Despertar a memória do Batismo – o Papa na audiência geral iniciou um ciclo de catequeses sobre os sacramentos



Após a pausa natalícia o Papa Francisco retomou na manhã desta quarta-feira as audiências gerais na Praça de São Pedro. O Santo Padre iniciou hoje um ciclo de catequeses sobre os sacramentos. Hoje falou-nos sobre o Batismo:

O Batismo, juntamente com a Eucaristia e a Confirmação, forma a chamada «iniciação cristã», que nos configura com o Senhor Jesus e faz de nós um sinal vivo da sua presença e do seu amor.


O Batismo é um dom concedido num contexto de solicitude e partilha fraterna – continuou o Santo Padre. Na verdade, não se trata de uma mera formalidade, mas, no Batismo, somos imersos naquela fonte inexaurível de vida que é a morte de Jesus, o maior ato de amor de toda a história; e, em virtude deste amor, podemos viver uma vida nova de comunhão com Deus e com os irmãos – afirmou ainda o Santo Padre. E foi neste momento da audiência que o Papa Francisco lançou um desafio a todos os fiéis presentes:


Quem de vocês sabe o dia do seu Batismo? Levante a mão? São poucos, mas olhai que é importante.”


Permito-me de dar-vos um conselho, quando regressarem a casa procurem e perguntai a data do vosso batismo, para saberdes quando foi esse dia belo do Batismo”

É na força do Batismo, com efeito, que, libertados do pecado original, somos introduzidos na relação de Jesus com Deus Pai; somos portadores de uma esperança nova, que nada nem ninguém pode apagar; somos capazes de perdoar e de amar mesmo quem nos ofende e nos faz mal; conseguimos reconhecer nos últimos e nos pobres o rosto do Senhor que nos visita e faz-se próximo.”


O Santo Padre recordou ainda que ninguém se batiza a si próprio, sendo portanto, necessário pedi-lo e desejá-lo pois é um dom que deve ser celebrado num contexto de solicitude e partilha fraterna.


Peçamos ao Senhor que nos faça experimentar cada vez mais, na vida diária, a graça recebida no Batismo. Quando os outros se cruzarem connosco, possam encontrar verdadeiros filhos de Deus, verdadeiros irmãos e irmãs de Jesus, verdadeiros membros da Igreja.”

No final da audiência o Papa Francisco saudou também os peregrinos de língua portuguesa:

“Dirijo uma cordial saudação aos peregrinos de língua portuguesa, encorajando-vos a todos a viver o vosso Batismo como realidade atual da vossa existência. Não deixeis que vos roubem a vossa identidade cristã! Com estes votos, invoco sobre vós e vossas famílias a abundância das bênçãos do Céu.”

O Papa Francisco a todos deu a sua bênção. (RS)

Site Radio Vaticano
EPIFANIA DO SENHOR

A Festa da manifestação do Senhor, aconteceu no Salão da Capela de Santos Reis, com a missa presidida pelo Padre Marcos, que em sua catequese nos falou sobre a confiança na providencia de Deus e a disponibilidade, a exemplo dos três Reis Magos.


 

 

 
EP
DICAS BÍBLICAS - JANEIRO 2014

Este é o meu Filho amado; nele está o meu agrado.




Texto de Mt 3,13-17
No Batismo de Jesus, Mateus apresenta o diálogo entre João Batista e Jesus. Afirma que Jesus é maior que João Batista e a finalidade é, desde o início do relato evangélico, afirmar a identidade e a missão de Jesus. O batismo é o momento, a ocasião da investidura messiânica de Jesus. No centro estão as palavras de Jesus a João Batista; “Deixa estar por enquanto, pois assim nos convém cumprir toda a justiça”. Trata-se das primeiras palavras de Jesus registradas no Evangelho de Mateus. É a partir dessas palavras que se afirma poder ler todo o Evangelho de Mateus sob este ângulo: o da justiça. Jesus, portanto, é aquele que vem trazer para dentro de nossa sociedade e história a justiça que constrói o Reino.
Mateus é o evangelista que conserva o diálogo entre João Batista e Jesus. Mateus põe na boca de João Batista a expressão: “Sou eu que devo ser batizado, por ti e tu vens a mim”? João Batista não é o Messias, e o batismo por ele pregado é a preparação para receber o verdadeiro batismo no Espírito, trazido por Jesus.
Jesus se submete ao batismo como forma de cumprir a vontade, ”a justiça” do Pai. Submetendo-se ao batismo de João, Jesus assume o projeto do Pai. Que é de solidarizar-se com a humanidade que sofre, com a causa das pessoas. A justiça de Deus chegou à sua realização na pessoa de Jesus.

