ENCERRAMENTO DO MÊS VOCACIONAL


Chegamos ao final do mês de Agosto. O mês dedicado a celebrar as vocações. Nossa paróquia apresentou uma dinâmica diferente para cada semana. As Pastorais (litúrgica, vocacional e familiar) envolveram a comunidade de forma prática e acolhedora refletindo sempre o papel de cada cristão dentro da comunidade católica. Dessa forma, possibilitando o repensar e o reescrever a história vocacional de cada um.
Para encerrar esse mês, apresentamos um resumo no “olhar” de nosso pároco, Pe. Marcos, a respeito desse mês e de sua vocação.

Pascom: Padre Marcos, podemos dizer que o mês vocacional é o mês em que comemoramos o ALICERCE da Igreja?
Pe. Marcos: O mês de Agosto é o mês dedicado a oração e reflexão sobre as vocações.  É o mês que a Igreja, no Brasil,  nos chama a votarmos nossos olhares para a reflexão e oração sobre as vocações. Lembrando que vocação é um chamado de Deus e uma resposta do homem.  Deus chama para uma missão, para uma tarefa e o homem na sua liberdade responde com a sua vida com atos e atitudes. Portanto, todos nos temos vocações, todo ser humano tem a vocação, o que acontece é que no mundo em que nós estamos hoje, as pessoas não sabem que são vocacionados.  Então, celebramos esse mês de agosto o chamado que Deus faz a cada ser humano, a cada homem e cada mulher para o exercício da vida, fazendo a vontade que está no coração de Deus.

Pascom: Quando falamos em vocação sacerdotal e religiosa, qual a importância da família do vocacionado para que ele se solidifique diante do seu chamado?
Pe. Marcos: Bem, para o vocacionado é muito importante a vida familiar, o apoio, a presença da família na formação do vocacionado, seja qual for a vocação. Se falarmos na vocação presbiteral é necessário lembrar que o vocacionado nasce dentro de uma família. Hoje temos tantas formas e maneiras de famílias, porém na maior parte da nossa formação, nós recebemos dentro da família. Portanto, a importância da família é manter a origem sabendo que Deus chama alguém pelo nome, com endereço, RG, e portanto a família é o Berço Vocacional, a importância é total, o primeiro chamado nasce dentro de casa, dentro da família.

Pascom: Nesse mês, passamos também, pela vocação matrimonial. Como o Senhor vê o caminho para que os casais perseverem diante desse ataque de modernidade e “esvaziamento” das relações.
Pe. Marcos: Sim nós iniciamos o mês vocacional rezando pela vocação Presbiteral. No segundo final de semana, pela celebração dos pais, nós celebramos a Semana Nacional da Família. Rezamos pelas vocações familiares,  veja o esvaziamento das relações  entre o casal é quando se deixa de experimentar o amor na totalidade como Vocação. Onde existe amor, existe misericórdia, existe perdão, existe fraternidade. Quem ama cuida, quem ama zela, quem ama protege. Portanto, o esvaziamento das relações não se dá apenas na convivência, mas fim, pela falta de capacidade de rever os conceitos e a própria vocação, a vocação da vida matrimonial, paterna e a vocação materna. Então veja, quando o homem e a mulher conseguem compreender que o que Deus chama para  realização pessoal  se faz pelo sacramento do matrimônio, então   a esposa e o esposa tornam –se presente de Deus para que completem sua vida. Deixam de ser home e mulher, e tornam assim parte integrante do ser para responder a vocação. Portanto, a vocação matrimonial só é vivida quando se vive a experiência do amor, quando existe o amor, existe o respeito, o carinho e a confiança total.  Portanto, o esvaziamento se faz quando deixa-se de vivenciar com intensidade que o outro é presente de Deus  para a vida na realização pessoal, diante do sacramento deixa de ser um Homem e uma mulher  e tornam-se um só corpo, uma são alma e um só espírito.  Os dois juntos com Cristo.

Pascom: O último final de semana  é dedicado aos leigos e aos catequistas. Qual o papel desses vocacionados na função de formadores e evangelizadores na Igreja?
Pe. Marcos:  O último final de semana de Agosto se celebra o dia do Leigo, lembrando que o Leigo não é aquele  que não sabe fazer nada, mas  é a vocação do batizado.  Todo batizado é vocacionado  e se torna discípulo e missionário do Senhor.
 Depois celebramos também, a vocação do Catequista Ministerial, ou seja,  além de viver sua vida cristã, a qual é missão de todo cristão, a missão do Cristo continua através da vivencia  dos cristãos,  por isso os atos dos Cristãos no mundo devem ter atos, por menor que sejam,  de Cristo. Somo todos vocacionados para a missão, homens e mulheres batizados. Todo batizado tem uma missão de evangelizar e depois temos o Catequista Ministerial. Nasceu essa pastoral na igreja porque as nossas famílias foram perdendo os valores cristãos,  antigamente as nossas crianças chegavam na catequese    sabendo rezar,  e com uma  intimidade com Deus, hoje a maior parte das crianças quando chegam na  catequese não sabem nem  da existência de Deus.  E no mundo em que nós estamos  hoje, nos iludimos que a meninada sabe mexer na internet e conhece tudo  do mundo por ela e já  “ conhecem Deus” , então veja, nós esquecemos que não basta conhecer  a história de um  Cristo Nazareno é necessário fazer  uma íntima comunhão  com Jesus. Conhecer não leva a totalidade, é necessário experimentar,  Jesus Cristo é uma pessoa  tem rosto, tem uma identidade  e que nós fazemos a experiência da intimidade. Portanto, todo batizado é catequista, todo leigo e todo batizado tem a missão de evangelizar.  Com a  defasagem  das famílias dos valores cristãos  e familiares, a Igreja  sente a necessidade de ter a pastoral catequética.  Homens e mulheres que fazem a experiência profunda de intimidade com Deus que se dispõem a auxiliar os seus irmãos a vivencia da fé. Portanto, o catequista ministerial é uma vocação extremamente importante para auxiliar os seus irmão no amadurecimento, enriquecimento e vivência da fé.


