Nesta perspectiva, o Ano da Fé é convite para uma
autêntica e renovada conversão ao Senhor, único Salvador do mundo. No mistério
da sua morte e ressurreição, Deus revelou plenamente o Amor que salva e chama
os homens à conversão de vida por meio da remissão dos pecados (cf. Act 5, 31).
Para o apóstolo Paulo, este amor introduz o homem numa vida nova: «Pelo Baptismo
fomos sepultados com Ele na morte, para que, tal como Cristo foi ressuscitado
de entre os mortos pela glória do Pai, também nós caminhemos numa vida nova»
(Rm 6, 4). Em virtude da fé, esta vida nova plasma toda a existência humana
segundo a novidade radical da ressurreição. Na medida da sua livre
disponibilidade, os pensamentos e os afectos, a mentalidade e o comportamento
do homem vão sendo pouco a pouco purificados e transformados, ao longo de um
itinerário jamais completamente terminado nesta vida. A «fé, que actua pelo
amor» (Gl 5, 6), torna-se um novo critério de entendimento e de ação, que muda
toda a vida do homem (cf. Rm 12, 2; Cl 3, 9-10; Ef 4, 20-29; 2 Cor 5, 17).
(Documento Porta Fidei , nº 6)
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