O céu se abre
“Jesus saiu logo da água: eis que os céus se abriram e viu o Espírito Santo de Deus descer como uma pomba sobre ele”. O céu se abre para que desça o que é celeste. É na oração de Jesus que o céu se abre, isto é, na oração de Jesus é que se dá uma verdadeira comunicação entre o céu e a terra. E o Espírito Santo, do qual Jesus é revestido para a sua missão, faz com que a terra não seja estranha ao céu, e o céu ilumine o que é da terra.
Batizado, Jesus sai imediatamente da água e logo os céus se abriram. A plena revelação de Deus “os céus abertos” se concretiza no ato de Jesus assumir o projeto do Pai. Assim inicia a nova criação. No relato do Batismo, o Espírito de Deus desce e toma posse de Jesus, ungindo-o para a missão que ele, enquanto Messias irá realizar. Ressoa na terra a voz do Pai, vinda do céu: “Este é o meu Filho amado, no qual encontro a minha complacência”. O verdadeiro Batismo de Jesus é quando o Espírito desce sobre ele e permanece.

O despertar da vida
O primeiro movimento de vida na Bíblia, é uma dança do Espírito sobre as águas. É como uma pomba que procura o seu ninho, que desperta a vida que está para nascer. Desde então, o Espírito e a água estão ligados aos despertar da vida. Por isso, estão presentes no Batismo de Jesus e em nosso batismo: como uma nascente. A voz do céu explica, de qual vida! “Este é o meu Filho, o amado: nele coloquei a minha complacência”. 
“Filho”. Cada filho vive a vida do pai, pois não tem em si mesmo a própria nascente, ela vem de outro. Aquela mesma voz desceu também sobre o nosso Batismo e declarou-nos filhos. Com o Batismo fomos imersos na Nascente, para tornar-nos uma coisa única, como a água e a Fonte, como o ramo e a Videira.

Vamos pensar um pouco
1 – Jesus se submete ao batismo como forma de cumprir a vontade do Pai. Em outras palavras, submete-se ao batismo de João, Jesus assume o projeto do Pai. Qual é esse projeto?

2 – Como podemos ser nascentes de vida na nossa vida, na comunidade?

Fonte: 
A Bíblia dia a dia 2014 – Paulinas 
Imagem – Cláudio Pastro
Roteiros homiléticos – José Bortolini
Oração do Angelus: "Construir uma sociedade mais justa e solidária"!


Cidade do Vaticano (RV) – Após a celebração da Eucaristia da Solenidade da Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, na Basílica Vaticana, o Papa Francisco subiu à terceira loggia do Palácio Apostólico para rezar a oração mariana do Angelus com os milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro e adjacências.

Em sua alocução, a primeira de 2014, o Santo Padre dirigiu a todos as suas felicitações mais cordiais de paz e de bem. Os seus augúrios são os da Igreja! São augúrios cristãos para que reine a paz, a justiça, a liberdade e o amor entre os povos. Assim, o Papa recordou o tema do Dia Mundial da Paz: “Fraternidade, fundamento e caminho para a paz”:

Na sua base há a convicção de que nós todos somos filhos do único Pai, fazemos parte da família humana e partilhamos o mesmo destino. Disso deriva a responsabilidade de cada um de atuar, para que o mundo se torne uma verdadeira comunidade de irmãos, que se respeitam e aceitam as diversidades e cuidam uns dos outros. Somos chamados a dar-nos conta das violências e injustiças em muitas partes do mundo, que não nos podem deixar indiferentes e imóveis. Todos nós devemos construir uma sociedade mais justa e solidária”.

A seguir, o Santo Padre disse que, hoje, em todas as partes do mundo, os cristãos elevam suas orações para pedir ao Senhor o dom da paz e a força para levá-la a todos os ambientes. Mas, a paz requer também a força da mansidão, da não-violência, da verdade e do amor. Por fim, o Papa exortou:

Nas mãos de Maria, Mãe do Redentor, coloquemos, com confiança filial, as nossas esperanças. Confiemos a ela o grito de paz das populações oprimidas pelas guerras e as violências, para que a coragem do diálogo e da reconciliação prevaleça sobre as tentações de vingança, de prepotência, de corrupção. Peçamos a Nossa Senhora que o Evangelho da fraternidade, anunciado e testemunhado pela Igreja, possa falar às consciências e abater os muros, que impedem aos inimigos de se reconhecer cristãos”.

Após a oração mariana do Angelus, o Papa Francisco passou a fazer seus agradecimentos, de modo especial ao Presidente da Itália, pelos seus augúrios de fim de ano, e invocar de Deus a bênção para o povo italiano, para que, com a contribuição responsável e solidária de todos, possa olhar o futuro com confiança e esperança.