Pascom: E para encerrarmos, poderia nos contar como foi a sua história de vocação? Quem foram as pessoas que te ajudaram no seu SIM? As suas dificuldades? E como é hoje ser Padre em um mundo tão globalizado?
Pe. Marcos: Bem, quanto a minha vocação eu creio que ela é fruto das orações dos meus avós. Eu venho de uma família descendentes de Italianos aonde sempre se rezou muito pelas vocações. Os meus pais em si, não foram pessoas atuantes na vida da Igreja , mas eu trouxe a herança dos meus avós, dos meus tios e dos mais velhos. E como um adolescente normal eu fiz a experiência da catequese, do crisma, minha comunidade era pequena, hoje uma cidade um pouco maior, toda minha adolescência eu vivei minha experiência de Fé na Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Olímpia. Ali aprendi a ser coroinha, fiz a catequese e o Crisma, ali me tornei acólito, catequista, fiz parte do grupo de Jovens e ali fui vivendo minha experiência de fé.  Fui amadurecendo como todo adolescente e jovem normal. 
Por um certo período, trabalhei na secretaria paroquial onde eu tive um contato maior com os padres da minha paróquia, as irmãs religiosas e ali fui amadurecendo o desejo de ser padre.  Fiz todos os estudos  normais de um adolescente e de um jovem, fiz magistério e no termino do segundo grau, já mais maduro, porque fui para o seminário aos 23 anos eu fui para o Seminário Diocesano fazer uma experiência de missão.
Eu deixei Olímpia do Norte de São Paulo e fui para  o Estado de Roraima, para diocese de Roraima  lá iniciei meus estudos filosóficos. Então uma das dificuldades do inicio da formação foi distância física da minha família.  Eu sou o filho mais velho de uma família de 5 irmãos, quando fui para o seminário  minha mãe já era enferma e meu pai já tinha falecido , eu perdi meu pai quando tinha 14 anos, ele faleceu com 36 anos, muito novo, então  das maiores dificuldades que enfrentei no início da minha formação foi a distância física da minha mãe e dos meus irmãos. Eu pertenci a Diocese de Roraima e morei e fiz o curso de filosofia no CENESC - Centro de Estudos do Comportamento Humano em Manaus. Morei por três anos com os padres jesuítas e depois vim para Teologia em São Jose do Rio Preto. 
As pessoas que meu ajudaram, eu acredito que foram meus avós eu vejo assim  que as orações deles pelas vocações sempre foram muito intensa  e desde que eu era  criança eu sempre ouvia eles rezando pelas vocações.  A reza do terço todos os dias , depois a convivência com os frades e com as irmãs , pequenas missionárias eucarísticas  em Olímpia e com  os franciscanos  da Custodia do Sagrado Coração de Jesus  que são os padres da paróquia até hoje, eu fui me apaixonando pela dinâmica de me consagrar também ao Senhor, gastar minha vida por causa do Cristo.  E foi uma longa história, os primeiros anos em Manaus, o tempo que todo o Seminarista tem as férias no meio e no final do ano, foi um tempo em que eu fiz a opção em fazer as Missões e eu tive o privilégio de trabalhar com os índios Yanomami na selva amazônica, na divisa do Brasil com a Venezuela e Bolívia. Foi uma experiência muito gratificante!
Vindo para Rio Preto terminando o curso de teologia, eu fui padre aos 30 anos,  ficando  como pároco na Paróquia São João Batista de Tanabi por 8 anos  e os dois últimos anos que morei em Tanabi eu também atendi a Paróquia de Santo Antonio de Cosmorama. Chegando em Nhandeara no dia 28 de janeiro de 2007  e até agora estou aqui esperando a vontade de Deus.
Ser Padre no mundo de hoje, veja que os tempos são difíceis  os desafios são enormes, mas vejo também que quando somos  chamados vocacionados Àquele que nos chama nos da condições de resposta. Hoje é muito mais difícil, o mundo e a sociedade perdeu seus valores cristãos e familiares, para muitos o padre é mais um, mas quando nós nos tronamos padres por vocação vamos vivenciar como alegria o “ser vocacionado”. Eu gosto de dizer que eu sou padre primeiro para mim mesmo,  eu sou padre para realizar um chamado pessoal que Deus me fez e por isso responder com alegria com minha vida, em doação ao Cristo a serviço da Igreja.  Eu só consigo ser padre para você, para o outro, se primeiro eu conseguir ser padre para mim mesmo, portanto eu vejo que no mundo de hoje é um grande desafio ser padre, mas também é uma alegria profunda eu vejo que depois do dom da vida  o maior presente que Deus me deu foi me chamar a ser padre. Sei que não consigo responder  na totalidade, eu sei que não vou agradar todo mundo, Cristo também não agradou, mas o importante é ter a certeza que ÀQUELE que me chamou me dá condição de resposta. Queria poder viver 100 anos para ser padre por 100 anos!  E se Deus  me desse o dom de ser padre várias vezes eu gostaria de ser padre várias vezes. Amo a minha vocação sou muito feliz pelo chamado que o Senhor me fez e tenho a certeza que nasci para ser padre.
Gostaria de Ressaltar que uma das alegrias do Padre é olhar para trás e observar que têm jovens que queiram fazer aquilo que estou fazendo. E rezo para nossos jovens de maneira muito carinhosa para nosso Guilherme e nosso Bruno que consigam  responder o chamado de Deus na totalidade e possam ser padres melhores do que eu.  Muito  feliz por ter dois jovens, dois vocacionados , filhos do coração, filhos da nossa paróquia  caminhando  para essa formação  e para consagração total, essa é uma das grandes alegrias  do coração de um sacerdote.  


Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Patricia Camilo


AGOSTO – MÊS VOCACIONAL



4ª SEMANA – CATEQUISTAS E LEIGOS

E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. (Marcos 16:15).
No quarto domingo do mês vocacional, celebramos a semana de orações para a vocação para os ministérios e serviços na comunidade, sendo eles os leigos e os catequistas. Ambos possuem um papel de grande importância dentro da comunidade, pois eles têm a missão de ser o fermento de transformação profunda das realidades temporais, vivendo na comunhão da Igreja.
Em um primeiro momento, é necessário compreender a importância do batismo em nossa vida cristã, pois é através deste sacramento que somos convidados a ser parte viva da Igreja. Após sermos batizados, devemos compreender que o Senhor nos chama para assumir uma missão dentro de nossa comunidade. Deste modo, compreendemos que o Batismo é fonte de todas as vocações.
Os leigos são os cristãos que receberam essa vocação a partir do sacramento do batismo, e possuem um papel de certa relevância da Igreja Católica e em sociedade. Esses vocacionados têm a missão de levar a luz de Cristo aos ambientes de trevas, de pecado, de injustiça, de violência.  Assim, no mundo do trabalho, levando tudo a Deus, o leigo contribui para o louvor do Criador.
Se olharmos um pouco na história do catolicismo, percebemos que os leigos tinham apenas a função de oração dentro da Igreja. Porém, com o Concílio Vaticano II, houve um resgate na missão do leigo dentro da comunidade. Deste modo, hoje o leigo é chamado para colaborar na formação catequética, no ensino nas ciências sagradas e também atuar nos meio de comunicação social, a fim de promover a evangelização na Igreja e em sociedade.
            Já os Catequistas são aqueles que se colocam a serviço da Palavra, que se fazem instrumento para que a Palavra se propague na sociedade. Essa vocação é fundamental no centro da vida paroquial, porque ele transmite a fé. Ser catequista é ter consciência de ser chamado e enviado para educar e formar na fé.
Além disso, ser catequista é uma missão importante, confiada por Cristo. Mas é também um desafio, especialmente neste mundo com tantas convicções e nestes tempos de mudança de época. Ser catequista é fazer a experiência de uma imensa alegria, a vivência de um grande acontecimento e  a fonte de uma renovação e de um amadurecimento pessoal na fé. Para assumir a Catequese, é preciso uma formação permanente para que a vontade inicial não seja abafada pelos desafios e dificuldades do caminho e, principalmente, porque o catequista fala em nome da Igreja, que o envia e que deve dar todo o suporte para que a atividade catequética seja conduzida como trabalho de um bom semeador.


Fontes:

Dom Edney Gouvêa Mattoso. Ser catequista: uma vocação. http://www.cnbb.org.br/ser-catequista-uma-vocacao/.  

Cardeal Orani João Tempesta. Leigos e Catequistas. http://www.cnbb.org.br/leigos-e-catequistas/.


Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Natália Mantelato


Entrevista Irmã Angela

Nome: Angela Frenedo Vilches
Idade: 83 anos, sendo 58 de vida consagrada (me entreguei a Deus e a Igreja em 1961)
Qual ordem é seguida: Desde de 1961 sirvo a Deus e a Igreja através da Congregação das Irmãs da Providencia de GAP.

O que levou a seguir a vida religiosa?
 - Nunca tive a vontade para o matrimonio, mas a vontade de estar a serviço de Deus através de uma vocação era grande, e vendo os trabalhos das irmãs com os doentes interessou muito, despertando admiração e abrindo a minha mente para o trabalho em prol das outras pessoas, levando a me entusiasmar pela vocação religiosa, igualmente as das irmãs que serviam nos hospitais.

O que a motiva a seguir e continuar seguir a vida Consagrada?
 - A motivação e ser perseverante na Vida Consagrada e a vida em Oração, a alegria em pode ajudar o próximo, e esse trabalho seja ele como for sempre em benefício do próximo nas primícias de Deus, e esses trabalhos realizados com as pessoas deixa a irmã muito feliz e se sente realizada, dando o mínimo para poder continuar perseverando na Vida Consagrada. Mas tudo isso não significa que não há dificuldades, mas as dificuldades exigem perseverança na escolha vocacional em que tenho feito na minha vida religiosa, pois minha vida religiosa exige que conviva em comunidade com as outras irmãs e assim relembrando o real objetivo de seguir essa vida, renovando a cada dia minha vontade e amor pela escolha de vida que fiz, ou seja servi a Deus de todo meu coração.

Conte um pouco de sua vida do início até hoje?
 - Como já disse tenho 83 anos, sendo 58 de vida consagrada (me entreguei a Deus e a Igreja em 1961), sirvo a Deus e a Igreja através da Congregação das Irmãs da Providencia de GAP.
No início como era jovem o meu pai não aceitou que eu se torna-se religiosa, pelo fato de ir para longe de casa, sendo eu de uma família de 6 irmãos, a minha família é uma família estruturada na fé da igreja e sempre trabalhando em pró da igreja e assim desenvolveu ainda mais o desejo de dedicar a minha vida a Deus através das irmãs Consagradas que viviam e se dedicavam ao trabalho no hospital de Tanabi – SP, e isso me dava ainda mais vontade e dedicação em seguir a vida Consagrada.
Com 20 anos consegui entrar no convento e lá fiquei por 3 anos, o convento ficava na cidade de Itajubá – MG que fica no Sul de Minas (umas das preocupações de meu pai, por isso relutava em me deixar ir), para ter a formação para ser irmã após os 3 anos foi feita a primeira profissão de servia Deus como Consagrada, e a primeira profissão como Consagrada foi de trabalhar em outras cidades Mineiras em colégios juntos com outras irmãs, e assim seguiu a minha a minha vida até Consagrar como irmã da Congregação das Irmãs da Providencia de GAP, nessa minha caminhada passei por Minas Gerais, Santa Catarina (10 anos), São Paulo, Goiás onde exerci como missionaria por 11 anos, e após retornei para o Estado de São Paulo mais exatamente para São José do Rio Preto, onde estou atualmente. Meus trabalho sempre foi como Consagrada, Professora e Pastoralista, além do magistério foi feita 3 faculdades (Ciências Sociais, Estudos Sociais e Pastoral em Geral).


