida de outrem, ainda se comprometem em divulgar a notícia, segundo as suas próprias deduções. Em uma atmosfera onde a ponderação nas palavras corre, muitas vezes, às margens da maledicência, não será difícil de acontecer os cismas e as indiferenças entre parentes. Entretanto, quando as consequências de um comentário infeliz ganham grandes proporções, raramente, essas pessoas que promoveram as injúrias serão capazes de assumir a responsabilidade sobre aquilo que foi falado, esquivando-se sorrateiramente ou em outros casos, simplesmente, procuram se afastar de quem ela própria ajudou caluniar.

O restabelecimento da amizade provocado pelos abalos de uma fofoca em nossas relações, poderá ser possível após a pessoa reconhecer os males provocados na vida do outro. Por meio da reconciliação, a reaproximação poderá acontecer a partir das atividades que eram vividas em comum. Todavia, há situações que a prudência nos ensina a manter somente a cordialidade da boa educação, sem grandes intimidades; especialmente, se percebemos que os vícios acima citados ainda existem como sinal da personalidade de pessoas, as quais, ainda não aprenderam a dominar a própria língua.

Podemos conversar sobre tudo e sobre todos, apenas tomando o cuidado de identificar se a pauta da nossa conversa tem a intenção de erguer, denegrir ou apenas de expor a intimidade da vida de alguém que se encontra sufocado por uma situação delicada.

Se há verdadeiramente uma intenção de ajudar o nosso próximo que está com problemas, a pessoa mais indicada para você apresentar sua opinião ou conselho – e de maneira reservada – é aquela cujo o (a) fofoqueiro (a) faz como temas de suas conversas.

Dado Moura
Realize seus projetos

 
A maioria das pessoas sempre se prepara para a realização de um projeto.

Na busca de seu objetivo, elas se dedicam totalmente até alcançá-lo.

Com a força e a justiça provenientes de Deus, os projetos e sonhos são executados plenamente.
Não tenha pressa de vencer

 
Não tenha pressa de vencer.

Escale degrau por degrau, até chegar ao topo.

Tenha pensamentos positivos, confie em si mesmo, em seus empreendimentos e, principalmente, em Deus!

No tempo certo, tudo dará certo.
Missionários – Rosas que exalam o perfume de Deus.
Jerônimo Lauricio - Bacharel em Filosofia.
A Fé Missionária é uma das belas coisas que floresce com beleza e propriedade no cultivo do Cristianismo, sobretudo no mês primaveril de outubro, mês das missões. E interessante é percebermos que neste cultivo o canteiro da Igreja só se torna mais encantador porque nele desponta todos os que são marcados por especial vocação quando se dispõem a caminhar ao encontro daqueles que ainda estão longe de Cristo.

Realmente se pauta neste sentido um caminho pavimentado pela espiritualidade do envio e do êxodo onde há um deixar, um ‘partir’, uma deslocação para se fazer cumprir o desejo de Cristo: “Ide, fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que eu vos mandei” (Mt  28. 19-20). E o bonito de todo este movimento cheio de sabedoria, é que do ponto de vista da etimologia da palavra, o termo "missão" que vem do latim missione e mittere, isto é, enviar, mandar; reclama um carisma correspondente. É bem verdade que o carisma missionário é dado a toda a comunidade eclesial, mas condensa-se nesta ou naquela pessoa concreta que se sente chamada à missão e generosamente a acolhe.

Este exercício nos revela que o missionário é aquele que está disposto a sair, abrir veredas novas no deserto dos corações; ou mesmo aquele que se dispõe a ficar, convertendo-se em presença viva e atuante em cada dor humana e em cada porão de sofrimento. É aquele cuja voz e ação entusiasma e congrega ao seu redor multidões; ou mesmo aquele que faz-se o companheiro mudo de cada solidão,o refúgio e bálsamo para o abandono de quem costumeiramente parece estar sempre à margem.  De fato é uma riqueza insondável a alma missionária. Ela nos coloca diante do sonho de Deus para os homens como um acontecimento que merece ser sorvido com toda a intensidade do nosso coração. Nem sempre podemos compreender tudo isso, por mais simples que seja. Essas coisas nos fazem pensar na beleza e na responsabilidade que esse sonho nos traz. E torná-lo real é um desdobramento do nosso agir missionário.