Depois, o Pontífice expressou sua gratidão também pelas tantas iniciativas de oração e de compromisso pela paz, em todas as partes do mundo, por ocasião do Dia Mundial da Paz. Assim, o Bispo de Roma desejou a todos um “Ano Novo de Paz”, na graça do Senhor e sob a proteção de Nossa Senhora. (MT)

site da Rádio Vaticano 
Papa celebra Missa na Solenidade da Santa Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz



Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco presidiu nesta manhã de 1° de Janeiro, Dia Mundial da Paz, na Basílica Vaticana, a celebração Eucarística da Solenidade da Santa Mãe de Deus.

Participaram da Santa Missa, inúmeros Cardeais, Arcebispos, Bispos, sacerdotes e uma multidão de fiéis, peregrinos, e turistas, provenientes da Itália e de diversos países do mundo, que superlotaram a Basílica Vaticana e a Praça São Pedro, inclusive até a Avenida da Conciliazione.

Em sua homilia, o Santo Padre partiu da Liturgia do dia, citando uma antiga súplica de bênção, que Deus sugeriu a Moisés, para que fosse transmitida e ensinada à sua posteridade: “O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor dirija para ti o seu olhar e te conceda a paz”. E o Papa explicou:

É muito significativo ouvir estas palavras de bênção no início de um novo ano: acompanharão o nosso caminho neste tempo que se abre diante de nós. São palavras que dão força, coragem e esperança; não uma esperança ilusória, assente em frágeis promessas humanas, nem uma esperança ingênua, que imagina melhor o futuro, simplesmente por ser futuro. Esta esperança tem suas raízes precisamente na bênção de Deus; uma bênção que contém os votos maiores, os votos da Igreja para cada um de nós, repletos da proteção amorosa do Senhor e da sua ajuda providencial”.

Os votos contidos nesta bênção, acrescentou o Papa, realizaram-se plenamente numa mulher, Maria, destinada a ser a Mãe de Deus! É este o título principal e essencial de Nossa Senhora: ele tem um significado de qualidade e de função, que a fé do povo cristão, na sua terna e genuína devoção à Mãe celeste, desde sempre reconheceu. Depois, recordou o importante evento, na história da Igreja, o Concílio de Éfeso, que definiu a maternidade divina da Virgem:

Esta verdade da maternidade divina de Maria ecoou em Roma, onde, pouco depois, se construiu a Basílica de Santa Maria Maior, o primeiro santuário mariano de Roma e de todo o Ocidente, onde se venera a imagem da Mãe de Deus, sob o título de “Salus populi romani”.” 

Dizem que os habitantes de Éfeso, durante o Concílio, teriam se reunido diante da basílica, onde estavam os Padres conciliares, e gritavam: “Mãe de Deus!” Desta forma, os fiéis pediam que fosse definido, oficialmente, este título de Nossa Senhora, como reconhecimento da sua maternidade divina. É a atitude sincera dos filhos, que conhecem e amam a sua Mãe. E o Pontífice afirmou:

Desde sempre Maria está presente no coração, na devoção e, sobretudo, no caminho de fé do povo cristão. A Igreja caminha no tempo... Mas, nesta caminhada, a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria, que coincide com o nosso itinerário de fé. Eis porque sentimos Maria uma pessoa bem próxima de nós! A Mãe de Deus partilhou a nossa condição, trilhou os nossos mesmos caminhos, às vezes difíceis e obscuros, sobretudo o caminho da fé”.

O nosso caminho de fé, disse o Papa, está indissoluvelmente ligado a Maria, desde o momento em que Jesus a apresentou a São João como Mãe: “Eis a tua mãe!”. Estas palavras têm o valor de um testamento e dão ao mundo uma Mãe. No Calvário ela mantém acesa a chama da fé na ressurreição do Filho e a comunica aos homens. Desde então, Maria se torna fonte de esperança, de alegria e de salvação; a Mãe de Deus se torna nossa Mãe. E o Santo Padre concluiu:

A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Com o seu exemplo de humildade e de disponibilidade à vontade de Deus, ela nos ajuda a traduzir a nossa fé em anúncio jubiloso e sem fronteiras do Evangelho. Assim, a nossa missão será fecunda por ser forjada pela maternidade de Maria”.

Por fim, o Bispo de Roma recomenda aos fiéis confiarem na Santa Mãe de Deus o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça e de paz.

