Vínculos da Igreja com
os cristãos não-católicos
15. A Igreja vê-se ainda unida, por muitos títulos,
com os baptizados que têm o nome de cristãos, embora não professem
integralmente a fé ou não guardem a unidade de comunhão com o sucessor de Pedro
(28). Muitos há, com efeito, que têm e prezam a Sagrada Escritura como norma de
fé e de vida, manifestam sincero zelo religioso, crêem de coração em Deus Pai omnipotente e em
Cristo, Filho de Deus Salvador (29), são marcados pelo Baptismo que os une a
Cristo e reconhecem e recebem mesmo outros sacramentos nas suas próprias igrejas
ou comunidades eclesiásticas. Muitos de entre eles têm mesmo um episcopado,
celebram a sagrada Eucaristia e cultivam a devoção para com a Virgem Mãe de
Deus (30). Acrescenta-se a isto a comunhão de orações e outros bens
espirituais; mais ainda, existe uma certa união verdadeira no Espírito Santo, o
qual neles actua com os dons e graças do Seu poder santificador, chegando a
fortalecer alguns deles até ao martírio. Deste modo, o Espírito suscita em
todos os discípulos de Cristo o desejo e a prática efectiva em vista de que
todos, segundo o modo estabelecido por Cristo, se unam pacificamente num só
rebanho sob um só pastor (31). Para alcançar este fim, não deixa nossa mãe a
Igreja de orar, esperar e agir, e exorta os seus filhos a que se purifiquem e renovem,
para que o sinal de Cristo brilhe mais claramente no seu rosto.
(Documento Constituição: Lumen Gentium - Sobre a Igreja - Cap.II O Povo de Deus)
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