Pureza
de vida ao serviço do mundo
46.
Procurem os religiosos com empenho que, por seu intermédio, a Igreja revele
cada vez mais Cristo aos fiéis e infiéis, Cristo orando sobre o monte,
anunciando às multidões o reino de Deus, curando os doentes e feridos, trazendo
os pecadores à conversão, abençoando as criancinhas e fazendo bem a todos,
obediente em tudo à vontade do Pai que O enviou (144).
Finalmente,
tenham todos presente que a profissão dos conselhos evangélicos, ainda que
importa a renúncia a bens de grande valor, não se opõe, contudo, ao verdadeiro
desenvolvimento da pessoa humana, más antes a favorece grandemente. Na verdade,
os conselhos evangélicos, assumidos livremente segundo a vocação pessoal de
cada um, contribuem muito para a pureza de coração e liberdade de espírito,
alimentam continuamente o fervor da caridade e, sobretudo, como bem o demonstra
o exemplo de tantos santos fundadores, podem levar o cristão a conformar-se
mais plenamente com o género de vida virginal e pobre que Cristo Nosso Senhor
escolheu para Si e a Virgem Sua mãe abraçou. Nem se pense que os religiosos,
pela sua consagração, se tornam estranhos aos homens ou inúteis para a cidade
terrena. Pois, mesmo quando não prestam uma ajuda directa aos seus
contemporâneos, têm-nos sempre presentes dum modo mais profundo, no amor de
Cristo, e colaborara espiritualmente com eles, a fim de que a construção da
cidade terrena se funde sempre no Senhor e para Ele se oriente, não seja que
trabalhem em vão os que edificam a casa (145).
Por
isso, finalmente, o sagrado Concílio confirma e louva os homens e mulheres,
Irmãos e Irmãs, que, nos mosteiros, escolas, hospitais ou missões, embelezam a
Igreja com a sua perseverante e humilde fidelidade na mencionada consagração, e
prestam generosamente aos homens os mais variados serviços.
(Documento Constituição: Lumen Gentium - Sobre a Igreja - Cap.VI - Os Religiosos)
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