Após a celebração da Eucaristia da Solenidade da Mãe de Deus e Dia Mundial da Paz, na Basílica Vaticana, o Papa Francisco subiu à terceira loggia do Palácio Apostólico para rezar a oração mariana do Angelus com os milhares de fiéis presentes na Praça São Pedro e adjacências. (MT)


Eis a homilia na íntegra:

Amados Irmãos e Irmãs,

A primeira leitura propôs-nos a antiga súplica de bênção que Deus sugerira a Moisés, para que a ensinasse a Aarão e seus filhos: «O Senhor te abençoe e te proteja. O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face e te seja favorável. O Senhor dirija para ti o seu olhar e te conceda a paz» (Nm 6, 24-26). É muito significativo ouvir estas palavras de bênção no início dum novo ano: acompanharão o nosso caminho neste tempo que se abre diante de nós. São palavras que dão força, coragem e esperança; não uma esperança ilusória, assente em frágeis promessas humanas, nem uma esperança ingénua que imagina melhor o futuro, simplesmente porque é futuro. Esta esperança tem a sua razão de ser precisamente na bênção de Deus; uma bênção que contém os votos maiores, os votos da Igreja para cada um de nós, repletos da protecção amorosa do Senhor, da sua ajuda providente.

Os votos contidos nesta bênção realizaram-se plenamente numa mulher, Maria, enquanto destinada a tornar-Se a Mãe de Deus, e realizaram-se n’Ela antes de qualquer outra criatura.

Mãe de Deus! Este é o título principal e essencial de Nossa Senhora. Trata-se duma qualidade, duma função que a fé do povo cristão, na sua terna e genuína devoção à Mãe celeste, desde sempre Lhe reconheceu.

Lembremos aquele momento importante da história da Igreja Antiga que foi o Concílio de Éfeso, no qual se definiu com autoridade a maternidade divina da Virgem. Esta verdade da maternidade divina de Maria ecoou em Roma, onde, pouco depois, se construiu a Basílica de Santa Maria Maior, o primeiro santuário mariano de Roma e de todo o Ocidente, no qual se venera a imagem da Mãe de Deus – a Theotokos – sob o título de Salus populi romani. Diz-se que os habitantes de Éfeso, durante o Concílio, se teriam congregado aos lados da porta da basílica onde estavam reunidos os Bispos e gritavam: «Mãe de Deus!» Os fiéis, pedindo que se definisse oficialmente este título de Nossa Senhora, demonstravam reconhecer a sua maternidade divina. É a atitude espontânea e sincera dos filhos, que conhecem bem a sua Mãe, porque A amam com imensa ternura. Mais ainda: é o sensus fidei do santo fiel Povo de Deus, que nunca - na sua unidade - nunca se engana.

Desde sempre Maria está presente no coração, na devoção e sobretudo no caminho de fé do povo cristão. «A Igreja caminha no tempo (...). Mas, nesta caminhada, a Igreja procede seguindo as pegadas do itinerário percorrido pela Virgem Maria» (JOÃO PAULO II, Enc. Redemptoris Mater, 2). O nosso itinerário de fé é igual ao de Maria; por isso, A sentimos particularmente próxima de nós! No que diz respeito à fé, que é o fulcro da vida cristã, a Mãe de Deus partilhou a nossa condição, teve de caminhar pelas mesmas estradas, às vezes difíceis e obscuras, trilhadas por nós, teve de avançar pelo «caminho da fé» (CONC. ECUM. VAT. II, Const. Lumen gentium, 58).

O nosso caminho de fé está indissoluvelmente ligado a Maria, desde o momento em que Jesus, quando estava para morrer na cruz, no-La deu como Mãe, dizendo: «Eis a tua mãe!» (Jo 19, 27). Estas palavras têm o valor dum testamento, e dão ao mundo uma Mãe. Desde então, a Mãe de Deus tornou-Se também nossa Mãe! Na hora em que a fé dos discípulos se ia quebrantando com tantas dificuldades e incertezas, Jesus confiava-lhes Aquela que fora a primeira a acreditar e cuja fé não desfaleceria jamais. E a «mulher» torna-Se nossa Mãe, no momento em que perde o Filho divino. O seu coração ferido dilata-se para dar espaço a todos os homens, bons e maus; e ama-os como os amava Jesus. A mulher que, nas bodas de Caná da Galileia, dera a sua colaboração de fé para a manifestação das maravilhas de Deus na mundo, no Calvário mantém acesa a chama da fé na ressurreição do Filho, e comunica-a aos outros com carinho maternal. Assim Maria torna-Se fonte de esperança e de alegria verdadeira.

