Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!


 Discípulos missionários a partir do Evangelho de Lucas


Texto de Lc 1,39-56

A Assunção da Mãe de Deus é a festa da vitória de Deus e do seu Cristo, sobre o mal e a morte. Deus é o Senhor da vida. É a festa da Páscoa do ser humano, da participação da nossa humanidade na Páscoa de Cristo. A festa da Assunção é a festa do destino do ser humano a plenitude da felicidade, a glória celeste. Assunção é sinal concreto de esperança para toda a humanidade.

Nesta festa, Lucas traz o cântico de Maria, exaltando a grandeza de Deus. O magnificat de Maria é o resumo da obra de Deus com ela e em torno dela. Humilde serva foi exaltada por Deus para ser a mãe do Salvador e participar de sua glória, pois o amor verdadeiro os une para sempre. Sua grandeza vem da maravilha que Deus opera nela. Em Maria, Deus tem espaço para operar maravilhas. Essa maravilha só é possível porque Maria está “cheia de graça”. Ela é serva, está a serviço e por isso, sabe colaborar com as maravilhas de Deus.
No seu canto Maria proclama a grandeza de Deus: "Meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque ele olhou a pequenez de sua serva". Maria é feliz porque Deus tocou em sua pequenez. É o Deus dos pequenos. Maria canta com a mesma alegria com que Jesus abençoa o Pai, porque ele fica oculto para os "sábios e prudentes" e se revela "aos simples". A fé de Maria, no Deus dos pequeninos, nos faz sintonizar com Jesus.

Maria proclama o Deus "Todo Poderoso", porque a sua misericórdia se estende de geração em geração". Deus coloca o Seu poder ao serviço da compaixão. Sua misericórdia abrange todas as gerações. Deus é misericordioso para com todos. Ele disse aos discípulos de todos os tempos: "Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso". Desde seu coração de mãe, Maria percebe, como nenhuma outra pessoa, a ternura de Deus Pai e Mãe e nos introduz ao núcleo central da mensagem de Jesus: Deus é amor compassivo.

Maria proclama o Deus dos pobres:  "tira de seus tronos os poderosos" e deixa-os impotentes para continuar com sua opressão; pelo contrário, "exalta os humildes" para que recuperem sua dignidade. Clama aos ricos o que é roubado dos pobres e "os despede de mãos vazias". E aos famintos, "ele os enche de bens" para desfrutar de uma vida mais humana. Maria leva-nos a aceitar a Boa Nova de Jesus: Deus é o Deus dos pobres.


Este texto leva à experiência

O olhar de Maria nos ajuda a amá-la, a imitá-la, a confiar nela com um espírito novo e mais evangélico. Maria é a mulher que acredita. A primeira seguidora de Jesus. A mulher que sabe meditar no seu coração os feitos e as palavras de seu filho Jesus. A mulher profetisa que canta a Deus, salvador dos pobres, que ele anuncia. A mãe fiel que permanece ao lado de seu Filho perseguido, condenado e morto na cruz. A Testemunha de Cristo Ressuscitado, que recebe junto aos discípulos, o Espírito que acompanhará sempre a Igreja de Jesus.

O canto de Maria leva a Vida
Lucas nos convida a fazer nosso o cântico de Maria, AA fim de nos deixarmos conduzir pelo seu espírito até Jesus. No canto do Magnificat resplandece mais ainda, a fé de Maria e sua identificação materna com seu Filho Jesus. Ela nos ensina a seguir Jesus, anunciando o Deus da compaixão, trabalhando para um mundo mais fraterno, confiando no Pai dos pequenos.
A grandeza do pobre é que ele se dispõe a ser servo de Deus, superando todas as servidões humanas.
A exaltação de Maria é sinal de esperança para os pobres. Sua história também joga luz sobre o papel da mulher, especialmente da mulher pobre, duplamente oprimida. Maria é a mãe da libertação.

O canto de Maria nos questiona:
Maria foi feita participante nas iniciativas de Deus. Deus não se impôs a Maria. Ela foi feita parceira em pé de igualdade no processo. Deus fez à mulher Maria, uma proposta jamais  acontecida antes. Maria escolheu dizer sim. Maria é uma mulher forte, inteligente, que questiona, muda o curso da história humana e até inverte a natureza da espiritualidade, imergindo ela mesma, no Divino.
O que é que Deus quer, de fato, das mulheres? Que espécie de sinal é Maria para todos nós, hoje? O que é que eu poderia encontrar em Maria, para respeitar e imitar?


Fonte:  
Agenda Bíblica – Paulinas 2013
Bigotto Giovani Maria - Maria: a mãe de Jesus – Paulinas 2013
Vida Pastoral N° 291

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