Este agir dentro do clima da primavera recebe uma explosão de beleza, e aqui permitam-me valer de uma simples analogia entre as rosas e o repolho. Parece sem sentido, mas já me explico: penso que a vida do missionário se singulariza com o exercício vital de uma rosa que de um simples botão vai abrindo-se aos poucos para significar ao mundo o perfume que lhe é própria. E à medida que vai se manifestando neste processo de abertura e doação de si mesma, ela vai povoando o ambiente em sua volta com aquele perfume sem igual. E o interessante é que mesmo ao fenecer ela acaba deixando a sombra de sua presença. O repolho parece exercitar contrária experiência. Ao despontar-se já o faz todo aberto realizando o processo inverso e encerrando-se aos poucos em si mesmo, e se não for consumido dentre em pouco tempo, ao contrário das rosas, porque está fechado em si próprio, ele exala um odor pouco agradável.

Minha gente é bem verdade que parece simples, mas o exemplo traduz que o ser da rosa se confunde com o ser do missionário, à medida que este vive o exercício constante de abrir-se, ir ao encontro do outro, anunciando Jesus e exalando o perfume de Deus. O resultado deste processo é que embora os diversos espinhos da rosa que somos, nos queira subtrair a beleza da nossa vocação para a missão, Deus sempre nos surpreende acrescentando-nos o que nos falta. Surge nos detalhes e vai revelando aos poucos o que espera de nós enquanto discípulos missionários. Deixar-se enraizado em teu querer é o suficiente para que toda a realidade humana seja tocada e alcançada por seu perfume. Sejamos rosas missionárias!!!
Sem Deus nada podereis fazer

 
No dia de hoje, você está convidado a refletir sobre esta mensagem de Martin Luther King: "Se eu puder ajudar alguém a seguir adiante, se eu puder animar alguém com uma canção, se eu puder mostrar a alguém o caminho certo, se eu conseguir cumprir meu dever de cristão, se eu puder levar a salvação para alguém, se eu puder divulgar a mensagem que o Senhor deixou, então minha vida não terá sido em vão".

Orar é muito mais do que dizer a Deus nossas necessidades, é abandonar-se completamente a sua amável vontade e designo de sua paternal providencia. Isso é difícil, mas "sem Deus nada podereis fazer".

É muito fácil empurrar as pessoas, mas é muito difícil guia-las. O verdadeiro líder não pode contentar-se em empurrar. Ele deve guiar. Por isso devemos ser autênticos líder, para poder guiar sempre.

Você tem qualidades que nenhuma outra pessoa tem, é um ser único. Agradeça por elas. Alegre-se. Nunca deixe que o pessimismo tome conta de você. Acredite que a sua Força Interior faz com que tudo melhore, infalivelmente.
Confie em Jesus

 
Se hoje se sentir triste, solitário e sem esperança, lembre-se de que amanhã será um novo dia.

Não se esqueça de que tem um amigo no qual pode confiar sem receios: Jesus.

Em todos os momentos, ele segura sua mão e jamais vai abandoná-lo. Por isso, confie!

Igreja celebra o Dia Mundial das Missões


Neste domingo, 21, a Igreja no Brasil e no mundo celebra o Dia Mundial das Missões. Trata-se de um grande acontecimento e uma oportunidade de fazer sentir a vocação missionária da Igreja. O documento Redemptoris Missio, Encíclica do papa João Paulo II sobre a validade permanente do mandato missionário, exorta, “todas as Igrejas e os pastores, os sacerdotes, os religiosos e os fiéis, a se abrirem à universalidade da Igreja, evitando toda a forma de particularismo, exclusivismo, ou qualquer sentimento de autossuficiência (RM 85)”.
 