A Mãe do Redentor caminha diante de nós e sempre nos confirma na fé, na vocação e na missão. Com o seu exemplo de humildade e disponibilidade à vontade de Deus, ajuda-nos a traduzir a nossa fé num anúncio, jubiloso e sem fronteiras, do Evangelho. Deste modo, a nossa missão será fecunda, porque está modelada pela maternidade de Maria. A Ela confiamos o nosso itinerário de fé, os desejos do nosso coração, as nossas necessidades, as carências do mundo inteiro, especialmente a sua fome e sede de justiça e de paz; e invocamo-La todos juntos: Santa Mãe de Deus! (Sedoc)


site da Rádio Vaticano 
1° de janeiro, Dia Mundial da Paz 2014: "Fraternidade, fundamento e caminho para a paz"




Cidade do Vaticano (RV) - FRATERNIDADE, FUNDAMENTO E CAMINHO PARA A PAZ – é o tema do Dia Mundial da Paz 2014, que a Igreja promove e celebra no dia 1º de Janeiro. Na sua primeira Mensagem para esta ocasião, o Papa Francisco começa por recordar que “no coração de cada homem e mulher habita o anseio de uma vida plena que contém uma aspiração irreprimível de fraternidade, impelindo à comunhão com os outros, em quem não encontramos inimigos ou concorrentes, mas irmãos que devemos acolher e abraçar.”

“Na realidade - logo observa o Papa, alargando o horizonte, de modo inclusivo -, a fraternidade é uma dimensão essencial do homem… A consciência viva desta dimensão relacional leva-nos a ver e tratar cada pessoa como uma verdadeira irmã e um verdadeiro irmão; sem tal consciência, torna-se impossível a construção duma sociedade justa, duma paz firme e duradoura. ”Sublinhando que “a família é a fonte de toda a fraternidade… o fundamento e o caminho primário para a paz”, a Mensagem papal chama a atenção para o fato de o número sempre crescente de ligações e comunicações tornar hoje em dia mais palpável a consciência da unidade e partilha dum destino comum. “Nos dinamismos da história – independentemente da diversidade das etnias, das sociedades e das culturas –, vemos semeada a vocação a formar uma comunidade feita de irmãos que se acolhem mutuamente e cuidam uns dos outros”. Vocação esta, infelizmente, “muitas vezes contrastada e negada nos fatos, num mundo caracterizado pela «globalização da indiferença» que lentamente nos faz «habituar» ao sofrimento alheio, fechando-nos em nós mesmos”.

“Em muitas partes do mundo, parece não conhecer tréguas a grave lesão dos direitos humanos fundamentais, sobretudo dos direitos à vida e à liberdade de religião… Às guerras feitas de confrontos armados juntam-se guerras menos visíveis, mas não menos cruéis, que se combatem nos campos econômico e financeiro com meios igualmente demolidores de vidas, de famílias, de empresas. ”Como justamente lembrou Bento XVI, “a globalização torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos.” As inúmeras situações de desigualdade, pobreza e injustiça indicam não só uma profunda carência de fraternidade, mas também a ausência duma cultura de solidariedade. As novas ideologias, caracterizadas por generalizado individualismo, egocentrismo e consumismo materialista, debilitam os laços sociais, alimentando aquela mentalidade do «descartável» que induz ao desprezo e abandono dos mais fracos, daqueles que são considerados «inúteis».

Aliás – observa ainda a Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz - as éticas contemporâneas mostram-se incapazes de produzir autênticos vínculos de fraternidade, por falta de referência a um Pai comum como seu fundamento último: uma verdadeira fraternidade entre os homens supõe e exige uma paternidade transcendente. É a partir do reconhecimento desta paternidade que se consolida a fraternidade entre os homens - aquele fazer-se «próximo» para cuidar do outro.

Para compreender melhor a vocação do homem à fraternidade, reconhecer os obstáculos que se interpõem à sua realização e identificar as vias para a superação dos mesmos, Papa Francisco convida a deixar-se guiar pelo conhecimento do desígnio de Deus, tal como se apresenta na Sagrada Escritura. E comenta o episódio de Abel e Caim, no Livro do Gênesis (cap. 4), na certeza que “na história desta família primogênita, lemos a origem da sociedade, a evolução das relações entre as pessoas e os povos”.

“Abel é pastor, Caim agricultor. A sua identidade profunda e, conjuntamente, a sua vocação é ser irmãos, embora na diversidade da sua atividade e cultura, da sua maneira de se relacionarem com Deus e com a criação. Mas o assassinato de Abel por Caim atesta, tragicamente, a rejeição radical da vocação a ser irmãos. A sua história põe em evidência o difícil dever, a que todos os homens são chamados, de viver juntos, cuidando uns dos outros.”“À pergunta com que Deus interpela Caim – «onde está o teu irmão?» –, pedindo-lhe contas da sua ação, responde: «Não sei dele. Sou, porventura, guarda do meu irmão?» Depois – diz-nos o livro do Gênesis –, «Caim afastou-se da presença do Senhor». É preciso interrogar-se sobre os motivos profundos que induziram Caim a ignorar o vínculo de fraternidade e, simultaneamente, o vínculo de reciprocidade e comunhão que o ligavam ao seu irmão Abel – sugere o Papa.