Uma mensagem que a Senhora deixaria:
 - “Que a juventude sentido o chamado de Deus não tenha medo de dizer sim e com coragem ir em frente realizando a vontade de Deus.”


Mensagem Sobre Vocação

            A vocação é Dom! É expressão de uma predileção pelo amor de Deus: “Não foste vós que me escolhestes, fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes frutos e para que o vosso fruto permaneça.” (JO. 15,16).
            A vocação tem como fundamento o amor gratuito do Senhor. Ele deseja que todos participem de sua vida e produza frutos. O fruto desejado é que se sintam unidos no seu amor.
            Reconhecer a própria vocação e abraçá-la é exigir discernimento e coragem. Para isso é preciso de acompanhamento na Família, na Comunidade de Fé, dos amigos e dos animadores vocacionais. Nessa caminhada é preciso colocar-se diante do Senhor e suplicar: “Mostra-me, Senhor os teus caminhos” (Salmo 24 (25),4).
            A vocação é o chamado de Deus a Vida e que se realiza pelo Batismo.

Autor: Irmã Ângela F. Vilches

Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Robert R. Morales




Mês Vocacional

3ª. semana de Agosto – religioso

Reflexão sobre a Vida Consagrada

O que é vida consagrada?  Vida de uma Freira e um Frei?

A característica da vida consagrada e a reserva, reserva destinada somente para o que é sagrado. Jesus é o reservado para o Pai, de maneira perfeita, pura desde a encarnação.
Jesus reserva-se para o Pai em favor da humanidade, vive reservado pela doação total de si mesmo como sacrifício oferecido a Deus. A existência de quem se reserva torna-se um culto continuo a Deus pela caridade.
A Vida Consagrada é constituída pelo Direito Canônico da Igreja, tendo como elemento fortes a vivencia por votos da pobreza, obediência e castidade, sendo o ápice, o cume o voto a castidade.
        Pobreza: Viver desprendido de tudo assim como Cristo viveu, adotar um estilo de vida simples, partilhando seus bens pessoais, o que somo e temos.
        Obediência: Coloca-se numa total disponibilidade a Deus, assim como Cristo foi obediente ao Pai, procurando fazer sua vontade e também aos seus superiores.
        Castidade: causa agrado, coloca todas as suas energias a serviço de Deus e do povo, para isso renuncia-se ao próprio casamento para ser todo de Deus e ser irmãos de todos os irmãos. Amor exclusivo a Deus, sem reservas.
A vocação a vida consagrada é um dom de Deus a Igreja, à comunidade, ao mundo. Vida essa vivida na oração, vivendo em comunidade fraterna e procurando ser presença e testemunho com seu trabalho apostólico.
O terceiro domingo do mês de agosto, no mês vocacional é dedicado a Vida Consagrada justamente pela solenidade da Assunção de Nossa Senhora. Maria fez de sua vida uma escolha radical a Deus, com isso a Igreja inspirada nesta festa escolheu este dia para celebrar a Vida Consagrada, daquela que se consagram radicalmente, Homens e Mulheres fazem esta escolha exclusiva para Deus.
E assim sintam-se amados, cativados e atraídos pelo Senhor, Consagrando toda a vida a Deus na Igreja e aos irmãos com tempo integral, portanto reservando para o Senhor de modo radical.

A Vida Consagrada é dom do Pai por meio do Espirito Santo a sua Igreja, constituindo elemento decisivo para a missão da Igreja no meio do povo. 


Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Robert R. Morales


Com a palavra
NOME: Eder Jesus de Moraes
IDADE: 46 anos
NUMERO DE FILHOS: 03



   1.      PASCOM: Eder para você que é ser Pai? E o que mudou na sua vida depois que descobriu a paternidade?
EDER: Ser pai é um prazer inexplicável, agradeço a Deus a todo momento por confiar a mim, meus 3 filhos, eu sempre amei crianças, e quando era jovem já muito cedo dizia que gostaria de ter muitos filhos, o instinto protecionista que vem no pacote de Pai, acabou desenvolvendo em mim mudanças que de certa forma chega a ser estranho, depois da paternidade já tive começo de depressão e outras doideiras, acredito ter vencido a mesma através da força que obtemos ao ser Pai, resumindo, quando somos pai, temos que abrir mão de algumas coisas, que nem faz falta, mais é uma mudança radical nos costumes e na forma de ver a vida, ser pai é não se permitir errar, morrer, é proteger, é buscar ser exemplo 24 horas por dia, porém tudo isso é muito compensador.

2.    PASCOM:  Filhos dão trabalho? Qual a importância que você acha da religião em auxílio da Educação da família? 
EDER: O trabalho que um filho possa trazer, acredito que seja por causa da nossa inexperiência desse novo momento que possamos estar vivendo, a ansiedade e o medo nos faz errar, nos deixa cegos e as vezes expressamos reações que deixa transparecer que filho dá trabalho, mas tudo tem solução se soubermos analisar os fatos e aplicar com devido discernimento os ensinamentos que o citado novo momento nos traz, aplicar as correções e cobrar sempre na medida certa.
A Religião? Eu diria a bíblia, este é o manual que devemos entender e analisar para a vida toda e não só na criação dos filhos, as lições que aprendemos no dia a dia de pai, não é nenhuma surpresa quando conhecemos a palavra de Deus, pois lá esta tudo, inclusive como amar (educar) nossos filhos, viver em comunidade, ser pai, mãe, filho etc. (Importância? Toda)

3.    PASCOM:  Você conseguiu ser o pai que sonhou?
EDER: Boa pergunta, me esforço, sonhei ser pai e estou sendo, mais não existia um projeto de como ser pai, sonhava em ter filhos, ser pai vai acontecendo, acredito que na vida é isso, aprendemos com nossos erros e acertos, sofremos menos quando aprendemos com as nossas lições de vida de pai, tirando conclusões de erros e acertos dos nossos atos. Como eu não tinha um projeto de como ser pai, espero que lá no finalzinho da minha missão de pai, meus filhos e netos que por ventura Deus venha me confiar, possam me avaliar e dizer se fui mesmo um bom pai.


