Os
Bispos, sucessores dos Apóstolos
Assim,
não só tiveram vários auxiliares no ministério (40) mas, para que a missão que
lhes fora entregue se continuasse após a sua morte, confiaram a seus imediatos
colaboradores, como em testamento, o encargo de completarem e confirmarem a
obra começada por eles (41), recomendando-lhes que velassem por todo o rebanho,
sobre o qual o Espírito Santo os restabelecera para apascentarem a Igreja de
Deus (cfr. Act. 20, 28). Estabeleceram assim homens com esta finalidade e
ordenaram também que após a sua morte fosse o seu ministério assumido por
outros homens experimentados (42). Entre os vários ministérios que na Igreja se
exercem desde os primeiros tempos, consta da tradição que o principal é o
daqueles que, constituídos no episcopado em sucessão ininterrupta (43) são
transmissores do múnus apostólico (44). E assim, como testemunha santo Ireneu,
a tradição apostólica é manifestada em todo o mundo (45) e guardada (46) por
aqueles que pelos Apóstolos foram constituídos Bispos e seus sucessores.
Portanto,
os Bispos receberam, com os seus colaboradores os presbíteros e diáconos, o
encargo da comunidade (47), presidindo em lugar de Deus ao rebanho (48) de que
são pastores como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado, ministros
do governo (49). E assim como permanece o múnus confiado pelo Senhor
singularmente a Pedro, primeiro entre os Apóstolos, e que se devia transmitir
aos seus sucessores, do mesmo modo permanece o múnus dos Apóstolos de
apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido perpetuamente pela sagrada Ordem
dos Bispos (50). Ensina, por isso, o sagrado Concílio que, por instituição
divina, os Bispos sucedem aos Apóstolos (51), como pastores da Igreja; quem os
ouve, ouve a Cristo; quem os despreza, despreza a Cristo e Aquele que enviou
Cristo (cfr. Luc. 10,16) (52).
(Documento Constituição: Lumen Gentium - Cap.III - A Constituição Hierárquica da Igreja e em Especial a do Episcopado)
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