A narração de Caim e Abel ensina que a humanidade traz inscrita em si mesma uma vocação à fraternidade, mas também a possibilidade dramática da sua traição. Disso mesmo dá testemunho o egoísmo diário, que está na base de muitas guerras e injustiças: na realidade, muitos homens e mulheres morrem pela mão de irmãos e irmãs que não sabem reconhecerem-se como tais, isto é, como seres feitos para a reciprocidade, a comunhão e a doação.

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“Surge espontaneamente a pergunta: poderão um dia os homens e as mulheres deste mundo corresponder plenamente ao anseio de fraternidade, gravado neles por Deus Pai? Conseguirão, meramente com as suas forças, vencer a indiferença, o egoísmo e o ódio, aceitar as legítimas diferenças que caracterizam os irmãos e as irmãs?Parafraseando as palavras do Senhor Jesus, poderemos sintetizar assim a resposta que Ele nos dá: dado que há um só Pai, que é Deus, vós sois todos irmãos (cf. Mt 23, 8-9). A raiz da fraternidade está contida na paternidade de Deus. Não se trata de uma paternidade genérica, indistinta e historicamente ineficaz, mas do amor pessoal, solícito e extraordinariamente concreto de Deus por cada um dos homens (cf. Mt 6, 25-30)… uma paternidade eficazmente geradora de fraternidade, porque o amor de Deus, quando é acolhido, torna-se no mais admirável agente de transformação da vida e das relações com o outro, abrindo os seres humanos à solidariedade e à partilha ativa.

Em particular, a fraternidade humana foi regenerada em e por Jesus Cristo, com a sua morte e ressurreição. A cruz é o «lugar» definitivo de fundação da fraternidade que os homens, por si sós, não são capazes de gerar …

Jesus retoma o projeto inicial do Pai, reconhecendo-Lhe a primazia sobre todas as coisas. Mas Cristo, com o seu abandono até à morte por amor do Pai, torna-Se princípio novo e definitivo de todos nós, chamados a reconhecer-nos n’Ele como irmãos, porque filhos do mesmo Pai… Na morte de Jesus na cruz, ficou superada também a separação entre os povos, entre o povo da Aliança e o povo dos Gentios… Jesus Cristo é Aquele que reconcilia em Si todos os homens. Ele é a paz… Criou em Si mesmo um só povo, um só homem novo, uma só humanidade nova. O homem reconciliado vê, em Deus, o Pai de todos e, consequentemente, é solicitado a viver uma fraternidade aberta a todos. Em Cristo, o outro é acolhido e amado como filho ou filha de Deus, como irmão ou irmã, e não como um estranho, menos ainda como um antagonista ou até um inimigo. Na família de Deus, onde todos são filhos dum mesmo Pai e, porque enxertados em Cristo, filhos no Filho, não há «vidas descartáveis». Todos gozam de igual e inviolável dignidade; todos são amados por Deus, todos foram resgatados pelo sangue de Cristo… Esta é a razão pela qual não se pode ficar indiferente perante a sorte dos irmãos.

Posto isto, é fácil compreender que a fraternidade é fundamento e caminho para a paz… Basta ver as definições de paz da “Populorum progressio”, de Paulo VI, ou da “Sollicitudo rei socialis”, de João Paulo II: “o desenvolvimento integral dos povos é o novo nome da paz” [Paulo VI]; “a paz é fruto da solidariedade”[João Paulo II].

Paulo VI afirma que tanto as pessoas como as nações se devem encontrar num espírito de fraternidade. E explica: «Nesta compreensão e amizade mútuas, nesta comunhão sagrada, devemos... trabalhar juntos para construir o futuro comum da humanidade. Este dever recai primariamente sobre os mais favorecidos. As suas obrigações radicam-se na fraternidade humana e sobrenatural, apresentando-se sob um tríplice aspecto: o dever de solidariedade, que exige que as nações ricas ajudem as menos avançadas; o dever de justiça social, que requer a reformulação em termos mais corretos das relações defeituosas entre povos fortes e povos fracos; o dever de caridade universal, que implica a promoção de um mundo mais humano para todos, um mundo onde todos tenham qualquer coisa a dar e a receber, sem que o progresso de uns seja obstáculo ao desenvolvimento dos outros.A paz, afirma João Paulo II, é um bem indivisível: ou é bem de todos, ou não o é de ninguém. Na realidade, a paz só pode ser conquistada e usufruída como melhor qualidade de vida e como desenvolvimento mais humano e sustentável, se estiver viva, em todos, «a determinação firme e perseverante de se empenhar pelo bem comum». Isto implica não deixar-se guiar pela «avidez do lucro» e pela «sede do poder». É preciso estar pronto a «“perder-se” em benefício do próximo em vez de o explorar, e a “servi-lo” em vez de o oprimir para proveito próprio (...). O “outro” – pessoa, povo ou nação – [não deve ser visto] como um instrumento qualquer, de que se explora, a baixo preço, a capacidade de trabalhar e a resistência física, para o abandonar quando já não serve; mas sim como um nosso “semelhante”, um “auxílio”».