4.     PASCOM: Hoje, se você tivesse de escrever uma cartinha/mensagem para seus filhos lerem, daqui há alguns anos, o que você escreveria?
EDER: Muitas, muitas coisas, porém não seria necessário, (entenda) no decorrer do tempo, juntamos aquilo que ouvíamos de nossos pais e avós, anos de experiência de vida, erros e acertos, lapidamos e tentamos aplicar em nossa família, porém, nossos filhos vivem um momento diferente, de ingenuidade, de exposição desse mundo hiper globalizado, de pessoas boas e más. Só muito La na frente, com as experiências que meus filhos viverão, fazendo uma análise da vida que tiveram, com o que o Papai e Mamãe disseram, e um dia lerão na bíblia, poderão entender nossas cobranças, exigências, inconveniências e proteção exagerada, portanto se daqui alguns anos meus filhos lerem o que escrevo agora, acredito que não precisaria muito para entender o meu jeito de criá-los, pois já estarão maduros a ponto de saber com essas meias palavras que tudo foi feito por amor, e provavelmente já estarão vivendo a fase que vivo agora, com seus filhos, e com certeza vão dizer: ``não precisa falar Pai, eu já entendi tudo o que o Sr. Queria nos ensinar.``


Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Patricia Camillo


Com a palavra

NOME: Osvaldo Marques da Silva
IDADE: 73
NUMERO DE FILHOS: 2
NETOS: 2

  
1.      PASCOM: S. Osvaldo para o senhor o que é ser Pai? E o que mudou na sua vida depois que descobriu a paternidade?
OSVALDO: Ser pai é coisa boa, é muito gosto de ser pai. Quando a gente dá certo, combina no casamento é coisa bacana. Eu fico muito feliz de ser pai, eu tenho dois filhos muito queridos e bastante educados então eu adoro e sou sempre feliz em ser pai.

2.    PASCOM: Filhos dão trabalho? Qual a importância que você acha da religião em auxílio da Educação da família?
OSVALDO: Ah pequeno o trabalho que dá a gente procurava agradar pra poder educar igual “a gente” foi criado, e Graças a Deus  os dois são no mesmo ritmo da gente.
EU , graças a Deus a religião que eu adoro e fui nascido e criado e criei os meus filhos é a católica ,  eu fui criado e ensinei eles e acabaram seguindo nosso ritmo. Sempre no caminho de Deus.

3.    PASCOM:  Você conseguiu ser o pai que sonhou?
OSVALDO: Consegui, graças a Deus, o pai de dois filhos que eu queria muito na vida, estou sendo até hoje  e eu tenho eles “bastante” educados.  E depois eu sonhei que com os anos eu iria ter netos também aí veio a primeira netinha  do “fio neh”  depois a “fia casou” e apareceu um molequinho  que fica em casa direto pra minha filha trabalhar , EU SO O GUARDA DELE. Pra onde eu vou ele está junto comigo.

4.     PASCOM: Hoje, se você tivesse de escrever uma cartinha/mensagem para seus filhos lerem, daqui há alguns anos, o que você escreveria?
OSVALDO: Eu escreveria pra eles assim: que  eu fui um pai pra eles bom  e deixei na vida a mesma lembrança que eu tive dos meus. Meu pai foi “muito bão”  e eu o adorava bastante  e agora ele foi embora .  Eu diria pra que eles tivessem a saudade da “gente” e vivam a vida deles. Tudo que eu e a mãe deles tem nos procuramos, mesmo que eles não precisem, mas sempre com “uma sobrinha” ajudar eles.  Que eles tenham na cabeça sempre que “meu pai nuca foi ruim, tudo que eles tinham deixaram pra gente e em vida sempre nos ajudou bastante, tenho certeza que vão pensar muito nisso.  Hoje eles já são agradecidos  e quando  “ eu for embora” eles vão até chorar e lembrar.  Eu sou grato a Deus, tudo na minha vida são meus filhos quando meus pais morreram os o da minha esposa, eu disse a ela: agora você é minha mãe e eu sou seu pai e agora nossa família são os nossos dois filhos, a nora e o genro que também são adorados. Agora eu tenho quatro filhos e dois netos.



A PASCOM agradece sua disponibilidade e deseja um FELIZ DIA DOS PAIS!


Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Patricia Camillo


Com a palavra
NOME: Luiz Roberto da Silva
IDADE: 54 ANOS
NUMERO DE FILHOS: 2 FILHOS


1.     PASCOM: Para o Senhor o que é ser Pai? E o que mudou na sua vida depois que descobriu a paternidade?
LUIZ: Ser pai é a coisa mais maravilhosa do mundo, depois que vêm os filhos tudo que a gente faz é pensando neles, principalmente quando são criancinhas ainda, você quer chegar do serviço mais cedo, brincar com eles. Tudo na correria, mas eu gosto de Ser pai. Depois que eu fui pai, a vida mudou bastante, quando é só você e a esposa é uma coisa, depois que vêm os filhos, até se você vai comer uma coisa diferente já pensa “vou levar pra eles também”. É isso aí!