Em outras palavras, o documento faz um apelo a toda a Igreja: de se abrir para Missão além-fronteiras, conforme o mandato do próprio Jesus Cristo. A Igreja “foi enviada para manifestar e comunicar a caridade de Deus a todos os homens e povos (Jo 10, 10)”, mandato que o Redemptoris Missio também frisa. “Esta Missão é única, sendo a mesma a sua origem e fim; mas, na sua dinâmica de realização, há diversas funções e atividades. Antes de tudo está a ação missionária denominada ‘missão ad gentes’”.
 
O Dia Mundial das Missões tem o objetivo de celebrar a unidade da Igreja através da partilha e da fraternidade. Os filhos de Deus, nesse dia, devem festejar a universalidade da Missão em colaboração intensa e espiritual de generosa ajuda. O ato do papa Pio XI na solenidade de Pentecostes de 1922 sintetiza o que deveria ser o Dia Mundial das Missões dali em diante. O pontífice interrompeu sua homilia e, em meio a impressionante silêncio, tomou seu solidéu, fazendo-o passar entre a multidão de bispos, presbíteros e fiéis na Basílica de São Pedro, no Vaticano, enquanto pedia a toda a Igreja ajuda para as Missões.
 
O primeiro Dia Mundial das Missões foi celebrado em 1927 e, em 19 de outubro de 1985, o papa João Paulo II lembrou a origem do Dia, falando aos fiéis da Igreja de Sassari, durante sua viagem pastoral à Sardenha. “Nunca venha a faltar o espírito missionário que animou as testemunhas de Cristo nesta cidade. Todo mundo sabe que o Dia Mundial das Missões foi sugerido em uma reunião do Círculo Missionário do seminário provincial de Sassari em 1926, então governado pelos padres vicentinos, entre os quais se destacava pelo zelo apostólico o padre Giovanni Battista Manzella”. 
 
No Brasil, o Dia Mundial das Missões foi celebrado pela primeira vez já no começo da década de 1930, pela Pontifícia Obra da Propagação da Fé, implantada por dom Bento Aloisi Masella, então Núncio Apostólico. O próprio dom Bento presidiu a Obra até o dia 10 de Agosto de 1934, data em que passou o cargo de Presidente Nacional da Obra ao padre Dictino de La Parte, da Congregação dos Missionários Filhos do Coração Imaculado de Maria, que vinha desempenhando, com muita proficiência e resultado, o cargo de Diretor Regional da 4ª Região.
 
Já naquele tempo a Direção Nacional da Obra fornecia subsídios (santinhos, folhetos) e sugeria ‘palavras de ordem’ para a animação da Campanha Missionária. Em 1934 a Palavra de ordem foi: “Todos os católicos por todos os infiéis!”.
 
Campanha Missionária 2012
 
Neste ano, a Campanha Missionária aborda o tema “Brasil missionário, partilha a tua fé”, em sintonia com o 3º Congresso Missionário Nacional, que aconteceu em Palmas (TO) de 12 a 15 de julho, e com o 4º Congresso Americano Missionário e 9º Congresso Missionário Latino-Americano (CAM4/Comla9). No Dia Mundial das Missões, acontece a Coleta Nacional feita em todas as comunidades e instituições católicas. Este ano será feita no sábado e domingo, dias 20 e 21 de outubro. O valor arrecadado deve ser integralmente enviado ao Fundo Universal de Solidariedade, através das Pontifícias Obras Missionárias. Essa contribuição econômica é destinada a projetos missionários em todo o mundo, por meio da Pontifícia Obra da Propagação da Fé.
Fonte:www.pom.org.br
 
 
Um novo estilo de vida

 
A partir de hoje, adote um novo estilo de vida.

Muitas vezes, as pessoas preocupam-se em conseguir grandes realizações, mas se esquecem de observar que a vida é feita de pequenas coisas.

Por isso, se houver algo em suas atitudes ou palavras que desagrade os demais, mude!
Deus em primeiro lugar

 
Coloque Deus, conscientemente, em tudo o que faz, em todos os seus problemas.

E verificará que seus sofrimentos se transformarão em experiência e aprendizado.

Coloque Deus em todos os seus pensamentos, e sua vida se transformará num hino de alegria e louvor, porque as dores se esvairão como as trevas, que desaparecem aos primeiros clarões das luzes da aurora...