A solidariedade cristã pressupõe que o próximo seja amado não só como «um ser humano com os seus direitos e a sua igualdade fundamental em relação a todos os demais, mas [como] a imagem viva de Deus Pai, resgatada pelo sangue de Jesus Cristo e tornada objeto da ação permanente do Espírito Santo», como um irmão.

Falando depois da fraternidade como premissa para vencer a pobreza, escreve o Papa Francisco: “assistimos, preocupados, ao crescimento de diferentes tipos de carências, marginalização, solidão e de várias formas de dependência patológica. Uma tal pobreza só pode ser superada através da redescoberta e valorização de relações fraternas no seio das famílias e das comunidades, através da partilha das alegrias e tristezas, das dificuldades e sucessos presentes na vida das pessoas.”Perante “um grave aumento da pobreza relativa, isto é, de desigualdades entre pessoas e grupos que convivem numa região específica ou num determinado contexto histórico-cultural”, a Mensagem solicita “políticas eficazes que promovam o princípio da fraternidade, garantindo às pessoas – iguais em dignidade e nos direitos fundamentais – acesso aos «capitais», aos serviços, aos recursos educativos, sanitários e tecnológicos.

Sente-se também a necessidade “políticas que sirvam para atenuar a excessiva desigualdade de rendimento”. Não se esqueça o ensinamento da Igreja sobre a chamada hipoteca social: se é lícito – como diz São Tomás de Aquino – e mesmo necessário que «o homem tenha a propriedade dos bens», quanto ao uso, porém, «não deve considerar as coisas exteriores que legitimamente possui só como próprias, mas também como comuns, no sentido de que possam beneficiar não só a si mas também aos outros».Para promover a fraternidade e vencer a pobreza, o Papa refere “o desapego vivido por quem escolhe estilos de vida sóbrios e essenciais, por quem, partilhando as suas riquezas, consegue assim experimentar a comunhão fraterna com os outros. Isto é fundamental para seguir Jesus Cristo e ser verdadeiramente cristão. É o caso não só das pessoas consagradas que professam voto de pobreza, mas também de muitas famílias e tantos cidadãos responsáveis que acreditam firmemente que a relação fraterna com o próximo constitua o bem mais precioso.

Nesta mesma ordem de ideias, a Mensagem para o Dia Mundial da Paz sugere… que se redescubra a fraternidade na vida econômica e financeira. Escreve o Papa:

“As graves crises financeiras e econômicas dos nossos dias – que têm a sua origem no progressivo afastamento do homem de Deus e do próximo, com a ambição desmedida de bens materiais, por um lado, e o empobrecimento das relações interpessoais e comunitárias, por outro – impeliram muitas pessoas a buscar o bem-estar, a felicidade e a segurança no consumo e no lucro fora de toda a lógica duma economia saudável. Já em 1979 o Papa João Paulo II alertava para a existência de «um real e perceptível perigo de que, enquanto progride enormemente o domínio do homem sobre o mundo das coisas, ele perca os fios essenciais deste seu domínio e, de diversas maneiras, submeta a elas a sua humanidade, e ele próprio se torne objeto de multiforme manipulação, se bem que muitas vezes não diretamente perceptível; manipulação através de toda a organização da vida comunitária, mediante o sistema de produção e por meio de pressões dos meios de comunicação social».As sucessivas crises econômicas devem levar a repensar adequadamente os modelos de desenvolvimento econômico e a mudar os estilos de vida. A crise atual, com pesadas consequências na vida das pessoas, pode ser também uma ocasião propícia para recuperar as virtudes da prudência, temperança, justiça e fortaleza. Elas podem ajudar-nos a superar os momentos difíceis e a redescobrir os laços fraternos que nos unem uns aos outros, com a confiança profunda de que o homem tem necessidade e é capaz de algo mais do que a maximização do próprio lucro individual.