2.     PASCOM: Filhos dão trabalho? Qual a importância que o senhor acha da religião em auxílio da Educação da família?
LUIZ: Falar que filhos não dão trabalho é mentira, mas você tem que os levar no caminho certo, mostrando o que é certo e o que é errado, tendo uma boa educação em casa, uma religião, e o seguimento principal tem que ser a família. Levando desde o começo pra Igreja, tendo bons amigos, não dão trabalho não, mas o principal é a educação dentro de casa. 
A religião muda tudo, ela é o básico de tudo. Se uma pessoa que não tem religião, for largada e solta no mundo “tudo que é porcaria, vem nele”, mas se desde criança formos levando pra Igreja e ensinando, dá tudo certo.

3.     PASCOM: O Senhor conseguiu ser o pai que sonhou?
LUIZ: Cem por cento não, sempre tem uma coisa que escapa não tem jeito de ser um pai cem por cento. Mas eu fiz o possível pra ser o pai que sonhei. Eu planejei dar uma boa educação, as coisas que eles queriam , o melhor, mas não é fácil, tem que explicar pra eles o que podemos dar, se a gente for dar tudo que eles querem e um dia vier uma dificuldade eles não entendem. Passamos muitas dificuldades financeiras, mas na parte familiar graças a Deus isso eu consegui  eu e a Fátima, sempre fizemos o melhor pra eles.

4.    PASCOM:  Hoje, se você tivesse de escrever uma cartinha/mensagem para seus filhos lerem, daqui há alguns anos, o que você escreveria?
LUIZ: Meus filhos, lembrem sempre da educação que demos a vocês, nunca desviem do caminho do bem, sempre tendo Deus no coração. Não se afastem da Igreja, façam o bem pensando nos outros. Levem uma vida certa sem desviar que vocês terão a vida sempre tranqüila.

5. PASCOM: Estamos em meio ao mês das vocações. Sr. Luiz, como é para você ser pai de um seminarista?
LUIZ: No começo foi meio que uma surpresa. Nós achávamos que o Bruno iria fazer faculdade, tínhamos uns amigos professores que sempre se dispunham ajudá-lo quando fosse a época certa. Mas, desde criança ele vinha nos dando sinais. Adorava ir às missas, ia até sozinho quando não podíamos levar. Quando fez 16 anos, ele chegou e disse que queria ser padre, eu perguntei se era isso que ele “queria mesmo” para sua vida, disse que sim, então, nós o apoiamos, temos que apoiar os filhos.
Levávamos ele, sempre que precisava, nos encontros em Rio Preto, ficávamos esperando no carro. É uma satisfação imensa ter um seminarista na família.  A vida mudou pra melhor depois disso, eu freqüentava só as missas, agora já estamos quase que cem por cento na Igreja, sempre estamos ajudando. Nós achávamos que ser católico era ir a Igreja só de sábado e domingo, mas depois que tivemos um filho seminarista, estamos sempre ajudando, então tudo mudou pra melhor. Eu tenho amigos que vão no meu trabalho e agora perguntam do Bruno, falam que viram ele falando que é bonito, e a gente fica muito feliz.


A PASCOM agradece sua disponibilidade e deseja um FELIZ DIA DOS PAIS!

Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Patricia Camillo 










Com a palavra
NOME: EUGENIO FRANCISCO CAMURI
IDADE: 79 ANOS
NUMERO DE FILHOS: 2 FILHOS E 2 FILHAS
NETOS: 5
BISNETOS: 1




1.     PASCOM: Para o Senhor o que é ser Pai? E o que mudou na sua vida depois que descobriu a paternidade?
EUGENIO: Ser pai é uma coisa que não tem como a gente dizer de tão bom que é. É uma pena que às vezes eu não fui o pai especial que deveria ser mas eu tentei fazer o possível. Quando me descobri pai, mudou muito, a responsabilidade, problemas que foram resolvidos, alegrias, felicidades, e tudo mudou na vida da gente e pra muito melhor.

2.     PASCOM: Filhos dão trabalho? Qual a importância que o senhor acha da religião em auxílio da Educação da família?
EUGENIO: Sim, normal dar trabalho, mas vale a pena. É um trabalho que a gente devolve aquilo que a gente fez para os pais da gente. O trabalho dos filhos é pra isso aí, para lembrarmos que um dia também demos trabalho para nossos pais.  Que também fomos filhos.
A religião é tudo, a família sem religião é uma família sem Deus, onde não há Deus não há nada. A religião não salva, mas ajuda, ensina o caminho da salvação. Religião faz com que a gente aprenda viver melhor, se explique melhor, deposite mais confiança. Quando a gente tem uma religião, nós temos um Deus presente.

3.     PASCOM: O Senhor conseguiu ser o pai que sonhou?
EUGENIO: Não, fiquei muito a desejar. Deixei muitas vezes de fazer a responsabilidade que tive, por exemplo exigindo que os filhos fossem a Igreja. É uma falha que eu tenho, devia ter exigido mais e mais, porque realmente depois de formados e crescidos procuram abandonar, e foi o que aconteceu. Nesse ponto, eu como pai, cristão e católico, falhei.  Eu digo muito aos pais aí que tenham condição de exigir isso de seus filhos, que não deixem  passar a oportunidade. 
Eles me dizem que eu sou um exemplo para eles. Eu tenho esse orgulho de escutar isso ainda, eles dizem “ Pai o Senhor é tudo pra mim na vida” se eu sou tudo, eu sou exemplo de religião também “neh”  e de tantas coisas e testemunhos. Nesse ponto eu consegui ser o pai que sonhei, mas eu poderia ter sido melhor ainda, porque a gente nunca é aquilo que queremos ser, muitas vezes esquecemos de alguma coisa, e passa.