Mensagem do Papa para o Dia Mundial das Missões 2012

Boletim da Santa Sé
(Tradução de Nicole Melhado - equipe CN Notícias)



Mensagem
Chamados a fazer resplandecer a Palavra de verdade (Lett. ap. Porta fidei, 6)
Mensagem do Papa Bento XVI para o Dia Mundial das Missões
Quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Queridos irmãos e irmãs!

A celebração do Dia Mundial das Missões deste ano está carrega de um significado todo especial. A recordação do 50º aniversário do Decreto conciliar Ad gentes, a abertura do Ano da Fé e o Sínodo dos Bispos sobre o tema da nova evangelização contribuem para reafirmar a vontade da Igreja de empenhar-se com maior coragem e ardor na missio ad gentes para que o Evangelho chegue até os extremos confins da terra.

O Concílio Ecumênico Vaticano II, com a participação dos Bispos católicos provenientes de cada canto da terra, foi um empenho luminoso para a universalidade da Igreja, acolhendo, pela primeira vez, um alto número de Padres Conciliadores provenientes da Ásia, África, América Latina e da Oceania. Bispos missionários e bispos nativos, Pastores de comunidades espalhadas entre as populações não cristãs, que buscavam, no Assizes, conciliar a imagem da Igreja presente em todos os continentes, e que eram os intérpretes das realidades complexas do então chamado “Terceiro Mundo”. Ricos em experiências derivadas por serem Pastores de Igrejas jovens e em caminho de formação, animados pela missão pela difusão do Reino de Deus, esses contribuíram de maneira relevante na reafirmação da necessidade e urgência da evangelização ad gentes, e, assim, levar, ao centro da eclesiologia, a natureza missionária da Igreja.

Eclesiologia missionária
Hoje, essa visão não falhou, de fato, experimentou uma reflexão proveitosa teológica e pastoral e, ao mesmo tempo, retorna com renovada urgência, pois ampliou o número daqueles que ainda não conhecem Cristo: “Os homens que esperam Cristo ainda são numerosos”, afirmava o beato João Paulo II, na Encíclica Redemptoris missio sobre a permanente validade do mandamento missionário, e acrescentava: “Não podemos ficar tranquilos, pensando nos milhões de nossos irmãos e irmãs, também redimidos pelo sangue de Cristo, que vivem sem conhecer o amor de Deus” (n. 86).

Eu também, ao instituir o Ano da Fé, escrivi que “hoje, então, envia-nos nas ruas do mundo para proclamar o Seu Evangelho a todos os povos da terra” (Carta. ap. Porta fidei, 7); proclamação que, como dizia também o Servo de Deus Paulo VI, na Exportação apostólica Evangelii nuntiandi, “não é para a Igreja uma contribuição facultativa: é dever a ela incumbida pelo Senhor Jesus, a fim que os homens possam crer e serem salvos. Sim, esta mensagem é necessária, é única, é insubstituível” (n. 5).

Precisamos, portanto voltar ao mesmo zelo apostólico das primeiras comunidades cristãs, que mesmo pequenas e indefesas, foram capazes, com o anúncio e testemunho, de difundir o Evangelho em todo mundo até então conhecido.
Não é de se maravilhar que o Concílio Vaticano II e o sucessivo Magistério da Igreja insistam, de modo especial, sobre o mandamento missionário que Cristo confiou a seus discípulos e que deve ser empenho de todo Povo de Deus, Bispos, sacerdotes, diáconos, religiosos, religiosas e leigos.
O cuidado de anunciar o Evangelho em cada parte da terra pertence primeiramente aos Bispos, diretamente responsáveis pela evangelização no mundo, seja como membros do colégio episcopal, seja como Pastores das Igrejas particulares. Esses, de fato “foram consagrados não somente para uma diocese, mas para a salvação de todo mundo” (João Paulo II, Carta enc. Redemptoris missio, 63), “mensageiros da fé que levam novos discípulos a Cristo” (Ad gentes, 20) e tornam “visível o espírito e o ardor missionário do povo de Deus, de modo que toda a diocese se torne missionária” (ibid., 38).