Na sua última parte, a Mensagem recorda as guerras em curso, que são sempre – recorda o Papa - “uma grave e profunda ferida infligida à fraternidade”. Escreve Francisco:

“Há muitos conflitos que se consumam na indiferença geral. A todos aqueles que vivem em terras onde as armas impõem terror e destruição, asseguro a minha solidariedade pessoal e a de toda a Igreja. Esta tem por missão levar o amor de Cristo também às vítimas indefesas das guerras esquecidas, através da oração pela paz, do serviço aos feridos, aos famintos, aos refugiados, aos deslocados e a quantos vivem no terror. De igual modo a Igreja levanta a sua voz para fazer chegar aos responsáveis o grito de dor desta humanidade atribulada e fazer cessar, juntamente com as hostilidades, todo o abuso e violação dos direitos fundamentais do homem.“Por este motivo, desejo dirigir um forte apelo a quantos semeiam violência e morte, com as armas: naquele que hoje considerais apenas um inimigo a abater, redescobri o vosso irmão e detende a vossa mão! Renunciai à via das armas e ide ao encontro do outro com o diálogo, o perdão e a reconciliação para reconstruir a justiça, a confiança e esperança ao vosso redor!

“Enquanto houver em circulação uma quantidade tão grande como a actual de armamentos, poder-se-á sempre encontrar novos pretextos para iniciar as hostilidades. Por isso, faço meu o apelo lançado pelos meus Predecessores a favor da não-proliferação das armas e do desarmamento por parte de todos, a começar pelo desarmamento nuclear e químico.“Em todo o caso (acrescenta ainda o Papa), não podemos deixar de constatar que os acordos internacionais e as leis nacionais, embora sendo necessários e altamente desejáveis, por si sós não bastam para preservar a humanidade do risco de conflitos armados. É precisa uma conversão do coração que permita a cada um reconhecer no outro um irmão do qual cuidar e com o qual trabalhar para, juntos, construírem uma vida em plenitude para todos.

A Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz 2014 conclui recordando que, se é preciso descobrir, amar, experimentar, anunciar e testemunhar a fraternidade, contudo “só o amor dado por Deus nos permite acolher e viver plenamente a fraternidade”.

“O necessário realismo da política e da economia não pode reduzir-se a um tecnicismo sem ideal, que ignora a dimensão transcendente do homem. Quando falta esta abertura a Deus, toda a atividade humana se torna mais pobre, e as pessoas são reduzidas a objeto passível de exploração. Somente se a política e a economia aceitarem mover-se no amplo espaço assegurado por esta abertura Àquele que ama todo o homem e mulher, é que conseguirão estruturar-se com base num verdadeiro espírito de caridade fraterna e poderão ser instrumento eficaz de desenvolvimento humano integral e de paz. “Nós, cristãos, acreditamos que, na Igreja, somos membros uns dos outros e todos mutuamente necessários… Isto implica tecer um relacionamento fraterno, caracterizado pela reciprocidade, pelo perdão, pelo dom total de si mesmo, segundo a grandeza e a profundidade do amor de Deus, oferecido à humanidade por Aquele que, crucificado e ressuscitado, atrai todos a Si: «Dou-vos um novo mandamento: que vos ameis uns aos outros; que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei. Por isto é que todos conhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros».

Cristo abraça todo o ser humano e deseja que ninguém se perca. «Deus não enviou o seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo seja salvo por Ele». «O que for maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve – diz Jesus Cristo –. Eu estou no meio de vós como aquele que serve». Deste modo, cada atividade deve ser caracterizada por uma atitude de serviço às pessoas, incluindo as mais distantes e desconhecidas. O serviço é a alma da fraternidade que edifica a paz.


site da Rádio Vaticano 
SOLENIDADE DA SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS - MARIA

Santa Missa encerrando o ano de 2013 e iniciando o ano de 2014, comemorando o dia mundial da Paz e solenemente a rainha da Paz.



 

 

 

 


MISSA DE NATAL

Celebração de Natal realizada na noite do dia 24 de dezembro, com a montagem do presépio, presidida pelo Padre Marcos.


 

 

 

 

MISSA DE ANIVERSÁRIO DE ORDENAÇÃO PRESBITERAL

A comemoração dos 15 anos de ordenação presbiteral do Padre Marcos, foi comemorada com uma grande Celebração Eucarística, em agradecimento pelos anos dedicado a sua vocação sacerdotal.


 

 

 

MISSA DE SANTA LUZIA

A festa de Santa Luzia aconteceu com a celebração da Santa Missa Presidida pelo Padre Juliano, a Procissão foi realizada antes da benção final pelas ruas da comunidade de Santa Luzia no Setor V.