Reflexão e aprofundamento
Tema: Família discipular:
berço da fé
A família discipular,
berço da fé, é também berço de todas as vocações, berço da vida, o lugar da
personalização e humanização da pessoa vocacionada, chamada pelo Pai “desde o
ventre materno” (cf. Jr 1,5). A família é também lugar de comunhão de amor
entre o pai, a mãe e os filhos, ícone da Santíssima Trindade. A Constituição Dogmática
Gaudim et Spes ao tratar da missão
conjugal e familiar afirma que “a família é como que uma escola de valorização
humana”.
É na família que se vive
a experiência mais significativa do amor gratuito, da fidelidade, do respeito mútuo
e da defesa da vida. Sua vocação peculiar é “ser grande transmissora da fé e
dos valores” (DAp, nº 432), de forma a edificar e promover o bem das pessoas e
da comunidade. Por isso, a vocação da família é ser discípula missionária de
Jesus Cristo, através da partilha e da solidariedade, em contraposição a todo
tipo de ganância. (cf. Lc 12, 13-21).
Um dos grandes desafios
para que a família viva sua vocação, hoje, são as profundas transformações,
fazendo-nos afirmar que estamos num período de “mudança de época”. Não se sabe,
porém, como julgar a realidade, uma vez que estas mudanças atingem os critérios
de compreensão da vida, os valores e as referências que antes eram transmitidas
na família. Sabemos que ao longo dos anos alguns paradigmas familiares foram se
transformando rapidamente, e estas transformações atingem as pessoas e suas
famílias. Façamos uma pausa nesta reflexão e nos perguntamos: O que antes era certeza e
servia como referência para a vida familiar, hoje tem respondido à rapidez das
transformações? Como fazer para compreender estas transformações rápidas que
atingem a família? Qual o papel da Pastoral Vocacional, da Pastoral Familiar e
de outros grupos e movimentos que trabalham a vocação da família?
Somos desafiados, num
tempo de “mudanças de época”, a dar respostas, a reagir diante das várias
formas de banalização e desrespeito à vida. É preciso defender a vocação da
família, pois ela continua sendo a mais completa e mais rica escola de
humanidade, berço da fé. É na família que a vida se transforma em vocação ao
discipulado e à missão.
Portanto, como família
discipular podemos responder ao mandato de Jesus de “fazer discípulos entre
todas as nações”. A plataforma da missão de todos aqueles que querem ir e
anunciar nasce e começa na família. “Estamos num tempo de urgente saída” (DAp,
nº 27). Sair na defesa incondicional à vida plena que é serviço e missão dos
discípulos missionários de Jesus Cristo (Cfr. DAp, cap. VII). Eis a nossa
vocação!
Quem tal começarmos por
nossa casa, em família? A Campanha da Fraternidade de 1977 nos recordava: “Comece em sua
casa”. Na casa, como berço da fé, fonte da iniciação cristã, “a família é
chamada a ser a grande transmissora da fé e dos valores” (DAp, nº 432).
A família é, pois, a
primeira animadora das vocações. Uma animação vocacional familiar que possa
ajudar a pessoa na compreensão do chamado de Deus. As opções, o discernimento e
as decisões são posteriores. Por fim, vamos refletir a significância da família
discipular como berço da fé, berço da realização do amor incondicional de Deus pela
humanidade. Lugar de comunhão, personalização e humanização da pessoa
vocacionada. Qual a relação entre
família e vocação?
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