A prioridade da evangelização

O mandamento de pregar o Evangelho não se limita, portanto, a um Pastor, em atenção à porção do povo de Deus confiado aos seus cuidados pastorais, ou em enviar um sacerdote, leigo ou leiga Fidei Donum [enviados em missão temporariamente pelas dioceses]. Esse deve envolver toda a atividade da Igreja particular, todos os seus setores, em suma, todo o seu ser e sua obra.
O Concílio Vaticano II indicou com clareza e o Magistério sucessivamente defendeu fortemente. Isso exige adequar constantemente aos estilos de vida, planejamentos pastorais e organizações diocesanas para esta dimensão fundamental do ‘ser Igreja’, especialmente no nosso mundo que passa por mudanças contínuas.
E isso vale também aos Institutos de Vida Consagrada e às Sociedades de Vida Apostólica, bem como aos Movimentos eclesiais: todos os componentes do grande mosaico da Igreja devem sentir-se fortemente questionados pelo mandamento do Senhor de pregar o Evangelho, a fim que Cristo seja anunciado a todos.

Nós Pastores, os religiosos, as religiosas e todos os fiéis em Cristo, devemos nos colocar sobre as pegadas do apóstolo Paulo, “prisioneiro de Cristo pelos pagãos” (Ef 3,1), que trabalhou, sofreu, lutou para disseminar o Evangelho em meio aos pagãos (cfr Ef 1,24-29), sem poupar energia, tempo e meios para fazer ser conhecida a Mensagem de Cristo.
Também hoje a missão ad gentes deve ser horizonte constante e o paradigma de cada atividade eclesial, porque a identidade da Igreja é constituída pela fé no Mistério de Deus, que se revela em Cristo para levar-nos a salvação, e da missão de testemunhá-Lo e anunciá-Lo ao mundo, até a Sua volta.
Como São Paulo, devemos ser atentos aos afastados, aqueles que não conhecem ainda Cristo e não experimentaram a paternidade de Deus, na consciência que “a cooperação missionária se deve estender hoje a formas novas incluindo não somente a ajuda econômica, mas também a participação direta na evangelização” (João Paulo II, Carta. enc. Redemptoris missio, 82). A celebração do Ano da fé e do Sínodo dos Bispos sobre a nova evangelização serão ocasiões propícias para um aumento da cooperação missionária, sobretudo nesta segunda dimensão.
Fé e anúncio
A ânsia de anunciar Cristo nos impulsiona também a ler a história para detectar os problemas, as aspirações e as esperanças da humanidade, que Cristo deve sanar, purificar e preencher com sua presença. A Sua Mensagem, de fato, é sempre atual, está próprio no centro da história e é capaz de dar resposta as inquietações mais profundas de cada homem.

Por isso, a Igreja, em todos seus elementos, deve estar consciente que “os imensos horizontes da missão eclesial, a complexada da situação presente pede hoje modalidade renovadas para poder comunicar eficazmente a Palavra de Deus (Bento XVI, Exort. ap. pós-sinodal Verbum Domini, 97). Isto exige, antes de tudo, uma renovada adesão de fé pessoal e comunitária ao Evangelho de Jesus Cristo, “num momento de profunda mudança como aquele que a humanidade está vivendo” (Carta. ap. Porta fidei, 8).
Um dos obstáculos para o impulso da evangelização, de fato, é a crise da fé, não somente do mundo ocidental, mas de grande parte da humanidade, que simplesmente tem fome e sede de Deus e deve ser convidada e conduzida ao Pão de Vida e Água Viva, como a Samaritana que vai ao poço de Jericó e dialoga com Cristo.

Como conta o Evangelista João, a história dessa mulher é particularmente significativa (cfr Jo 4,1-30): ela encontra Jesus, que lhe pede de beber, mas depois lhe fala de uma água nova, capaz de acabar com a sede para sempre. A mulher, no início, não compreende, permanece no plano material, mas lentamente é conduzida pelo Senhor a cumprir um caminho de fé que a leva a reconhecê-Lo como o Messias.