4.    PASCOM: Hoje, se você tivesse de escrever uma cartinha/mensagem para seus filhos lerem, daqui há alguns anos, o que você escreveria?
EUGENIO: Eu diria que valeu a pena ser pai deles, e que eles copiassem um pouquinho da gente, não só o que eu fiz, mas fizessem mais ainda. Porque vale a pena, no final da vida a gente vai ver os pontos positivos e os negativos.
Eu deixaria como lembrança o tempo de vida que tivemos, a felicidade mesmo na pobreza nós fomos felizes. Lembrar os tempos bons de quando a mãe deles era viva...momentos bons que tivemos na vida, hoje ela não se encontra mais, valeu a pena viver!
Eu digo aos filhos que tem filhos, procurem dar exemplo de Igreja, testemunho vivo de que Deus vive na vida da gente, mas ele exige da gente também um esforço maior que é a evangelização da família e a união em primeiro lugar, a união e a tolerância uns para com os outros e que vivam sempre em paz!



A PASCOM agradece sua disponibilidade e deseja um FELIZ DIA DOS PAIS!


Por PASCOM Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Patricia Camillo



Com a palavra
NOME: Paulo Cesar Poloni
IDADE: 55 anos
NUMERO DE FILHOS: 2 meninos



1.    PASCOM: Cesar, para você o que é ser Pai? E o que mudou na sua vida depois que descobriu a paternidade?
CESAR: Ser pai é uma dádiva, bênção de Deus. Ser pai é ter participação na vida dos filhos. É o amor incondicional no coração, no crescimento diário, um eterno aprendizado. Quando me tornei pai tudo mudou, comecei a ver a vida com outros olhos e o coração mais aberto. Sou muito agradecido pelos dois filhos que Deus me confiou.

2.     PASCOM: Filhos dão trabalho? Qual a importância que você acha da religião em auxílio da Educação da família?
CESAR: Sim, filhos dão muito trabalho, mas com nosso jeito, com amor, paciência e ponderância vamos aprendendo a lidar com desafios.
A religião é muito importante. Primeiramente, temos que nos encantar por Jesus Cristo para podermos dar testemunho para que nossos filhos possam ser pessoas do bem e querer bem a todos. Quando a família tem uma caminhada, fica mais fácil os filhos seguirem nossas pegadas. Creio que o despertar da Fé passará por esse encantamento. A família pode e deve colocar Deus em seu centro.

3.    PASCOM:  Você conseguiu ser o pai que sonhou?
CESAR: Espero que sim, tudo que fiz e faço é para o melhor deles.

4.     PASCOM: Hoje, se você tivesse de escrever uma cartinha/mensagem para seus filhos lerem, daqui há alguns anos, o que você escreveria?
CESAR: O que motivou escrever para vocês meus filhos, foi só para dizer que amo muito vocês e cada dia sempre amarei. Espero que quando vocês lerem esta cartinha o AMOR ainda esteja em alta. Amor esse que deixei plantado em vossos corações. Filhos, vocês são a formula mais perfeita da minha criação.

5.    PASCOM:  Estamos em meio ao mês das vocações. Cesar, como é para você ser pai de um seminarista?
CESAR: Ser pai de seminarista, para mim é um aprendizado. Sou muito agradecido a Deus e a Virgem Maria, pelo exemplo da Mãe ele disse SIM a seu chamado.  Cabe a nós pais: “ é necessário orar sempre, sem jamais esmorecer” (Lc 18,1). Sendo pai de seminarista, eu aprendi amar mais a Deus, minha família e ser testemunho de Cristo.

A PASCOM agradece sua disponibilidade e deseja um FELIZ DIA DOS PAIS!


Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Patricia Camillo

Vocação Sacerdotal

“Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedec.” (Sl 109, 4)

Mas quem foi Melquisedec?

Este homem foi rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo. Em Gêneses, capítulo 14, Melquesidec manda trazer pão e vinho, e abençoa Abrão, dizendo:

 “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, que criou o céu e a terra! Bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos em tuas mãos!”. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo.” (Gn 14, 18s)

Então percebemos que Melquisedec, muito antes da vinda de Jesus, já trazia em si a essência de Cristo. Quando ele manda trazer o pão e o vinho e após, abençoa Abrão, mesmo lhe sendo superior, testemunha a superioridade, através da humildade, a todos os sacerdotes. Sendo assim, Abrão dá-lhe o dízimo, mesmo não sendo da mesma linhagem sacerdotal.
Muito citado nas Epístolas dos Hebreus, Melquisedec se mostra uma figura maior que qualquer outro que viveu em sua época, mesmo não trazendo uma genealogia, o que era indispensável naquela época, pois a pessoa era o que sua genealogia representava, como podemos observar no texto a seguir:

“... conforme seu nome indica, primeiramente “rei de justiça” e, depois, rei de Salém, isto é, “rei de paz”. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, a sua vida não tem começo nem fim; comparável sob todos os pontos ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre." (Hebreus, 7, 2s)

Assim como Cristo, Melquisedec traz um sacerdócio que ultrapassa a compreensão humana, sendo maior ainda que todos os sacerdotes conhecidos, pois foi lhe dado por Deus diretamente e ele vive sendo sacerdote e não se tornando sacerdote.
Diz ainda a Sagrada Escritura, que o sacerdócio passado de geração em geração pelo simples fato de passar, não dava o direito de uma simples tribo deter todos os direitos e deveres que Deus deixou e, não restringia apenas a eles a vocação sacerdotal. Mas Deus em sua imensa misericórdia e sabedoria traz um sacerdote ainda maior que todos aqueles que existia.

