DICAS BÍBLICAS - SETEMBRO 2013
Este meu filho estava morto e tornou a viver.



Pois este meu filho estava morto e tornou a viver;
 estava perdido e foi encontrado.

Texto de Lc 15,1-32

Neste texto de Lucas, Jesus experimenta Deus como um pai incrivelmente bom. Mediante a  parábola do “Pai bom”  Jesus mostrou como ele imaginava Deus. Deus é um pai que não pensa em sua própria herança. Respeita as decisões dos filhos. Não se ofende quando um deles o considera “morto” e lhe pede sua parte da herança.
Com tristeza vê seu filho partir de casa, mas nunca se esquece dele. Quando o vê voltar faminto e humilhado, o pai “se comove”, perde o controle e corre ao encontro do filho. Nunca deixou de amá-lo. Oferece uma festa. Na casa do pai, o filho conhece a festa, a vida boa. O pai oferece-lhe seu perdão gratuito e incondicional.
Na parábola, a atitude do pai que acolhe o filho mais novo com festa, contrasta com a atitude de raiva e de murmuração do filho mais velho. Parece que Jesus queria identificar a atitude do filho mais velho, com a atitude de escribas e fariseus. O filho mais velho é convidado a entrar no coração compassivo do pai, pois “era preciso festejar e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrado”.

Este texto leva à experiência


Jesus procura responder ás perguntas de alguns escribas e fariseus, com uma das parábolas mais belas e comovedoras que talvez não sairiam de seus lábios, se não tivesse havido a dúvida. Sem dúvida eles a trabalharam longamente em seus corações. Esta parábola do pai bom e compassivo convida-nos a imitar a incrível misericórdia de Deus. 
Jesus conhecia bem os conflitos vividos nas famílias da Galiléia: as discussões entre pais e filhos, os desejos de dependência de alguns ou as rivalidades entre irmãos. Por causa de direitos de herança, punham em perigo a estabilidade familiar. Era muito difícil sobreviver fora da família. As aldeias eram formadas por famílias unidas por laços de parentesco, vizinhos e de solidariedade. Os problemas e conflitos de uma família repercutiam entre todos. O que este filho pede é humanamente imperdoável. Ao exigir a sua parte da herança está dando seu pai por morto, rompendo a solidariedade da família e jogando por terra sua honra. O pai respeita a insensatez do filho e reparte entre eles a sua herança. Repartida a herança, o filho se desinteressa do pai, abandona o irmão e parte para “um país distante”.  Em pouco tempo, uma vida descontrolada leva-o à ruína. Sua degradação não pode ser maior, então o jovem reage. Lembra a casa de seu pai onde o pão é abundante. “Levantar-me-ei e irei até meu pai”. Reconhece que perdeu todos os seus direitos de filho, mas talvez possa ser contratado como mais um diarista.
A acolhida do pai é incrível. O pai vê o filho extenuado pela fome e pela humilhação, “se comove”, esquecendo sua própria dignidade, corre-lhe ao encontro, abraça-o com ternura. Seus gestos são os de uma mãe. Abraços e beijos são sinais de acolhida e perdão. Apressa-se em restaurar sua dignidade: veste-o com “a melhor veste”, põe-lhe o anel que lhe confere o título de filho e o faz calçar as sandálias de homem livre.
O filho mais velho fica perplexo. A volta do irmão não lhe causa alegria como a seu pai, e sim raiva. Permanece fora sem entrar na festa, encontra-se perdido em seu próprio ressentimento.
O pai sai para convidá-lo com o mesmo carinho, com que havia saído ao encontro do filho chegado de longe. Age como uma mãe! Suplica-lhe repetidamente que venha para a festa.
O filho não entende o amor do seu pai, para com seu irmão. Ele não acolhe nem perdoa.

O pai compassivo nos questiona:

As pessoas podem julgar a atitude daquele pai, por causa da sua falta de autoridade e impor-se a seus filhos, mas ao conhecer sua compaixão, ao vê-lo perdoar e proteger o filho perdido e sair humildemente ao encontro do filho mais velho, procurando a reconciliação de todos numa festa, ficam desnorteados e comovidos.
1 - É possível que Deus seja assim? Como Jesus experimenta o Pai?
2 - A parábola significa uma verdadeira “revolução”. Será isto o reino de Deus?
3 - Jesus fala de um banquete esplêndido para todos, fala de música e de danças, de jovens perdidos que provocam a ternura de seu pai, de irmãos chamados a perdoarem-se mutuamente. Será esta a boa notícia de Deus?

Fonte:  
Agenda Bíblica – Paulinas 2013

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