E sobre este propósito, Santo Agostinho afirma: “depois de ter acolhido no coração Cristo Senhor, que outra coisa poderia fazer [esta mulher] se não abandonar o jarro e correr para anunciar a boa nova?” (Homilia 15, 30).

O encontro com Cristo como Pessoa viva que preenche a sede do coração não pode se não levar ao desejo de compartilhar com os outros a alegria desta presença e fazê-Lo ser conhecido para que todos possam experimentar. Ocorre renovar o entusiasmo de comunicar a fé para promover uma nova evangelização das comunidades e dos países de antiga tradição cristã, que estão perdendo a referência de Deus, de modo a redescobrir a alegria de crer.

A preocupação de evangelizar não deve jamais permanecer às margens da atividade eclesial e da vida pessoal do cristão, mas caracterizá-la fortemente, na consciência de serem destinatários e, ao mesmo tempo, missionários do Evangelho. O ponto central do anúncio permanece sempre o mesmo: o Kerigma do Cristo morto e ressuscitado para a salvação do mundo, o Kerigma do amor de Deus absoluto e total por cada homem e cada mulher, culmina no envio do Filho eterno e unigênito, o Senhor Jesus, que não hesitou em assumir a pobreza de nossa natureza humana, amando-a e resgatando-a, por meio da oferta de si sobre a cruz, do pecado, e da morte.
A fé em Deus, neste plano de amor realizado em Cristo, é, antes de tudo, um dom e um mistério a ser acolhido, no coração e na vida, e que se deve sempre agradecer ao Senhor. Mas a fé é um dom que nos é dado para que seja dividido; é um talento recebido para poder dar frutos; é uma luz que não deve ser escondida, mas deve iluminar toda a casa; é o dom mais importante que nos foi dado para nossa existência e não podemos detê-lo para nós mesmos.

O anúncio se faz caridade

“Ai de mim se não anunciar o Evangelho!”, dizia o apóstolo Paulo (1 Cor 9,16). Estas palavras ressoam com força para cada cristão e para cada comunidade cristã em todos os continentes. Também para as Igrejas nos territórios das missões, Igrejas em sua maioria jovens, normalmente de fundação recente, a missionaridade se torna uma dimensão congênita, também se esses próprios precisam ainda dos missionários.

Tantos sacerdotes, religiosos, religiosas, de cada parte do mundo, muitos leigos e até mesmo famílias inteiras, deixam os próprios países, as próprias comunidades locais e vão para outras igrejas para testemunhar e proclamar o Nome de Cristo, no qual a humanidade encontra a salvação. Trata-se de uma expressão de profunda comunhão, partilha e caridade entre as Igrejas, para que cada homem possa escutar e escutar novamente o anúncio que cura e aproxima-os dos Sacramentos, fonte de verdadeira vida.
Junto a este alto sinal de fé que se transforma em caridade, recordo e agradeço as Pontifícias Obras Missionárias, instrumentos para a cooperação às missões universais da Igreja no mundo. Através da ação delas, o anúncio do Evangelho se faz também intervenção na ajuda ao próximo, justiça aos mais pobres, oportunidade de educação nas aldeias mais remotas, assistência médica nos lugares mais afastados, emancipação da miséria, reabilitação de quem está marginalizado, sustento ao desenvolvimento dos povos, superando das divisões étnicas e respeitando a vida em cada fase.
Queridos irmãos e irmãs, invoco sobre a obra de evangelização ad gentes, e em particular sobre os operadores, a efusão do Espírito Santo, para que a Graça de Deus a faça caminhar mais decisivamente sobre a história do mundo. Com o beato John Henry Newman gostaria de rezar: “Acompanha, oh Senhor, os Teus missionário nas terras da evangelização, coloca as palavras certas em seus lábios, renda frutuosa sua fadiga”. Que a Virgem Maria, Mãe da Igreja e Estrela da evangelização, acompanhe todos os missionários do Evangelho.

Vaticano, 6 de janeiro de 2012, Solenidade da Epifania do Senhor