"Se a perfeição tivesse sido reali­zada pelo sacerdócio levítico (porque é sobre este que se funda a legislação dada ao povo), que ne­cessidade havia ainda de que surgisse outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, e não segundo a ordem de Aarão? Pois, transferido o sacerdócio, forçoso é que se faça também a mudança da Lei. De fato, aquele ao qual se aplicam estas palavras é de outra tribo, da qual ninguém foi encarregado do serviço do altar."(Hebreus, 7 -11 a 13)



Assim, o maior sinal dado por Deus para conosco de que todos têm o direito e o dever de ter sacerdotes foi trazer seu filho Jesus na descendência de uma tribo em que nada foi deixado de encarregar do oficio sacerdotal, que foi a tribo de Judá. E Cristo o maior sacerdote que existiu, aquele que foi fiel e temente aos desígnios de Deus, que fazia a vontade do Senhor Deus sem questionar, apresenta uma semelhança com Melquisedec, para o qual não foi deixado o sacerdócio por mãos humanas mas pela vontade de Deus.

"E é notório que nosso Senhor nasceu da tribo de Judá, tribo a qual Moisés de nada encarregou ao falar do sacerdócio. Isto se torna ainda mais evidente se se tem em conta que este outro sacerdote, que surge à semelhança de Melquisedec, foi constituído não por prescrição de uma Lei humana, mas pela sua imortalidade. Porque está escrito: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec. Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade. Pois a Lei nada levou à perfeição. Apenas foi portadora de uma esperança melhor que nos leva a Deus" (Hebreus, 7 – 14 a 19)

Como podemos observar, Melquisedec torna em seu tempo o maior e único sacerdote, pois foi por Deus instituído e pelo coração aceito e respeitado por Abraão. Isto nos mostra que devemos respeitar os nossos sacerdotes e se formos chamados para servir precisamos atender, assim como Melquisedec e Cristo Senhor. E o que nos chama a atenção é que independentemente de onde vinham ou descendiam, se a vontade de Deus brotava no coração nada poderia ser feito, a não ser seguir e fazer a vontade Dele, pois uma vez jurado a vontade de Deus sacerdote para sempre será: "Jurou o Senhor e não se arrependerá: tu és sacerdote eternamente." (Hebreus, 7 – 21)


Para maior compreensão transcrevo o capítulo 7 da Epistola dos Hebreus, onde esclareceremos ainda mais sobre a palavra do Senhor na Santa Escritura.

"1. Este Melquisedec, rei de Sa­lém, sacerdote do Deus Altís­simo, que saiu ao encontro de Abra­ão quando este regressava da derrota dos reis e o abençoou, 2.ao qual Abraão ofereceu o dízimo de todos os seus despojos, é, conforme seu nome indica, primeiramente “rei de justiça” e, depois, rei de Salém, isto é, “rei de paz”. 3.Sem pai, sem mãe, sem genealogia, a sua vida não tem começo nem fim; comparável sob todos os pontos ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.* 4.Considerai, pois, quão grande é aquele a quem até o patriarca Abraão deu o dízimo dos seus mais ricos espólios. 5.Os filhos de Levi, revestidos do sacerdócio, na qualidade de filhos de Abraão, têm por missão receber o dízimo legal do povo, isto é, de seus irmãos. 6.Naquele caso, porém, foi um estrangeiro que recebeu os dízimos de Abraão e abençoou o detentor das promessas. 7.Ora, é indiscutível: é o inferior que recebe a bênção do que é superior. 8.De mais, aqui, os levitas que recebem os dízimos são homens mortais; lá, porém, se trata de alguém do qual é atestado que vive.* 9.Por fim, por assim dizer, também Levi, que recebe os dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão, 10.pois ele já estava em germe no íntimo deste, quando aconteceu o encontro com Melquisedec. 11.Se a perfeição tivesse sido reali­zada pelo sacerdócio levítico (porque é sobre este que se funda a legislação dada ao povo), que ne­cessidade havia ainda de que surgisse outro sacerdote segundo a ordem de Melquisedec, e não segundo a ordem de Aarão? 12.Pois, transferido o sacerdócio, forçoso é que se faça também a mudança da Lei. 13.De fato, aquele ao qual se aplicam estas palavras é de outra tribo, da qual ninguém foi encarregado do serviço do altar. 14.E é notório que nosso Senhor nasceu da tribo de Judá, tribo à qual Moisés de nada encarregou ao falar do sacerdócio. 15.Isto se torna ainda mais evidente se se tem em conta que este outro sacerdote, que surge à semelhança de Melquisedec, 16.foi constituído não por prescrição de uma Lei humana, mas pela sua imortalidade.* 17.Porque está escrito: Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedec. 18.Com isso, está abolida a antiga legislação, por causa de sua ineficácia e inutilidade. 19.Pois a Lei nada levou à perfeição. Apenas foi portadora de uma esperança melhor que nos leva a Deus. 20.E isso não foi feito sem juramento. Os outros sacerdotes foram instituídos sem juramento. 21.Para ele, ao contrário, interveio o juramento daquele que disse: Jurou o Senhor e não se arrependerá: tu és sacerdote eternamente. 22.E esta aliança da qual Jesus é o Senhor, é-lhe muito superior. 23.Além disso, os primeiros sacerdotes deviam suceder-se em grande número, porquanto a morte não permitia que permanecessem sempre. 24.Este, porque vive para sempre, possui um sacerdócio eterno. 25.É por isso que lhe é possível levar a termo a salvação daqueles que por ele vão a Deus, porque vive sempre para interceder em seu favor.* 26.Tal é, com efeito, o Pontífice que nos convinha: santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e elevado além dos céus, 27.que não tem necessidade, como os outros sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro pelos pecados próprios, depois pelos do povo; pois isso o fez de uma só vez para sempre, oferecendo-se a si mesmo. 28.Enquanto a Lei elevava ao sacerdócio homens sujeitos às fraquezas, o juramento, que sucedeu à Lei, constitui o Filho, que é eternamente perfeito." 
(
Hebreus, 7 - Bíblia Católica Online)

Por PASCOM - Paróquia São João Batista de Nhandeara
De Robert R. Morales